Em um cenário de incertezas causado pela pandemia, inúmeros empresários se viram obrigados a transformar digitalmente os seus negócios e revisitar os processos em busca de maior agilidade. Na teoria, essa transformação significa fazer com que a empresa pense de modo ágil e efetivo, destravando fatores que impeçam sua prosperidade rapidamente e não se perca em um modelo tradicional de gestão. Algumas empresas já treinaram e certificaram os seus colaboradores e com isso vários deles assumiram novos papéis. Paralelamente, algumas áreas já se reestruturaram em busca de mais agilidade.
Os post-its acabaram tomando conta das paredes do escritório, mas, mesmo assim, essa discussão acaba sendo difícil e complexa. A adoção do business agility está sendo mais dolorosa e complexa do que era previsto. Mas, por quê? Porque para alcançar essa tal de agilidade no negócio não basta implementar um framework. Pode até ser um caminho começar por aí, mas não pode ser assumido apenas por alguns departamentos. A empresa precisa evoluir como um todo. Ou seja, todo o negócio tem que “respirar” essa agilidade. E para isso, a empresa precisa trabalhar em quatro grandes pilares:
Além dos frameworks, mais do que “seguir receitas de bolo”, é necessário, assimilar os princípios da agilidade como simplicidade, foco no resultado e melhoria contínua e aplicá-los. Rever processo por processo, identificar e eliminar o desperdício, entender a realidade do seu negócio e adaptá-los a esta realidade é uma das receitas do bolo.
Manter as estruturas organizacionais tradicionalmente especializadas na sua área de atuação, acaba por travar esta ‘agilidade’. Então, é preciso que os princípios da agilidade fiquem em todas as áreas da empresa. Faz-se importante que a TI, RH, financeiro, jurídico e tudo comece a pensar nos princípios da agilidade. A agilidade é baseada em colaboração e para que isso aconteça as áreas precisam deixar de atuar como silos independentes. É necessário simplificar os elos de comunicação para desenvolver a intra-agilidade.
Outro ponto para que essa estrutura organizacional funcione, é se atentar na questão da hierarquia e do modelo de liderança. A hierarquia deve ser substituída pela gestão horizontal para que os profissionais sejam empoderados e auto gerenciáveis.
O momento atual exige que seja implementada uma nova cultura, um mindset de crescimento para que a organização vibre de outro modo. A cultura é formada por pessoas e por isso todos são responsáveis por “mudar a configuração da sua mente” para pensarem e agirem de acordo com os princípios da agilidade procurando sempre novas alternativas para fomentar essa nova cultura ágil e criatividade.
É imprescindível que as pessoas desenvolvam as habilidades não técnicas, as chamadas soft skills, para que sejam mais colaborativas e empáticas. Todo esse lado menos técnico da agilidade, que pode não estar claramente descrito nos frameworks, é essencial para que as cerimônias e papéis sejam executados, levando ao resultado esperado.
Desenvolver estes quatro pilares é fundamental para o processo evolutivo entre a etapa de “estar ágil” até a organização “ser ágil”. Um aspecto importante é que as mudanças além de serem a nível organizacional também serão a nível pessoal impactando positivamente a sua eficácia e produtividade. As técnicas, métodos e mindset ágil serão ferramentas poderosas para a sua organização pessoal.
*Carlos Baptista é especialista em transformação digital e processos ágeis para as empresas. Professor e coordenador do núcleo de seleção de alunos do MBA da FIAP. É empresário, consultor de negócios e mentor. Possui mais de 30 anos de experiência em TI no Brasil e em Portugal.
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