Big Data entra em campo

Para o coordenador do curso de MBA em Marketing Digital da Fundação Getulio Vargas (FGV), André Miceli, a Copa do Mundo de 2018 mostra que a tecnologia desempenha cada vez mais um papel cada vez mais significativo dentro e fora de campo. De acordo com ele, a chave está na coleta de dados que giram em torno do desempenho e das características fisiológicas dos jogadores, a fim de monitorar e melhorar o rendimento de cada equipe.

“Muito se fala do árbitro de vídeo e do chip na bola, mas o Big Data está se tornando cada vez mais relevante no futebol. Já é comum técnicos usarem dados para analisar as características de cada jogador da sua equipe e dos adversários para traçar estratégias de jogo”, afirma Miceli.

O professor da FGV diz que com as ferramentas de Big Data é possível construir um vasto conjunto de dados para armar as táticas de jogo em tempo real. “As estatísticas colhidas durante a partida sobem para a nuvem e abastecem a ferramenta. Assim, o treinador e sua equipe podem usufruir de dados como algoritmos preditivos, redes neurais, programas que registram padrões para fazer projeções futuras”, explica o especialista.

Miceli ressalta que a posse desses dados pode fazer a diferença dentro de campo e resultar em um placar positivo. Ele lembra que esse pode ter sido o trunfo da seleção da Alemanha na Copa do Mundo de 2014, quando se tornou campeã.

“A seleção alemã usou o SAP Match Insights para vencer a Copa de 2014. Os dados permitiram melhorar a velocidade da equipe. Os tetracampeões, por exemplo, foram capazes de saber que os franceses concentravam seu jogo no meio e deixavam espaços nos flancos. Assim, venceram as quartas-de-finais. Na semifinal com o Brasil, eles já sabiam as jogadas preferidas da nossa seleção e as reações de seus jogadores em situações adversas”, descreve o professor da FGV.

Miceli lembra que o futebol não é o único esporte que usa informações extraídas do Big Data. Ele cita que no beisebol, no basquete e no tênis há análises de dados há um bom tempo. “No entanto, dois exemplos de que a habilidade humana pode vencer a tecnologia são o Garrincha, e recentemente, o Robben, da Holanda. Todos sabiam para onde eles iam driblar, mas a genialidade dos craques era superior à previsibilidade da ferramenta e a habilidade humana continua sendo a principal fator de sucesso”, assegura o professor da FGV.

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