93% dos profissionais de TI latinos querem trocar de emprego

Estudo do BCG ouviu expectativas para os próximos três anos. Profissionais valorizam flexibilidade, diversidade e meio ambiente

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5:52 pm - 20 de janeiro de 2022

Mais de 9 em cada 10 (93%) dos profissionais de tecnologia ou digitais de empresas latino-americanas esperam trocar de empresa nos próximos dois a três anos, enquanto 64% já estão buscando ativamente novos empregos. É o que revela a nova edição de um estudo conduzido pelo Boston Consulting Group (BCG) e pela The Network, que globalmente encontrou porcentagens menores – 73% e 40%, respectivamente.

Entre os profissionais da América Latina (AL), os principais motivadores para essa mudança são a busca por um novo desafio (70%), a oportunidade de progredir na carreira (53%) e por se sentirem desvalorizados na posição atual (51%). Globalmente, os dois primeiros motivos também foram os mais listados, por 49% e 63%, respectivamente.

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A pesquisa mostrou também que o trabalho híbrido se consolidou durante a pandemia. Na AL, 100% dos entrevistados gostariam de trabalhar ao menos um dia na semana de forma remota. Globalmente, essa porcentagem é de 95%. Apenas 36% dos respondentes na AL trabalhariam de forma totalmente remota, contra 25% no cenário global.

Para os profissionais ouvidos, os horários também devem ser flexibilizados: na América Latina, 73% querem trabalhar em horários total ou parcialmente flexíveis, percentual similar aos 75% dos respondentes do mundo todo.

Foram ouvidos 9.864 profissionais de áreas de tecnologia e de cargos digitais no mundo todo, 73 deles de empresas da América Latina, sendo 74% homens e 24% mulheres. O restante se identifica com outro gênero ou preferiu não comentar.

Aspectos valorizados

Quando perguntados sobre o que mais valorizam no trabalho, os latino-americanos citaram o bom relacionamento com colegas e superiores e equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Globalmente, o equilíbrio é o mais valorizado, depois o bom relacionamento e, em terceiro lugar, remuneração e benefícios.

Outros fatores que ganharam relevância foram as causas de diversidade, inclusão e ambientais. Entre os latino-americanos, 42% afirmam que não trabalhariam para empresas sem práticas adequadas de diversidade e inclusão e 39% afirmam o mesmo em relação às políticas ambientais. No mundo, praticamente metade diz o mesmo para ambas as questões (50% e 48%, respectivamente).

Trabalho offshore

Os profissionais de tecnologia dispostos a se mudar para outro país para trabalhar eram 55% em 2018, agora são 67%. O Canadá ultrapassou os Estados Unidos como o destino mais desejado, seguido por Austrália, Alemanha e Reino Unido. Na AL, onde 71% manifestaram esse desejo, a prioridade é a Espanha, seguida por Canadá, Alemanha, Estados Unidos e Reino Unido.

Outra tendência identificada no estudo é a maior disposição dos profissionais de tecnologia por trabalhar remotamente para uma empresa de outro país. Cerca de 68% dos respondentes globais afirmam que trabalhariam desta forma, enquanto 88% dos latinos dizem o mesmo.

Os destinos mais procurados mundialmente são os Estados Unidos, Reino Unido, Austrália e Alemanha. Os Estados Unidos também lideram entre os respondentes latinos, porém, seguidos por Espanha, Canadá, Reino Unido e Alemanha.

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