6 coisas que líderes estão aprendendo durante o isolamento social

Consultor da Michael Page revela como situações atípicas podem trazer novas experiências aos executivos

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12:45 pm - 06 de julho de 2020

A rotina de trabalho e as relações interpessoais mudaram drasticamente devido à pandemia da covid-19. Com o distanciamento social, muitos executivos passaram a vivenciar novas experiências e superar enormes desafios que a situação atual exige. Mas para além de novos modelos de trabalho, Lucas Oggiam, diretor da Michael Page, consultoria especializada no recrutamento de alta e média gerencia, é importante reconhecer que períodos de crise podem nos fazer enxergar “fora da caixa” e alcançar novas oportunidades.

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“De maneira geral, todas as pessoas e empresas estão sendo afetadas de alguma forma em decorrência da pandemia do COVID-19. Mas, em meio a tanta preocupação, também estamos notando atitudes positivas, como o surgimento de aprendizados que darão um novo impulso ao nosso futuro como profissionais, em um mercado que nos proporciona cada vez mais desafios”, observa.

De acordo com o consultor, situações atípicas podem nos mostrar a importância de atos básicos. Por isso, a “cultura do minimalismo” que estamos vivenciando, com privações e necessidades de adaptação no meio corporativo, pode nos ajudar a enxergar maneiras de progredir em nossas carreiras.

Abaixo, Oggiam destaca os aprendizados mais importantes – até o momento – durante o isolamento social, proveniente da pandemia de coronavírus.

Enxergamos oportunidades de descobrir coisas novas

“É comum estarmos tão ocupados no dia a dia que não conseguimos arrumar tempo ou disposição para aprendermos algo novo. Mas, nas últimas semanas, todos precisaram descobrir novidades, como novas formas de organização para o trabalho remoto, como estabelecer canais de comunicação ativos e claros, novos aprendizados sobre tecnologias, outros modelos de liderança e até a fazer pausas para cuidar da saúde física e mental, algo essencial, que tendemos a deixar de lado em situações que não fogem à normalidade”, indica.

As políticas de home office progrediram

“Grande parte das empresas ainda não possui uma política ou ao menos infraestrutura para oferecer o home office aos seus funcionários. No entanto, nota-se que em aproximadamente duas semanas, fizemos mais progresso do que nos últimos 10 anos em tais questões. Os profissionais estão se adaptando ao novo modelo de trabalho e descobrindo novas ferramentas e canais de comunicação. Os próximos passos serão a evolução comportamental e a criação de uma cultura de home office para que os colaboradores mantenham seus rendimentos trabalhando fora dos escritórios”, projeta.

Estamos criando uma cultura de desempenho e responsabilidade

“O maior receio das empresas no Brasil quanto ao home office é que seus profissionais não tenham disciplina, foco, objetividade e responsabilidade o suficiente para que a política seja difundida no mundo corporativo. Agora, a cultura de desempenho e responsabilidade terá de avançar o mais rápido possível, caso contrário, os resultados das empresas não serão positivos e, naturalmente, os empregos estarão em xeque”, indica Oggiam.

As gestões a distância estão progredindo

“Muitos gestores estão acostumados a lidar olho a olho com seus funcionários, têm postura centralizadora e dependem de contato direto para resolver problemas e engajar times. Agora é preciso criar um planejamento maior e manter uma política clara de alinhamentos. A gestão por indicadores de desempenho, muito defendida por consultorias estratégicas em geral, torna-se bem-vinda para apoiar a análise de resultados e dar suporte para decisões assertivas das lideranças. Estamos incorporando novos procedimentos de trabalho, que tendem a contribuir para o progresso das empresas”, ressalta.

Estamos aprendendo a gerir melhor os recursos

“Considerando que passaremos por um período em que alguns funcionários terão desempenhos melhores trabalhando remotamente do que presencialmente, e que as lideranças irão notar que é possível implantar a cultura permanentemente, vale a reflexão: precisamos de tanto espaço corporativo em nossas empresas? Estar preparado e investir em boa infraestrutura para que colaboradores realizem suas atividades em home office pode ser uma opção mais econômica, lucrativa e, inclusive, tende a reter talentos”, lembra o diretor da Michael Page.

Otimismo x Pessimismo

“A oportunidade de evoluir como pessoa e como profissional é ainda maior em momentos de crise. Tudo depende do filtro por meio do qual enxergamos a situação. Ser empático, ter respeito e dar suporte aos que estão passando por situações mais delicadas do que a nossa é o mínimo que podemos fazer, mas sem esquecer de que uma postura otimista é essencial para passar por este momento, tanto física, quanto psicologicamente”, conclui.

 

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