Banco de dados autônomo levanta questão: qual o futuro dos DBAs?

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1:05 pm - 06 de outubro de 2017
DBA DBA

A Oracle surpreendeu o mercado nesta semana ao anunciar o primeiro banco de dados autônomo. Baseado em técnicas de machine learning, o grande objetivo do sistema é eliminar a atuação de seres humanos, o que, segundo a empresa, reduz para praticamente zero as chances de erros.

Mas a questão que fica é: qual o futuro da profissão de DBA (Database Administrator – Administrador de Banco de Dados)? Este profissional é o responsável pela gestão dos dados das organizações. Seria mais uma profissão ameaçada pelo avanço tecnológico?

Para Rodrigo Galvão, presidente da Oracle no Brasil, é um pouco precoce cravar a extinção da profissão, mas é possível projetar uma mudança de função. “Na minha visão, o DBA hoje tem rotinas que são facilmente substituíeis por uma máquina, que é o que consome grande parte do tempo dele. Ele não tem tempo para ser disruptivo, olhar por outro prisma”, comenta.

Galvão, inclusive, destaca um forte movimento de mudança no setor de educação, sobretudo nas universidades, com a formação de comunidade de desenvolvedores. “O próprio mercado já tem uma migração de tecnologia, de deixar de cuidar para assumir esse lado de inovação.”

Já Luiz Meisler, VP executivo para América Latina, lembra de outra situação semelhante, mas em um mercado diferente: o impacto de taxistas frente a chegada de aplicativos de carona, como Uber e Cabify. ” Na nossa vida, tudo que puder ser automatizado, será. Isso de se aplica aos DBAs. Não sabemos o momento que vai tocar, mais vai. Não sabemos como, mas haverá mudanças importantes. É um novo mercado que surge”, opina.

*O jornalista viajou a San Francisco (EUA) a convite da Oracle

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