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América Latina tem potencial para gerar muitas startups bilionárias

Empreendedores de tecnologia da América Latina estão prevendo um futuro promissor para os chamados “unicórnios”, a medida que as startups ganham relevância no ecossistema regional. Isso não é uma questão apenas de valor de mercado e de atingir a marca de $ 1 bilhão de dólares, mas também de ajudar a resolver os “problemas significativos da região e criar empregos”, disse Enrique Ortegon, Diretor Operacional da Salesforce.com, dos EUA, durante painel no World Economic Forum da América Latina, que aconteceu nessa quarta-feira (14) em São Paulo.

“Ultrapassamos o ponto crucial na América Latina. Vamos ver muitos outros unicórnios. Acredito que isso deve impulsionar o crescimento sustentável ao longo das próximas décadas”, completou Hernan Kazah, sócio-diretor da Kaszek Ventures, Argentina. “Ainda não temos muitos participantes, mas teremos muito mais comparado com 15 anos atrás. Em 20 anos, teremos muito mais [startups]”.

Errar é importante

A experimentação é frequentemente a chave para o sucesso, e as startups devem ter o direito de falhar antes de prosperar. “Ser um unicórnio é ser um símbolo de sucesso, mas queremos ter empresas duradouras e sustentáveis para melhorar a vida das pessoas”, ressaltou Amiram Appelbaum, principal cientista e Presidente da Israel Innovation Authority, Israel. “Queremos resolver os problemas do ser humano. Isso começa como um empreendimento local e somente depois dessa etapa é possível ampliar a experiência e atingir uma escala global. É importante aceitar o fracasso.”

Reduzir burocracia pode estimular a inovação

O governo desempenha um papel muito importante, apoiando o meio acadêmico e reduzindo a burocracia, além de injetar capital quando as forças de mercado falham. “O desafio de conectar cientistas e empresários é mais importante que incentivar startups”, argumenta Andy Freire, legislador, Buenos Aires, Argentina. A Argentina recentemente introduziu legislações para criar incentivos empresariais. 

“Trabalhamos para melhorar a vida dos empresários. Antigamente, levávamos 100 dias para abrir uma empresa. Hoje, é possível abrir uma empresa em um único dia. Tudo está na nuvem”, diz Freire. Mesmo assim, há muito mais a fazer. Marco Crespo, Chefe para a América Latina da Gympass, observou que, embora seja fácil fazer negócios na Argentina, ainda existem restrições em termos de mão de obra e para o deslocamento internacional de funcionários.

“Algumas medidas positivas foram implementadas para acelerar o empreendedorismo”, diz Kazah. “O ecossistema está muito mais desenvolvido. Estamos no caminho certo para o desenvolvimento de talentos”. Kazah constatou que, embora a região ainda esteja atrasada em termos de tecnologia, a situação é promissora na região. “Teremos mais unicórnios rompendo barreiras”, concluiu.

 

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