9 investimentos que os CIOs devem fazer antes da recessão

Com uma desaceleração econômica quase inevitável, a recessão é a principal preocupação da maioria dos líderes empresariais. Se isso acontecer no curto prazo, será um ciclo financeiro como nenhum outro.

“Temos desemprego recorde, com inflação recorde. Temos preços para tecnologia e serviços mais altos do que qualquer CIO, líder de TI ou empresário tem que lidar”, diz Ryan Prindiville, Sócio Responsável pela consultoria de contabilidade e consultoria empresarial Armanino. “Ao mesmo tempo, as empresas estão saindo de um crescimento recorde nos últimos dois anos. Então você tem uma dicotomia que os líderes empresariais, previsores e prognosticadores nunca viram antes”.

O corte de custos antes da recessão é uma sabedoria convencional – e certamente existem algumas metas de redução que teriam um impacto negativo limitado nos negócios. “Mas a melhor sabedoria é aproveitar as oportunidades para acelerar os investimentos para melhorar a eficiência a longo prazo”, diz Rick Pastore, Diretor Sênior de Pesquisa e Consultor de TI do The Hackett Group.

Os CIOs podem querer investir, por exemplo, na migração de sistemas para a nuvem porque desejam aumentar ou diminuir a escala em uma recessão. “Pode haver investimentos que os líderes de TI e CIOs precisam fazer agora para resistir e sustentar uma desaceleração prolongada”, concorda Prindiville.

Esses empreendimentos não são necessariamente soluções de curto prazo. “Os líderes de TI deveriam estar planejando um ambiente mais flexível ao longo do tempo, mas estes são exercícios de três a seis meses”, explica Michael Fuller, Diretor do The Hackett Group. “O objetivo é pensar em como eles podem mudar as organizações de tecnologia de forma holística e consistente, garantindo que esses investimentos estejam diminuindo a base e criando flexibilidade”.

Para se antecipar às perspectivas econômicas pendentes, os líderes de TI devem considerar fazer investimentos nas seguintes áreas, especialmente onde essas mudanças podem trazer benefícios operacionais de longo prazo, recessão ou não.

Permita uma melhor percepção de custos e valor

“Os líderes de TI devem manter uma compreensão profunda de sua estrutura de custos, bem como do valor que os serviços e investimentos de TI fornecem à organização como um todo”, diz Patrick Anderson, Diretor de Tecnologia, Estratégia e Arquitetura da consultoria global Protiviti.

Se você ainda não tem essa transparência e clareza, agora é a hora de investir na criação, pois isso permitirá que você faça movimentos inteligentes para liberar custos ou apoiar investimentos adicionais.

Saber como cada aspecto da infraestrutura de TI suporta o negócio também é fundamental. “Na maioria das organizações, essa informação é conhecimento tribal e não é fácil de acessar ou agir”, diz Anderson.

Torne-se nativo da nuvem

A Boomi recentemente fez a transição para uma pilha centrada na nuvem com investimentos em aplicativos nativos da nuvem e ferramentas de integração de dados. “Não dependemos mais de soluções legadas que exigem grandes equipes e orçamentos ou muito trabalho manual para implementar mudanças ou novas integrações”, diz Neil Kole, CIO da Boomi. “Nossa iniciativa de transformação resultou em altos índices de satisfação dos funcionários, menor custo de TI como porcentagem da receita e ROI mais rápido em nossos investimentos”.

Caia na real com FinOps

Os CIOs que desejam otimizar seus custos de nuvem podem investir em FinOps para gerenciar com mais precisão os custos dos ativos de TI. FinOps é uma disciplina de gerenciamento de negócios com software de analytics de acompanhamento projetado para calcular os custos da nuvem para ajudar as organizações a planejar, orçar e prever melhor o consumo e os gastos da nuvem. “Isso fornece a transparência para alinhar melhor seus gastos na nuvem com o valor comercial que está sendo entregue e eliminar possíveis desperdícios ou desalinhamentos”, diz Anderson, da Protiviti.

Dobre o ágil

Se você ainda não investiu em abordagens, habilidades e processos ágeis, deixe essa desaceleração empurrá-lo para essa mudança. “A criação de um conjunto de ferramentas ágil não pode acontecer da noite para o dia”, diz Kole da Boomi. “Se sua empresa espera permanecer resiliente durante uma possível recessão, agora é a hora de começar a fazer essa transformação”.

Adotar o ágil permitirá que a TI aumente a frequência de check-ins de negócios, criando maior alinhamento com as prioridades e a direção dos negócios. “Deve ser um requisito que uma metodologia ágil seja usada para garantir a eficácia em um ambiente em constante mudança”, diz Eugene Kuerner, CTO do provedor de software de gerenciamento de despesas Center. “Aumentar a frequência e a profundidade da metodologia ágil durante tempos desafiadores destaca a conexão e a execução para desafios de negócios em rápida mudança”.

Colabore obtendo clareza

“O passo mais inteligente que uma organização pode dar é vê-la como uma oportunidade de abraçar a onda de recessão e sair intencionalmente mais forte da recessão”, diz Stanley Huang, Cofundador e CTO da Moxo. “As organizações devem dar um passo para trás e traçar uma visão geral da situação atual dos negócios de sua organização – identificando as tendências de fluxo de caixa e o layout da estrutura de custos com o máximo de detalhes possível”.

Trabalhar em estreita colaboração com a equipe executiva para mapear essa visão geral permite que os líderes de TI se concentrem não apenas na redução cega de custos, mas também na mudança de gastos. “Sem uma estratégia de visão geral da empresa esclarecida, os gerentes de TI estão mais inclinados a tomar decisões pontuais, ao passo que deveriam dedicar tempo ao alinhamento das metas de TI com as metas gerais de negócios”, diz Huang.

Aumente a aposta analítica

Quer deixar sua organização financeira feliz? Um dos melhores investimentos que as organizações de TI podem fazer agora é em inteligência e análise de negócios avançada, fornecendo à organização melhores ferramentas para entender seus próprios gastos.

“Investindo em mais recursos analíticos, ferramentas de relatórios mais inteligentes e maior transparência sobre o que está sendo gasto e por que isso permitirá que os CFOs inteligentes tomem melhores decisões”, diz Pastore do Hackett Group.

Acelere as jogadas de eficiência

Antecipar-se às possíveis consequências econômicas é benéfico, e os CIOs devem impulsionar e proteger os projetos que aumentarão a eficiência e a produtividade. “Acelerar iniciativas que de outra forma estariam em risco deve ser seriamente considerada”, diz Erik Bailey, CIO da empresa de software e serviços de IP Anaqua. “Qualquer iniciativa implementada agora que reduza custos ou aumente a eficiência resultará em uma melhor posição geral se uma desaceleração afetar a organização”.

O Hackett Group descobriu que 10% das funções de TI com melhor desempenho automatizam 2,1 vezes mais processos de negócios do que seus pares. Como resultado, eles obtêm uma redução 47% maior no custo de operação e gerenciamento de tecnologia. Algumas funções prontas para maior automação antes da recessão incluem RH, finanças e a própria TI.

“Qualquer líder de TI preocupado com uma possível queda financeira devido à recessão deve se concentrar na implementação de tecnologias de automação e low-code para permitir que desenvolvedores cidadãos e integradores dentro de suas organizações – a fim de liberar o tempo dos membros da equipe de TI – façam um trabalho mais impactante”, diz Kole de Boomi.

Busque novas tecnologias promissoras

Agora não é hora de entrar no modo defensivo de cabeça para baixo. Os CIOs e suas equipes devem ficar atentos às oportunidades de investir em tecnologias emergentes. “Preste muita atenção às tecnologias emergentes, mantendo o pulso sobre as tecnologias que podem beneficiar sua organização de uma perspectiva interna e externa”, aconselha Huang, da Moxo.

Realoque economias operacionais

Em uma recessão, os custos operacionais de TI podem cair naturalmente. Os CIOs inteligentes desviarão alguns desses custos operacionais ociosos para novas iniciativas, em vez de perder esse dinheiro para outra parte do negócio ou para o banco. “Desvie isso para projetos de eficiência de infraestrutura para acelerar os projetos existentes”, diz Pastore.