Brasil lidera o número de ameaças de extorsões digitais e sextorsão

Segundo relatório da Trend Micro, EUA é o principal alvo de extorsões e ataques ransomware

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8:23 pm - 10 de março de 2022
Imagem: Shutterstock

O Brasil é o país que mais envia ameaças de extorsão digital e sextorsão (chantagem sexual) no mundo, segundo o relatório Fast Facts da Trend Micro. Já os Estados Unidos são o principal alvo de extorsões. O estudo analisou o cenário mundial das ameaças digitais de janeiro a dezembro de 2021 e tem como base endereços de IP únicos.

Embora as ameaças totais bloqueadas tenham apresentado uma redução de 13,2% em dezembro, elas registraram aumento no quarto trimestre, especialmente em novembro, fechando o ano com 94,2 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos, um aumento de 42% em relação a 2020.

Perfil do ransomware

Segundo a análise da Trend Micro, o país com o maior número de registros de ransomware são os Estados Unidos, seguidos por França, Hong Kong e Itália. A Índia ficou com a quinta colocação. A análise confirma também a mudança de perfil do ransomware moderno, que deixou de ser massificado e se tornou direcionado, desde 2018, prezando por alvos com maior retorno financeiro.

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Em 2021, foram identificados, ao todo, 14 milhões de ataques ransomware em todo o mundo. Estados Unidos também foi o país mais atacado ao longo de 2021 quando consideradas as ameaças por e-mail, com 32,6% do total. Sendo seguido, em dezembro, pela China, Índia e Alemanha. A França assumiu o quinto lugar.

Setores mais atacados

Os setores bancário, de saúde e governamental se revezaram na liderança dos ataques, ao longo do ano, fechando 2021 com o governo na liderança, seguido por saúde, transporte, indústria e mercado financeiro.

Já nas Américas, a área de saúde foi a mais visada, embora no Brasil o alvo principal permaneça sendo o governamental.

A Covid-19 continua sendo pretexto para cibercriminosos lançarem ataques. Segundo o estudo, os e-mails são o principal vetor dos golpes que usam a pandemia como pretexto. Foi observada uma queda significativa de maio a junho, mas em agosto voltou a subir. Em dezembro, a ameaça ainda se mantinha ativa, com mais de 600 mil registros.

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