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Após investimentos, Atlas Governance inicia expansão latino-americana

Argentina, Chile, Colômbia, México e Peru: os cinco países da América Latina serão o principal destino dos R$ 5,6 milhões captados recentemente pela Atlas Governance, startup desenvolvedora de softwares de gestão para governança corporativa. É a terceira rodada de investimento na empresa, um misto entre empréstimo de risco (venture debt) realizado pela Riza Asset (R$ 1,5 milhão) e investimentos privados de investidores (que somaram R$ 4,1 milhões). Com o valor a empresa passou a valer R$ 58 milhões.

Fundada em 2016 pelo atual CEO Eduardo Carone, os softwares da empresa digitalizam os processos relacionados ao funcionamento de um conselho de administração de empresas privadas e públicas, entre outros colegiados ligados ao sistema de governança, incluindo envio de materiais relevantes, agendamento de reuniões e votações, entre outros. No primeiro ano com produto no mercado (2018) a startup faturou R$ 180 mil. No seguinte a receita chegou a R$ 1,7 milhão e, em 2020, também por conta da altíssima demanda durante a pandemia, chegou a R$ 6 milhões.

Leia mais: União de empresas em ecossistemas digitais terá destaque no universo B2B

Após ganhar terreno no Brasil – atualmente são mais de 200 clientes e seis mil conselheiros usuários – a empresa quer se internacionalizar, começando pelo América Latina. Este ano a expectativa é conseguir 300 novos clientes e receita de R$ 12 milhões.

 

Governança latina

A expansão internacional da Atlas na América Latina começa com alguns casos de sucesso. Um projeto de integração da governança de todo o Grupo CCR, que atua na área de concessões de infraestrutura, foi feito na Costa Rica, Curaçao e Equador. “Foi super bem-sucedido. Nos demos conta que o produto estava pronto para funcionar em qualquer país latino-americano, embora ainda não os de língua inglesa”, conta Carone.

Sara Caballero Liñán é a diretora de expansão internacional da Atlas, nomeada para chefiar a célula responsável pelo movimento. Os primeiros países foram escolhidos com base em indicadores como o PIB, além do nível de maturidade em governança. A executiva já começou o processo de contratação de um executivo de contas por país.

“O principal desafio é levar um produto de nível internacional, mas para clientes que tem uma cultura diferente. Cada país tem uma dimensão cultural de governança, por isso é importante criar times locais”, explica Sara. “É importante contar com a visão dessas pessoas em cada país.”

Para a executiva, outro desafio importante é tornar a marca da Atlas conhecida nesses mercados.

 

Oportunidades

A Atlas concorre com duas empresas internacionais: a Diligent e a Boardvantage, duas maiores empresas do mundo no segmento de softwares para governança, particularmente fortes nos EUA e na Europa. Por aqui, Carone considera a operação das duas pequena, tanto pela porcentagem do faturamento que a região representaria para ambas como pelo tamanho potencial do mercado.

“Com nosso preço mais baixo conseguimos pegar um mercado mais amplo, e atingir companhias a partir de cem funcionários”, diz o executivo, ressaltando a importância das cooperativas – de saúde, de crédito etc – no país. “É um mercado grande que tem evoluído mecanismos de governança corporativa. E que não é atendido.”

Segundo o executivo, o software da empresa já traduzido para o espanhol e o inglês, e é comercializado como serviço em três planos: basic, para empresas menores e startups; professional, o pioneiro e mais comprado; e enterprise, para empresas de maior porte. Posto isso, quase não seriam necessárias adaptações para o lançamento nos países latinos.

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