Poucos dias após o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) notificar extrajudicialmente a rede de farmácias Droga Raia e questionar a Associação Brasileira das Redes de Farmácias sobre a coleta de impressão digital dos clientes, agora é a vez do Procon-SP pedir explicações. O órgão de defesa do consumidor paulista notificou a Drogasil – que faz parte do mesmo grupo, o RaiaDrogasil.
Trata-se de um pedido de explicações sobre políticas de descontos aplicadas aos itens vendidos na farmácia e o condicionamento ao fornecimento de informações biométricas pessoais. Em suma, o Procon-SP quer saber que dados são solicitados no ato da compra para concessão de descontos, assim como a real necessidade de cadastrar a impressão digital para verificação de perfil.
Outras perguntas incluem: os descontos são dados apenas aos consumidores que aderem ao cadastro de biometria?; qual a forma de coleta, tratamento, criptografia e armazenamento desses dados?; os consumidores estão sendo devidamente informados sobre o procedimento de cadastro biométrico?; e ainda, os consumidores têm a possibilidade de rejeitar o procedimento sem sofrer prejuízo?
A empresa tem até a próxima segunda-feira (12) para responder aos questionamentos.
Procurada pelo IT Forum, a RaiaDrogasil respondeu, por meio da assessoria de imprensa, que “entendendo que a iniciativa causou desconfortos”, o grupo “optou por interromper essa prática”. Ou seja, Droga Raia, Drogasil e demais empresas do grupo não solicitarão mais o cadastro biometrico dos clientes. A empresa defendeu a coleta de dados e declarou que “todas as informações coletadas são utilizadas exclusivamente em benefício do próprio cliente, incluindo as promoções personalizadas em categorias relevantes”.
Também ressaltou que a empresa não comercializa, “em hipótese alguma”, informações pessoais de clientes a terceiros. E que o uso da identificação biométrica é feito “com o único objetivo de garantir a praticidade e a segurança do processo para os clientes e para finalidades previstas na LGPD”. A empresa também ressaltou que o cadastramento “sempre foi voluntário e aderente à legislação vigente”.
Na declaração enviada ao IT Forum, a empresa diz que foi uma das primeiras empresas a se adaptar à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) brasileira e realizou grandes investimentos para ampliar a segurança das informações e a privacidade dos consumidores. Também defendeu o programa de fidelidade com base em cadastros, que “acumula mais de 30 anos de história e garante benefícios personalizados, sem jamais comprometer a privacidade e a segurança dos dados de cada um”.
* matéria editada às 19h10 para incluir a declaração da RaiaDrogasil
O Governo Biden anunciou, nesta segunda-feira (6), que o programa CHIPS for America destinará cerca…
Nem só de inteligência artificial vivem os executivos de TI das empresas. Sabendo disso, o…
As tecnologias exponenciais são aquelas que demonstram rápido desenvolvimento, apresentando um potencial de transformação imenso…
As operadoras de telefonia Claro, TIM e Vivo tomaram a iniciativa de liberar o acesso…
Durante o IT Forum Trancoso 2024, executivos discutiram as estratégias para contratar e reter a…
As startups ativas do setor de saúde – ou healthtechs – alcançaram o número de…