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Acelerar digitalização na pandemia não garantirá eficiência no pós-covid

O processo de digitalização e inovação foi acelerado em meio à pandemia de covid-19, afinal para manter a continuidade dos negócios, empresas precisaram correr com seus projetos de transformação digital. Entretanto, a Accenture alerta que atender às necessidades mais imediatas não garante um planejamento do processo evolutivo e consistente da aplicação da tecnologia em um mundo pós-pandemia.

Na edição de fevereiro do estudo Technology Vision 2020, a Accenture analisou as mudanças de valores nas pessoas e como os modelos de tecnologia da era digital estão cada vez mais fora de sincronia, causando um choque de tecnologia. Agora, em uma revisão do levantamento, a consultoria indica que esse impacto é ainda maior.

Uma das perspectivas tratada no relatório é a experiência do “eu” e as experiências digitais do consumidor. As pessoas estão mudando, e, a curto prazo, as empresas precisam encontrar uma forma ágil de atualizar sua compreensão dos desejos e necessidades de indivíduos e então descartar as informações que não têm mais validade. Essa tendência deve se manter no mundo pós-pandemia, com uma ressalva: a Covid-19 mudou o papel e a importância das experiências digitais nas vidas das pessoas.

A longo prazo, o propósito da experiência digital será transformado. Inicialmente, a maioria das plataformas e experiências digitais foram desenvolvidas para suplementar, mas não substituir, as experiências presenciais. Agora, esses canais estão se tornando a principal fonte de interação e a demanda por experiências e comunidades digitais verdadeiramente compartilhadas está aumentando.

Com desafios enormes a serem enfrentados pelas empresas e pelo mundo como um todo, o relatório ressalta a necessidade de que a Inteligência Artificial apoie a realização de tarefas e opere além das necessidades de automação.

A IA pode ajudar as pessoas a pensarem em novas soluções e ideias para construir uma organização mais flexível. A tecnologia também pode aliviar a carga da operação no mundo pós-Covid, tornando-se referência para que as empresas possam ajustar o rumo conforme as mudanças de situações. A longo prazo, a Covid-19 nos permitirá enxergar a colaboração entre humanos e IA sob uma ótica mais otimista, potencialmente aliviando as preocupações acerca da tecnologia.

A longo prazo, todo o ecossistema de robótica será acelerado, já que a pandemia fortalece o uso da robótica e automação, diz o relatório. A necessidade de trabalhadores humanos para manter e controlar robôs remotamente também crescerá, e novas técnicas e ferramentas para teleoperação e treinamento por realidade virtual terão alta demanda.

Tendências de inovação

Outro aspecto analisado no relatório é a tendência DNA da inovação, que analisa a fusão de três áreas de inovação: tecnologias digitais maduras, avanços científicos e tecnologias emergentes do conjunto DARQ (registros compartilhados, inteligência artificial, realidade aumentada e computação quântica). Combinações únicas dessas áreas constituem diferenciais de negócios – e devem seguir assim.

A curto prazo, a inovação nos ecossistemas está passando por uma prova de fogo. Seja no desenvolvimento de tecnologias para manter o funcionamento global ou evitar o colapso do setor. A longo prazo, as regras em torno da inovação nunca mais serão as mesmas. O mundo está mudando muito mais rápido do que o esperado e as empresas precisam ser mais flexíveis e inovadoras do que nunca.

 

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