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Amy, Shae e Otto: Três assistentes virtuais que indicam o futuro

Todos nós precisamos de um pouco de ajuda, às vezes. Afinal, para que servem os agentes inteligentes baseados na nuvem?

Estamos cada vez mais familiarizados com as intervenções da Siri, Google Now, Cortana e Alexa em nossos celulares, computadores e eletroeletrônicos.

Para falar a verdade, chegam até a ser chatos, banais. Desculpe, Siri: suas piadas estão velhas e sua evolução começa parecer lenta.

Uma nova safra de assistentes virtuais está a caminho, liderada por Amy, Shae e Otto. Cada um desses assistentes, à sua maneira, representam o futuro da categoria. Um deles está em beta público, o outro em beta privado e um ainda esta na fase de protótipo. Mas são uma pequena amostra do que os melhores assistentes virtuais deverão ser.

Amy faz uma coisa muito bem: agendar suas reuniões

Amy, ou Andrew, é a criação de uma startup de Nova York chamada x.ai. E, hoje, há uma lista de espera para começar a usá-lo.

Por agora, Amy vive do outro lado de um endereço de e-mail: amy@x.ai. (CEO Dennis Mortensen nos disse que a empresa pretende colocar Amy em outras plataformas, tais como aplicativos de bate-papo e o Echo, da Amazon, entre outras.

Basta escrever um e-mail marcando uma reunião, mantendo o endereço de Amy em cópia, para que o assistente assuma o controle. Amy é um “software invisível” – não há nenhum aplicativo para instalar, nenhum site para interagir com.

E é adepto do processamento de linguagem natural, o que significa que você pode usar a linguagem corrente, sem se preocupar em enviar comandos. Por exemplo, você pode enviar um e-mail para um colega, copiando Amy, dizendo: “Que tal nos encontrarmos na próxima semana?” ou “Devemos conversar”. Amy, então, toma medidas para, com base na sua agenda e preferências, sugerir data e hora para um encontro ou para uma chamada telefônica.

E o assistente é interativo. Se a pessoa com a qual você precisa se reunir responde com restrições ou sugestões adicionais, Amy lida com todo o vai-e-vem de mensagens, buscando por uma data e horário reunião mutuamente aceitáveis.

Além disso, Amy faz todo o trabalho pesado quando você precisa reagendar um compromisso. Vamos supor que você decida sair de férias por uma semana. Basta enviar um e-mail para Amy e dizer: “Limpe minha agenda para a próxima semana.” Se você tiver dez reuniões agendadas, Amy vai contatar todas as pessoas para reprogramar as reuniões e atualizar seu calendário.

Mike Elgan, editor da Computerworld, fez testes com Amy e diz que ele funciona muito bem. É confiável e consistente. Na sua opinião, representa o futuro de assistentes virtuais por duas razões: primeiro, é um agente especialista. Em segundo lugar, Amy é comporta-se como um humano. Dentro dos limites das conversas de e-mail sobre agendamento de reuniões, passaria no teste de Turing.

No futuro, os operadores de serviço ao cliente serão auxiliados pela inteligência artificial, que será mutuamente ajudada por seres humanos. O público não conseguirá distinguir entre assistente reais ou os baseados em inteligência artificial.

Shae

Bons assistentes virtuais olham para você. É por isso que Shae é um grande exemplo do futuro de assistentes virtuais.

Shae ajuda seus usuários a cuidarem da saúde, orientando e informando sobre uma vida saudável durante todo o dia, todos os dias. Como? Levando em conta os milhares de dados para fornecer aconselhamento altamente personalizado.

Segundo a empresa por trás Shae, a Saúde Pessoal 360 (PH360), o assistente pessoal utiliza cerca de 500 algoritmos alimentados por mais de 10 mil pontos de dados para fornecer ajuda muito específica aos seus usuários.

Leva em conta o histórico familiar, o tipo de corpo do usuário e fatores ambientais, como o clima e contagem de pólen. Grande parte dos dados de saúde que o Shae usa vem de um questionário sobre o fenótipo de cada usuário. Essas informações são combinadas com dados biométricos detectadas a partir de um dispositivo de monitoramento como os presentes em relógios inteligentes.

Assim, ao detectar sinais de estresse a partir do ritmo cardíaco elevado, o aplicativo abre uma janela para perguntar se você está se sentindo estressado. Também toma a iniciativa de dar informações e conselhos, dizendo aos usuários o que comer, quando se exercitar e manter o controle sobre a alteração de dados de saúde, tais como o seu índice de massa corporal (IMC), massa muscular magra, peso e medidas corporais. E também ajuda a planejar férias com base em seu perfil pessoal e ritmo cardíaco.

Com o tempo vamos saber se os usuários estão entusiasmados com o assistente de Shae. De qualquer modo, o serviço representa o futuro de assistentes virtuais por sua extrema personalização e a natureza eclética dos dados que usa.

Samsung Otto

Em abril deste ano, após o sucesso do dispositivo Echo, da Amazon, levou a Samsung a apresentar o seu próprio assistente virtual doméstico, chamado Otto. (Em Maio, a Google também anunciou um dispositivo semelhante ao Echo, o o Google Home)

Como o Amazon Echo, que possui um assistente virtual chamado Alexa, o Otto é um alto-falante conectado à Internet, que interage com seus usuários através de comandos de voz, capaz de controlar aparelhos de automação residencial. Otto pode responder a perguntas em linguagem natural, encomendar produtos e reproduzir músicas e podcasts.

Se diferencia do Echo por ter uma câmera HD, capaz de transmitir vídeo ao vivo para o seu telefone ou computador, localizada em uma espécie de “cabeça”, que gira de modo a deixar que seus usuários podem olhar ao redor da sala. O Otto também pode reconhecer faces.

Ele é baseado na plataforma ARTIK, de Internet das Coisas, para a qual a Samsung liberou recentemente um kit de ferramentas de desenvolvimento.

Mas Otto ainda é um protótipo. A Samsung ainda não sabe dizer quando o aparelho vai estar no mercado. Talvez, no próximo ano.

Otto representa o futuro de assistentes virtuais não só porque é um aparelho física, mas também porque ele usa reconhecimento facial. Isso significa que diferentes membros da família poderiam ter o seu próprio conjunto de preferências e dados pessoais, calendários e contas reconhecidos pelo assistente pessoal. Outros aparelhos e assistentes pessoais provavelmente basearão a sua interação a partir do reconhecimento de com quem está falando.

Juntos, Shae, Amy e Otto, representam o futuro de assistentes virtuais, que serão especializados, personalizados, completos, altamente inteligentes e disponíveis opcionalmente na forma de aparelhos físicos dedicados.

Estes três assistentes virtuais já sugerem o quão útil e, bem, humana a nossa tecnologia se tornará.

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