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Aumento da terceirização acende alerta para ESG entre fornecedores

A grande maioria das empresas brasileiras recorre a terceirização ou outsourcing para agilizar a operação e otimizar custos. Um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) revelou que o recurso é utilizado por 80% das empresas brasileira em algum setor ou atividade, destinando uma média de 18,6% de seus orçamentos para este fim. Sua adoção pode ser vista também nos dados do IBGE, cerca de 12,7 milhões de profissionais, em 2021, eram terceirizados, ou seja, 26% da população trabalhadora. São números que reforçam a oferta de empresas especializadas na modalidade de terceirização.

Neste contexto, dado ao aumento da importância sobre o ESG (Meio ambiente, social e governança), cresce a necessidade de avaliar e rastrear o impacto do outsourcing. Conforme indicado por uma pesquisa conduzida pela Deloitte, 90% das empresas participantes reportaram algum tipo de prejuízo decorrente de incidentes envolvendo parceiros terceirizados. O estudo revela que 26% desses desafios estão associados à reputação, 23% às questões financeiras, 23% aos aspectos regulatórios, 21% à gestão de informações confidenciais e 10% aos vínculos comerciais.

Leia mais: Maioria dos conselhos executivos ainda ignora pautas climáticas, diz IBGC

André Brites Sanches, Business Development Director da Connectis Brasil, reforça que este panorama cobra maior escrutínio de uma governança efetiva sobre recursos terceirizados, considerando não apenas os benefícios operacionais, mas também os potenciais impactos em termos de imagem, finanças, conformidade e gestão de riscos para as organizações.

“As empresas devem ter em mente que a complexidade do gerenciamento de terceiros inclui a variedade de prestadores, quantidade de parceiros, requisitos ESG, KPIs, qualidade de dados e fatores geográficos, itens que quando terceirizados permitem aos gestores mais foco no negócio”, ressalta o executivo.

Para enfrentar os desafios do mercado, Sanches observa que as empresas buscam não apenas uma governança eficaz, mas também inovação e eficiência em um ambiente de terceirização dinâmico. “Portanto, ao integrar flexibilidade, escalabilidade e tecnologias de ponta, na governança de terceiros em uma era de transparência, elas podem enfrentar os desafios com confiança e se destacar em seus setores”, indica.

Para traçar um plano de governança eficiente na gestão de terceiros, soluções que atendam os desafios reputacionais, financeiros, regulatórios, de informação sigilosa e de negócios, mas também impulsionando a inovação por meio de automação e inteligência artificial, se tornam diferenciais importantes no mercado. “Em um mundo onde a rapidez das decisões e a adaptabilidade são cruciais, as empresas que buscam liderar na era da transparência e da terceirização dinâmica precisam apostar em tecnologias ágeis que possam acompanhar este ritmo”, completa André.

Sanches observa no dia a dia da companhia, que os stakeholders, principalmente investidores, além de clientes finais e órgãos reguladores, estão extremamente exigentes em relação ao compromisso com a sustentabilidade. Portanto, discutir o ESG na cadeia de fornecedores, envolve considerar além dos aspectos financeiros, também os riscos e impactos socioambientais associados.

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