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Brasil ainda enfrenta desafios para avanço da IoT

Projetos que envolvem recursos de uma das tecnologias mais revolucionárias do momento, a Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês), estão sendo adiados ou abandonados por empresas no mercado brasileiro, em razão de desafios que precisam ser superados como cultura, modernização da infraestrutura de telecomunicações e altos custos. Esta foi uma das conclusões do painel “IoT, da teoria à prática”, durante o IT Forum Expo, hoje (08/11), em São Paulo.

São várias as etapas que os fornecedores terão de ultrapassar para que as empresas comprem, de fato, a ideia de implementar recursos de IoT. “Internet das Coisas é a definição de um estado. É como a internet no final dos anos 90. Todos comentavam, mas ainda não havia muito impacto”, diz Luciano Santos, diretor da Divisão de TI no Brasil da Schneider Eletric.

O executivo acredita que ainda há um longo caminho a ser percorrido na questão cultural. Para ele, as empresas precisam acreditar na transformação que a Iot pode trazer para seus negócios. “É indiscutível o aumento na produtividade e a redução de custos que proporciona”, diz.

Ele relata que em um dos seus projetos, uma concessionária que instalou um sistema inteligente conseguiu reduzir o tempo de atendimento para religar a energia, depois de um incidente, de duas horas para um minuto e trinta segundos. Isso porque o próprio sistema pode fazê-lo, com segurança, sem a necessidade de deslocar equipes. “É impressionante.”

Benedito Luis Fayan, diretor-geral da Solvian, um dos participantes do debate, destaca que a indústria nacional já está desfrutando dos benefícios da tecnologia 4.0, em especial nas aplicações de chão de fábrica. “Sensores em máquinas são capazes, por exemplo, de realizar avaliações sobre o seu funcionamento e emitir informações preditivas, com alertas sobre uma parada que poderá acontecer. Isso possibilita evitar o problema e não interromper a produção”, relata.

De acordo com Camilo Rodegher, CEO da DEV Tecnologia, hoje o custo dos sensores ainda é muito alto e por esse motivo fica difícil fechar a conta no momento de vender a ideia do projeto. “É necessário mostrar que o investimento trará retorno para a empresa. Mas também é importante saber que toda revolução quebra paradigmas e então teremos novos modelos de negócio e portanto retornos tangíveis e intangíveis.”

Outras barreiras citadas, que podem engavetar projetos, são as questões regulatórias, que necessitam da apreciação do governo, e a questão da conectividade, que cada vez mais precisa da modernização da rede de telecomunicações nacional, para que suporte às atuais demandas digitais e também o problema da segurança, considerando os bilhões de dispositivos que estarão pendurados nela até 2020.  

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