América Latina é foco da Meta para desenvolvimento do metaverso

Se o metaverso fosse adotado hoje e progredisse de forma semelhante à tecnologia móvel na América Latina, poderia contribuir com uma participação de 5% do PIB, ou US$ 320 bilhões, em 2031, de acordo com a Analysis Group. Olhando para essa oportunidade, a Meta realizou o Meta Summit Latam.

“Ficamos surpresos ao ver que mais de 100 milhões de pessoas na América Latina estão usando efeitos de Realidade Aumentada (Augmented Reality, ou AR) todos os meses, o que é um reflexo da vibrante comunidade de criadores que existe na América Latina, com milhares deles usando Spark AR para desenvolver efeitos para Instagram e Facebook”, comentou Vishal Shah, vice-presidente de metaverso da Meta.

Leia também: Meta anuncia parcerias com organizações brasileiras para o metaverso

Ime Archibong, vice-presidente de diversidade da empresa, complementou com algumas das ações para fomentar a inovação na região. De acordo com ela, nos últimos seis anos, foram contratadas 380 pessoas de tecnologia na América Latina e, pela primeira vez, a Meta está recrutando Phds para o desenvolvimento.

Foco em startups

Entre os destaques apresentados pela empresa a Experimentação de Novos Produtos da Meta, ou NPE, que reúne um grupo de empreendedores da Meta dedicados a testar novas experiências independentes, que está convidando startups do tipo Seed em toda a América Latina a se inscreverem para obter capital em seu braço de investimentos, o NPE Ignite.

O grupo é construído com e para comunidades historicamente sub representadas ou negligenciadas, experimentando novas tecnologias para que elas um dia possam ser amplamente usadas no mundo. Além de criar produtos novos e independentes para essas comunidades, a NPE quer apoiar o ecossistema global tentando fazer o mesmo, investindo em startups em estágio inicial que compartilham sua missão.

“O verdadeiro impacto da tecnologia na sociedade tem muito mais a ver com as pessoas que a moldam do que com a própria tecnologia. É por isso que é tão importante que as pessoas que constroem o metaverso representem as pessoas que o usarão”, explica Ime.

Para ajudar a impulsionar a aceleração de talentos e a profissionalização da comunidade de Realidade Aumentada na região, a Meta está trabalhando com a Organização dos Estados Americanos (OEA) para oferecer treinamento profissional e desenvolvimento de habilidades para estudantes, criadores e proprietários de pequenas empresas por meio de cursos gratuitos de RA online em português e espanhol.

Os cursos são divididos em três níveis de especialização para apoiar criadores emergentes e estabelecidos. Os dois primeiros, o treinamento para iniciantes “Spark AR Quickstart” e o “Spark AR Fundamentals” de nível médio, já estão disponíveis, e o módulo avançado “Spark AR Pro Course” será lançado em 30 de setembro, junto com o Certified Spark AR Programa Creator, que permitirá que criadores de toda a região solicitem um certificado.

Avatares 3D no Brasil

A segunda novidade da Meta são os Avatares 3D para Argentina, Brasil e Colômbia, tornando o recurso disponível em toda a América Latina. Para a empresa, essa implantação é um passo inicial para tornar o metaverso uma realidade.

Maren Lau, vice-presidente regional para a América Latina da Meta, comentou que ainda que o metaverso possa ser uma realidade apenas em cinco ou dez anos, é essencial que as empresas estejam preparadas para esse novo momento.

“Primeiro é preciso estar na vanguarda do marketing móvel, ter estratégias e ferramentas de storytellings com formatos diferentes de vídeo e parceria com criadores para aumentar a interação com os clientes e diminuir atrito na jornada. Também é possível começar com vídeos imersivos”, exemplifica ela.

Além disso, Vishal frisou que a segurança e a privacidade são fundamentais e estão dentro de tudo que a Meta está fazendo. “Um dos motivos do porquê estamos falando de metaverso é porque é muito importante definirmos os padrões e regras muito antes da tecnologia chegar no público mais amplo. Nós começamos a fazer isso hoje porque queremos ver o desenvolvimento do metaverso por todo o setor para conversarmos de maneira aberta e em parceria com outras empresas e agências reguladoras, universidades e outras instituições para ver como esse sistema deveria funcionar”.

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