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A corrida para construir uma nova realidade

Em muitos aspectos, a realidade virtual (VR, na sigla em inglês) ainda está distante de estar consolidada. No entanto, alguns movimentos recentes do mercado dão sinais de que ela tem potencial para ser uma mudança significativa. De acordo com o Gartner, o mercado de VR deve gerar receitas de US$ 21 bilhões em 2020, com quase 40 milhões de unidades vendidas. Em 2016, o número é de US$ 1 bilhão e 1,4 milhões de dispositivos. A projeção de crescimento é impressionante.

A aquisição de US$ 2 bilhões da Oculus VR pelo Facebook, em 2014, impulsionou grandes empresas de tecnologia a acelerarem o ritmo de desenvolvimento dessas tecnologias. Surpreendentemente, muitas das companhias que estão investindo em realidade virtual e realidade aumentada são as que ficaram para trás na revolução móvel ou perderam controle dela.

A HTC está se posicionando ativamente para transformar VR em um core business à medida que suas vendas de aparelhos caem. Já a Nokia, perdendo mercado de telefonia móvel, está construindo sistemas de captura de realidade virtual. A Microsoft, por sua vez, que nunca pareceu atingir enorme sucesso com o Windows Phone, está trabalhando intensamente para construir sistemas operacionais para headsets.

A década passada da Intel também tem sido definida em muitos aspectos por sua incapacidade de capitalizar as demandas e oportunidades do deslocamento da plataforma móvel. O CEO da companhia, Brian Krzanich, diz que o primeiro os problemas móveis de sua empresa são os próprios atos. Ele vê as iniciativas de realidade virtual de sua empresa como projetos em fase inicial que podem acabar se tornando um negócio importante para a Intel.

Em visita à sede da Intel em Santa Clara, o portal TechCrunch descreveu alguns detalhes do Projeto Alloy, dispositivo de realidade virtual que a companhia está desenvolvendo – anunciado em agosto deste ano. O grande diferencial é que o equipamento não vai depender de um PC ou smartphone para funcionar, como seus concorrentes Rift e Gear VR, por exemplo. Totalmente sem fio, o dispositivo funciona isolado com seu próprio processador e sistema operacional embarcados.

Embora ainda esteja em desenvolvimento, a próxima geração (apelidada de “Alloy 2”) ganhará uma nova câmera RealSense 400 e terá uma atualização para um processador com o Kaby Lake, mas o mais interessante é que o headset vai abandonar o processador Atom e passar para uma unidade de processamento visual da Movidius, uma das últimas aquisições da Intel. A empresa, adquirida em setembro deste ano, é especializada em processadores de inteligência artificial e visão computacional.

“Na Intel, nos especializamos no hardware e na experiência, mas não estamos mais preparados para construir dispositivos físicos”, disse Tim Parker, executivo da Intel, ao portal durante visita à sede.

O Alloy 2 continuará a ser um projeto de referência, embora a Intel se associe com a “Microsoft e outros parceiros” para refinar a construção. A Intel não está planejando entrar no mercado de hardware de consumo em breve, mas Krzanich espera que o headset possa estabelecer essas tecnologias Intel no DNA dos dispositivos VR de próxima geração. Outro plano é ter o Alloy com fonte aberta.

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