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Brasil e China vão desenvolver e lançar o sexto satélite sino-brasileiro

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, e o diretor da Administração Nacional Espacial da China (CNSA), Xu Dazhe, firmaram nesta terça-feira (19/5) um protocolo de intenções para desenvolver e lançar o sexto Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres (CBers-4A). A expectativa de lançamento é em 2018. A assinatura ocorreu durante visita oficial do primeiro-ministro da China, L? Kèqiáng, à presidente Dilma Rousseff.

Ao todo, brasileiros e chineses celebraram 39 acordos no Palácio do Planalto, em áreas como agricultura, comércio, defesa, energia, infraestrutura, inovação, mineração, planejamento estratégico e transporte.

O acerto em torno do CBers-4A é complementar ao Acordo Quadro sobre Cooperação em Aplicações Pacíficas de Ciência e Tecnologia no Espaço Exterior.

O diretor do Observatório Nacional (ON/MCTI), João dos Anjos, assinou um acordo de cooperação científica com o diretor do Observatório Astronômico de Xangai, Hong Xiaoyu. Presente na assinatura da aliança, Dilma ressaltou o memorando de entendimento firmado entre Xu Dazhe e o ministro da Defesa, Jacques Wagner, sobre sensoriamento remoto, telecomunicações e tecnologia da informação.

CBers-4A
Preparado em conjunto pelas agências espaciais dos dois países – AEB e CNSA –, o protocolo complementar estabelece as bases jurídicas para a construção conjunta do satélite CBers-4A, com o objetivo de garantir o fornecimento de imagens aos dois lados da cooperação e a outras nações.

A divisão das tarefas de desenvolvimento e do montante de investimentos repetem a proporção dos satélites CBers-3 e CBers-4, com 50% para cada lado. O novo acordo define que os trabalhos de montagem, integração e testes do CBers-4A sejam realizados nos laboratórios do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCTI), em São José dos Campos (SP).

O sistema de rastreamento, telemetria e controle do CBers-4A será semelhante aos dos dois satélites anteriores. Lançado em dezembro de 2013, o CBers-3 não atingiu a órbita de destino por uma falha no foguete. Já o CBers-4 está no espaço desde dezembro de 2014. Criado em 1988, o programa obteve sucesso com os exemplares CBers-1, de 1999, CBers-2, de 2003, e CBers-2B, de 2007.

Para o CBers-4A, o protocolo designou AEB e a CNSA como entidades responsáveis por sua implementação. Já o Inpe e a Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (Cast) seguem como executores do projeto.

As imagens fornecidas pelos satélites contribuem para monitorar e verificar desmatamentos, desastres naturais e expansão da agricultura e das cidades, dentre outras aplicações.

*Com informações do MCTI

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