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Ativos da Oi não estão à venda, diz presidente da operadora

O presidente da Oi, Marco Schroeder, afirmou que o objetivo da empresa não é vender os ativos no Brasil. Pelo menos neste momento. A companhia entrou com pedido de recuperação judicial no dia 20 e junho, o maior processo deste tipo registrado no País, que envolve R$ 65 bilhões em dívidas.

“Temos ativos estratégicos. Pode ser falar em venda de ativos ou consolidação, mas isso é para um processo de dois ou três anos, depois de equacionar a dívida. O momento agora é de negociar dívidas, focar no operacional para depois ver alternativas de investidores”, declarou o executivo em entrevista coletiva após apresentação na Futurecom, evento realizado essa semana em São Paulo.

Sem negociações de vendas de ativos no Brasil, Schroeder afirmou ter conversas em andamento na África e Timor, ambas em estágio inicial. “Se a intenção fosse a venda rápida, já teríamos vendido. Mas tem que ser por um preço justo”, disse.

Schroeder também negou rumores de conversas para venda de ativos para a América Móvil, que surgiram poucas horas antes, no mesmo evento. José Félix, presidente da holding, disse, durante apresentação, que estaria observando os ativos da Oi. “Estamos acompanhando de perto, mas não é um interesse da empresa”, afirmou.

Schroeder garante que o foco da empresa, no momento, é continuar as operações e, até mesmo, aumentar os investimentos. “Estamos investindo mais esse ano do que no ano passado. Apenas 1% da empresa está focada em renegociar a dívida. Os outros 99% estão focados em operar – vender, instalar e continuar investindo.”

Quanto aos valores em multas divulgados pela Anatel, diferentes do que a Oi informou no pedido de recuperação digital, o executivo explicou que dos R$ 20 bilhões citados pela agência reguladora, aproximadamente R$ 5,5 bi são créditos tributários, que não entram no pedido. E, quanto aos outros R$ 15 bilhões, a operadora incluiu R$ 11 bilhões. O restante (R$ 3,5 bilhões) seria de multas ainda em processo administrativo na Anatel.

“O que a Anatel provar e o juiz aceitar, nós vamos aceitar”, disse o executivo, ressaltando que a multa precisa penalizar quem não cumpriu uma obrigação, mas também ter um propósito de melhorias para o setor, como de investimentos em infraestrutura. Por fim, Schroeder ressaltou que o processo não envolve dinheiro público.

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