Aplicações em ciência e tecnologia podem ajudar País a sair da crise, diz Rebelo

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10:37 am - 14 de julho de 2015
Aplicações em ciência e tecnologia podem ajudar País a sair da crise
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, defendeu ontem (13/7), em  São Carlos, São Paulo, a importância da ciência e da tecnologia como ferramentas para a solução dos problemas do País nas mais diversas áreas, como defesa, agricultura e infraestrutura. Segundo ele, é fundamental que se entenda que a pesquisa é o único caminho para o desenvolvimento sustentável do Brasil.
O ministro avalia que o investimento em inovação, que é a ciência e a tecnologia aplicada, pode ajudar o País a superar a crise econômica, pois aumenta a competitividade das empresas brasileiras e aumenta a geração de impostos. “Apoiando-se a ciência e o desenvolvimento tecnológico na indústria e no setor de serviços, o país ganha competitividade. Ou seja: as empresas geram mais empregos, têm lucro e geram tributos. Assim poderão ter participação no mercado mundial compatível com a importância do Brasil”, avaliou.

Em São Carlos, interior de São Paulo, para a abertura da 67ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Aldo Rebelo disse que acha um equívoco que a ciência tenha sido retirada do texto de regulamentação do fundo social do pré-sal, no Congresso Nacional, que destinou metade dos recursos para saúde e educação. “Não vejo como fazer educação e saúde sem ciência”, declarou, dizendo que a pesquisa científica é fundamental para “todas as áreas”.

Rebelo defendeu o aumento dos investimentos públicos e privados no setor e a inclusão do tema na regulamentação dos 50% restantes dos recursos do fundo social do pré-sal. Ele também anunciou a entrega, em breve, de uma proposta construída com as principais instituições científicas do país para uso de parte desse fundo à presidenta Dilma Rousseff.

Na instalação da programação científica da reunião da SBPC, o ministro recebeu um documento dos estudantes da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar) pedindo a manutenção de investimentos em pesquisas que, segundo eles, ficaram comprometidas pelo corte de quase R$ 2 bilhões no orçamento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

Rebelo avaliou que os cortes no setor são passageiros e que os principais programas não foram comprometidos. Segundo ele, a prioridade do ministério é recompor o orçamento da União e dos estados, buscando fontes externas para garantir os recursos.

Segundo o ministro, o Brasil tem aumentado os investimentos no setor. Na sua avaliação, os recursos destinados à ciência mostram curva ascendente nos últimos 15 anos, no País. Atualmente, acrescentou que o Brasil passa por um momento de contração de recursos, “mas isso é passageiro“, acredita.

O ministro reconheceu que o fato de o Brasil, sétima economia do mundo, não responder nem por 2% da publicação científica mundial não é bom, mas ressalta que nos últimos anos o país avançou muito. “Deve ser levado em conta nosso passado recente. Se isso for feito, o Brasil avançou bastante. A nossa posição em geral é essa, mas em algumas áreas temos mais destaque“, afirmou.

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