68% das empresas brasileiras têm estratégia de sustentabilidade implementada

Pesquisa da SAP revela que ações iniciam com diversidade e propósito é principal motivador para ações

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6:04 pm - 04 de abril de 2022
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Sustentabilidade está se tornando cada vez mais presente nas agendas das empresas da América Latina. De acordo com a pesquisa “Sustentabilidade na Agenda das Lideranças da América Latina” promovida pela SAP reunindo entrevistas com 410 líderes regionais, em 2021 42% das organizações brasileiras tinham uma estratégia implementada e, para 2022, os números avançaram para 68%. A mesma movimentação aconteceu na América Latina, saltando de 46% para 69%.

Do total dos respondentes na América Latina, 30% admitem ter acrescentado mais pilares relacionados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU nos últimos 12 meses, enquanto 15% afirmam ter conseguido colocar em prática iniciativas de sustentabilidade propostas no ano anterior. Além disso, 40% esperam aumentar os investimentos em sustentabilidade em 2022 em relação a 2021, e 51% pretendem manter os esforços

“A sustentabilidade começa com a diversidade. É uma tendência para muitas empresas que os esforços de sustentabilidade comecem com a diversidade e a inclusão e depois abordem questões mais complexas, como a economia circular ou a redução de carbono”, revela Pedro Pereira, diretor de sustentabilidade da SAP para América Latina e Caribe.

Quando perguntados sobre os principais motivadores para olhar para a sustentabilidade, os pilares são: reputação, propósito e compromisso dos CEOs e da diretoria. No Brasil, o propósito aparece no primeiro lugar.

Em coletiva de imprensa, o especialista frisa, entretanto, os 20% que citam as regulamentações governamentais. Segundo ele, em outros locais, como na Europa, esse indicador aparece entre os três primeiros lugares. Ele acredita que quando as regulamentações governamentais aumentarem na América Latina, essa motivação também crescerá como prioridade.

O Brasil foi o país onde o maior número de empresas já conseguiu implementar suas estratégias de sustentabilidade: 68% delas contam com estratégias em funcionamento, 26% a mais em relação ao ano anterior. Entre elas, 28% confirmam ter incorporado mais pilares relacionados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU em suas estratégias de sustentabilidade nos últimos 12 meses.

O principal desafio para as companhias nacionais continua a ser a dificuldade de aferição de resultados: 59% dos executivos do país têm dificuldade para medir o impacto de suas ações, 13 pontos percentuais acima da média regional (46%), problema seguido pela dificuldade de demonstrar o retorno de seu investimento (49%). Quase metade (45%) estão utilizando tecnologia para superar este desafio e aprimorar seus programas, com 15% dos líderes considerando a adoção de novas ferramentas tecnológicas para a gestão de programas ESG já em 2022.

Por outro lado, o Brasil é o segundo país da região onde os executivos dizem já visualizar o impacto das iniciativas ESG nos negócios, com 41%. Outros 30% acreditam que serão capazes de medir e conferir o resultado nos negócios ainda em 2022. A maturação das práticas tem acelerado o passo dos investimentos: 35% das empresas brasileiras planejam aumentar seus investimentos em sustentabilidade. Outros 59% planejam manter o investimento feito no ano anterior.

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