Bitcoin cada vez mais perto de você
O bitcoin – e outras moedas virtuais – ainda é visto por algumas pessoas como um vilão utilizado em transações obscuras como venda de armas, drogas e prostituição, muito disso por conta da possibilidade que a moeda dá aos seus usuários de permanecerem anônimos nas transações e serem mais difíceis de rastrear sua origem.
Ainda assim, o bitcoin ganhou popularidade e tem ganhado força e um enorme potencial de disrupção que tem chamado a atenção de diversas indústrias, inclusive financeira, musical e governos.
Exemplo disso é o que está sendo feito no banco global britânico Barclays, que possui um time de funcionários conduzindo cerca de vinte experimentos com o intuito de explorar as possibilidades que a moeda pode permitir em um futuro próximo no mundo financeiro, conta Derek White, CDO do banco, em entrevista ao The New York Times.
Assim como ele, muitas outras indústrias estão mudando sua visão com relação à moeda virtual e meios vantajosos para o uso da tecnologia por trás dos bitcoins. No mundo financeiro, por exemplo, executivos começaram a ver que a moeda virtual permite uma nova maneira de fazer transações entre pessoas e bancos para trocar directamente dinheiro e ativos como ações e títulos sem depender de uma longa cadeia de intermediários caros.
Até agora, as transações virtuais sempre precisaram de uma operadora para mediação, como PayPal ou Visa. Já o bitcoin é gerido por uma rede descentralizada de usuários que, em conjunto, rastreiam as transações e atualizam os registros em tempo real – registros esses que são mantidos públicos em um local conhecido como blockchain e que está fortemente protegido para que as informações não possam ser alteradas.
A ideia dos bancos é desvencilhar essa esse sistema do bitcoin em si e utilizar o primeiro a seu favor.
O mais curioso dos trabalhos está sendo desenvolvido pela Nasdaq, que está trabalhando em um software de negociações de ações de empresas privadas e que utiliza tecnologia de startups para desenvolver um blockchain próprio. A ideia é que as transações fiquem mais baratas e mais rápidas.
