74% das empresas maduras digitalmente esperam recuperar receita em 2 anos no pós-Covid

Pesquisa revela que 90% das organizações estão mantendo ou ampliando o orçamento para transformação digital em meio à pandemia

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5:23 pm - 09 de outubro de 2020

Uma pesquisa que compara organizações com capacidade digitais mais avançadas (líderes) com outras com menos ou nenhuma capacidade (seguidoras), aponta que as empresas com maior amadurecimento digital tem 20 pontos percentuais a mais de chance de ver a recuperação da receita nos próximos dois anos, após a Covid-19.

O estudo da Tata Consultancy Services (TCS), “Digital Readiness and Covid-19: Assessing the Impact”, mostrou que as companhias menos líderes (64%) viram a receita cair em comparação com as seguidoras (73%). Além disso, as líderes tiveram melhor visibilidade sobre os negócios e têm mais confiança no futuro, sendo que 74% delas esperam ver a recuperação da receita em dois anos, contra 54% das seguidoras.

“Antes da pandemia, as capacidades digitais estavam se tornando rapidamente essenciais para o sucesso das empresas e suas iniciativas de transformação dos negócios. No entanto, nosso estudo revelou que várias empresas não estavam tão adiantadas no desenvolvimento de uma estrutura digital como esperavam”, afirma Rajashree R, Diretor de Marketing da TCS. “As empresas que haviam adotado a transformação digital com mais entusiasmo tiveram um desempenho melhor durante a pandemia e esperam ter uma recuperação mais rápida, enquanto as demais estão, agora, concentradas em fazer os investimentos necessários e correr contra o tempo”.

O levantamento global reuniu cerca de 300 líderes sêniores de negócios de grandes empresas – 97% com receita acima de US$ 1 bilhão e 44% acima de US$ 10 bilhões -, abrangendo 11 setores na América do Norte, Europa e Ásia.

Impactos da Covid-19

Enquanto 68% das empresas viram a receita cair em meio à Covid-19, 90% mantiveram ou ampliaram o orçamento para transformação digital. Entre as mudanças nos gastos com tecnologia em função da pandemia, as empresas relataram os maiores aumentos em:

  • Tecnologias colaborativas (65%),
  • Cibersegurança (56%),
  • Tecnologias nativas da nuvem (51%)
  • Analytics avançado (39%)

Antes da pandemia, uma organização mediana pesquisada tinha apenas 9% de suas equipes trabalhando, na maior parte do tempo, em casa. Essa porcentagem aumentou sete vezes e deve permanecer em níveis elevados até 2025, quando esse mesmo perfil de empresa deverá ter 40% dos funcionários trabalhando principalmente de suas casas.

O relatório também mostrou seis capacidades digitais que foram identificadas como fatores críticos nas empresas no cenário da pandemia:

  • Experiência digital dos clientes (CX) de ponta a ponta;
  • Análise baseada em Inteligência Artificial (IA) para aprimorar a CX continuamente;
  • Principais sistemas corporativos na nuvem;
  • Principais processos de negócio altamente automatizados;
  • Sensores digitais para rastreamento de produtos;
  • Importantes parcerias em ecossistemas digitais.

As iniciativas de negócios em torno da CX de ponta a ponta ganharam força. Segundo a pesquisa, já estão implantadas em 25% das empresas e em desenvolvimento em 44%. Da mesma forma, analytics e IA para aprimorar a CX estão em uso em 24%, e em desenvolvimento em 39% das empresas. Altos níveis de automação dos principais processos de negócio é outra área prioritária, já implantada em 23%, e em desenvolvimento em 44% das empresas.

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