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74% do setor de food service pouco investe em transformação digital

O setor de food service no Brasil está atrasado quando o assunto é transformação digital, concluiu pesquisa do IFB – Instituto Foodservice Brasil e da Cognitive Media Science. Segundo o estudo, 65% das empresas pesquisadas têm poucas capacidades digitais ou limitam-se a aplicações mais tradicionais.

Apesar dos serviços, de forma geral, terem se digitalizado durante o período da pandemia, a realidade dos serviços de alimentação está aquém da média da digitalização das empresas de outros setores. O estudo entrevistou 61 executivos (C-Level), a maioria à frente de grandes empresas com faturamento anual acima de R$ 300 milhões de reais do setor de alimentação fora do lar e associadas ao IFB.

Classificadas em “iniciantes”, “conservadoras” e “digitais” pelo estudo, a maioria das empresas se encontra no status iniciante. Ou seja, têm poucas capacidades digitais, limitando-se a aplicações mais tradicionais. Essa classe corresponde a 65% dos respondentes da pesquisa. Já 20% das empresas do setor foram diagnosticadas como conservadoras, que privilegiam segurança em vez de inovação, com investimentos seletivos, mas consistentes, em tecnologia e mídia digital.

Leia mais: Brasileiros são menos fiéis às marcas no ambiente online

Apenas 13% das entrevistadas se encaixam na classificação “digitais”. O estudo ainda classifica um pequeno grupo de empresas como “fashionistas”, que experimentaram diversas aplicações digitais, algumas criaram valor, porém muitas não geraram resultados. De todas as empresas entrevistas, somente 2% das empresas de foodservice foram vistas como fashionistas.

A pesquisa ainda encontrou outro dado preocupante para o setor. Não há à vista muitos esforços e investimentos para a transformação digital. 74% dos entrevistados indicaram que investirão pouco em transformação digital ou não sabe quanto investirá.

Esse fato acende um alerta, pois estudos do MIT e da consultoria Capgemini Consulting mostram que empresas digitalmente menos maduras podem ter perdas de 24% nos lucros.

Na avaliação do estudo, os resultados são reflexo de uma grande barreira cultural entre as empresas do setor. Entre os respondentes 52,5% identificaram esse fator como impeditivo para a transformação digital não evoluir. Outros motivos foram citados, como limitações orçamentarias e estruturação adequada do projeto.

“As empresas esperam que o processo de transformação digital seja a solução para muitos dos seus problemas, porém precisam atuar de maneira mais estratégica e focada para que isso se torne uma realidade. Sem dúvida, somente as empresas que se prepararem para esse novo momento do setor do foodservice terão força competitiva para alcançar seus objetivos”, avalia Claudio Gekker, líder do comitê de transformação digital do IFB.

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