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Anatel gerencia risco e qualidade em Centro de Monitoramento de Redes com tecnologia RSA

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) anunciou recentemente um Centro de Monitoramento de Redes de Telecomunicações, localizado em Brasília, para mapear a qualidade e o fornecimento dos serviços das operadoras. Em operação desde a Copa do Mundo, o espaço conta com a tecnologia RSA Archer para orquestrar o gerenciamento. O órgão investiu cerca quase R$ 9 milhões no projeto, que inclui a solução da fabricante, outras tecnologias para suporte e infraestrutura física do ambiente.

A ideia do Centro, conforme explica Vinicius Caram, coordenador da Gestão de Infraestrutura Crítica da Anatel, estava em linha com o compromisso do Governo Federal e com a Portaria Número 2 para garantir continuidade e qualidade de prestação de serviços, além de avaliação de vulnerabilidades na rede, especialmente nos locais sede dos jogos da Copa. “Buscamos uma tecnologia que pudesse ser eficiente na gestão de riscos dos serviços de telefonia fixo, móvel, internet e TV por assinatura”, detalha.

Na Copa, a solução contribuiu para o monitoramento de 3.655 estações radiobase (ERBs) para verificação da quantidade de chamada e tráfego de voz e dados. Somente durante os jogos, nos estádios que receberam as partidas, foram 48,5 milhões de fotos enviadas, 12 milhões de chamadas completadas, 27,7 terabytes de dados transmitidos e 3 bilhões de conexões com redes sociais. “De foram geral, as operadoras conseguiram atender à regulamentação da Anatel”, avalia.

Passado o período de jogos da Copa, a Anatel ampliou o escopo de coberta de monitoramento e desempenho para a rede móvel para todos os 5.570 municípios do País. São monitorados dados de interrupção e desempenho. A meta para 2015 é expandir a atividade para telefonia e internet fixa e TV por assinatura, adianta o executivo.

Caram relata que a gestão de risco tem tido agora papel preventivo. Ao identificar desvios de conformidade, a Anatel faz um plano de mitigação de riscos junto às operadoras. “Identificamos as estações e os municípios com índices abaixo do exigido e exigimos um plano de melhorias. O resultado é garantir a continuidade do serviço e com qualidade”, esclarece.

Além disso, segundo ele, a solução ajuda na transparência das informações. Em outubro, a Anatel lançou um app, batizado de Serviço Móvel, no qual o consumidor pode verificar como está a qualidade, baseada em alguns indicadores, da rede de telefonia móvel por município e podendo georreferenciar a localização de cada estação radiobase.

Desafios
A implantação da plataforma durou cerca de um ano, tendo sua versão final entregue em novembro de 2014. Foram mais de 40 pessoas envolvidas diretamente no projeto, somando as equipes RSA, Anatel e MAIS2X, que atuou como implementador. Patrick Coura, especialista Archer da RSA, conta que o desafio inicial era identificar a melhor forma de mapear a quantidade de informação referida pela Anatel.

“Fizemos a parametrização da plataforma e a Anatel nos ajudou a definir informações necessárias para o projeto”, lembra Coura. Foram quase 500 perguntas gerenciadas dentro do sistema RSA Archer e suas respostas organizadas pela própria ferramenta.

O questionário envolveu itens que fazem uma avaliação das estações das operadoras e compreendeu categorias como energia, segurança física, compartilhamento, transição, tecnologias, capacidades, tráfego, incidentes. Ao final do questionário, a Anatel possuía um detalhado índice sobre os riscos das ERBs frente às operadoras de telecomunicações. Os dados colhidos são avaliados com base em cinco vetores: falhas, interrupção, qualidade, capacidade e inventário.
Caram relata que agora o próximo grande desafio do Centro serão os Jogos Olímpicos, que acontecerão em 2016 no Rio de Janeiro. “Estamos trabalhando para maximizar o potencial do Centro e de nossas soluções para esse novo contexto”, finaliza.

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