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5 tendências que estão moldando o consumo de conteúdo digital

Quem poderia imaginar que o celular um dia evoluiria para um computador portátil e se tornaria a porta de entrada para conteúdo e engajamento entre empresas/marcas e clientes? Bem, esse dia oficialmente chegou. Entre em qualquer estabelecimento hoje e é quase certo que você verá muitas pessoas utilizando os seus smartphones. Esse aumento exponencial no uso de smartphones está influenciando diretamente os hábitos de consumo de conteúdo, de acordo com a Pesquisa Anual de Consumo de Conteúdo, da Adobe.

O estudo – realizado em dezembro de 2018 com mil consumidores dos EUA que possuem pelo menos um dispositivo digital – constatou que o consumo de conteúdo digital está aumentando e que os consumidores já estabeleceram expectativas e preferências.

O relatório revelou quais são as cinco tendências de consumo que irão moldar o consumo de conteúdo digital daqui para frente. Confira:

1. Consumidores gastam mais de um quarto do dia interagindo com conteúdo digital

A proliferação de vários formatos de conteúdo (por exemplo, vídeo, social, memes, etc.) está por trás do crescimento do consumo de conteúdo digital. Segundo o estudo, os consumidores gastam 8,8 horas por dia, em média, engajados com conteúdo digital. Isso aumenta em duas ou mais horas com as gerações mais jovens: 11,4 horas para a Geração Z e 10,9 horas para a Geração Y, em média. Além disso, essas gerações gastam a maior parte do seu tempo consumindo conteúdo em dispositivos móveis e muitas vezes em mais de um, com mais de 25% da geração millenial usando três ou mais dispositivos de uma vez para se envolver com conteúdo digital – um aumento de 130% em relação ao ano anterior.

“Os consumidores sentem um grande medo de estarem perdendo algo”, disse Kevin Lindsay, diretor de marketing de produto da Adobe. “Se eles não estão acompanhando todas as notícias e as últimas atualizações de todos os seus amigos, eles sentem que estão perdendo. Acrescente a isso o fato de que podemos fazer praticamente qualquer coisa a partir de nossos telefones hoje em dia, e é claro ver como é fácil se manter conectado. Estamos vendo um nível diferente de engajamento com conteúdo digital que é parte divertido, parte utilitário e parte do tempo desperdiçado”, afirmou.

2. Os consumidores têm pouca paciência para experiências ruins

Não é segredo que empresas como Netflix, Amazon e Airbnb estão mudando as expectativas dos consumidores em relação às experiências dos clientes. “A barra está cada vez mais alta”, disse Lindsay. “As ferramentas disponíveis hoje para os profissionais de marketing monitorarem os pontos de contato digitais, como o desempenho do website ou um aplicativo, são comuns, por isso não há realmente desculpa para uma experiência de má qualidade – e o cliente sabe disso”.

O estudo descobriu que mais de um terço (35%) dos consumidores estão mais frustrados com o carregamento lento de páginas. Esse número aumenta para 41% entre os Millennials. Também é importante observar: mais da metade dos consumidores (51%) disseram que parariam de acessar o conteúdo se houver uma demora para carregá-lo.

Os consumidores disseram que também se sentem incomodados quando o conteúdo da marca é mal escrito (39%) ou mal projetado (28%). O conteúdo que é muito personalizado (25%) é outro fator de desistência, assim como o conteúdo que não é otimizado para seus dispositivos (21%). Finalmente, três em cada cinco consumidores disseram que experimentar qualquer uma dessas situações os impediria de fazer uma compra com uma marca.

O vídeo, segundo o estudo, também pode melhorar ou estragar uma experiência. Enquanto mais da metade dos consumidores (54% no geral, 76% na Geração Z e 65% na Geração Y) relataram que estariam mais dispostos a permanecer no canal de uma marca se o conteúdo de vídeo fosse incluído, metade dos consumidores disseram que parariam de visualizar o conteúdo inteiramente se a resolução do vídeo for ruim ou o vídeo estiver lento.

3. Uso de tecnologia emergente para consumir conteúdo digital está em ascensão

Das várias tecnologias emergentes, a voz parece ser a que ganha mais força entre os consumidores. De acordo com Lindsay, grande parte dessa adoção é cortesia de muitas habilidades da Alexa desenvolvidas no ano passado, permitindo que os consumidores façam mais com o dispositivo – e a voz, em geral.

Claro, ainda estamos nos primórdios. Os consumidores informaram que ainda fazem compras principalmente em lojas físicas (49%), mercados online como a Amazon (48%) e indo diretamente para o site de uma marca (44%) para comprar produtos e serviços. É notório que o uso de alto-falantes inteligentes e assistentes de voz para fazer compras está em ascensão (um aumento de 165% na comparação ano a ano, saindo de 4% no estudo do ano passado para 10% agora).

A geração Z, especificamente, tem uma relação única com seus dispositivos em comparação com outras gerações. Eles se envolvem com conteúdo em consoles de jogos quase tanto quanto em laptops (46% vs. 49%), e eles são mais propensos a se envolver com conteúdo em alto-falantes inteligentes e dispositivos portáteis. De fato, 17% da Geração Z disseram que usam alto-falantes / assistentes domésticos para fazer compras, em comparação com zero no mesmo estudo do ano passado.

“No próximo ano, também esperamos ver um uso mais prático de AR e VR”, previu Lindsay. “Já estamos começando a ver muita experimentação e podemos esperar que formatos de conteúdo mais imersivos se tornem cada vez mais populares no próximo ano”.

4. As marcas devem entregar conteúdo personalizado sem ser assustador

Com os consumidores agora usando vários dispositivos ao longo do dia, as pessoas esperam que a experiência e o nível de personalização sejam contínuos e perfeitos à medida que eles se movem de um dispositivo para outro. “E é aí que o conteúdo desempenha um papel importante”, disse Lindsay. “O conteúdo, informado pelos dados, pode ajudar as marcas a realmente conseguir essa personalização em grande escala.”

O estudo descobriu que mais de um terço (38%) dos consumidores afirmam que recebem constantemente ou frequentemente conteúdo de marcas que não são personalizados. É uma oportunidade perdida, com certeza, já que mais da metade dos consumidores disseram que têm mais chances de fazer uma compra (51%) ou se tornar leais a uma marca (49%) se o conteúdo for personalizado.

Mas as marcas precisam ter cuidado, Lindsay alertou: 82% dos consumidores concordaram que parariam de comprar de uma marca se ela ultrapassasse o limite com uma experiência assustadoramente personalizada.
“Embora não tenhamos nos aprofundado no que as pessoas acham assustador neste estudo, meu conselho é que as marcas precisam descobrir isso para sua linha de negócios em particular”, disse Lindsay. “Pense sobre o que é viável, o que é prático e, mais importante, desejável por parte de seus clientes.”

O estudo também descobriu que os consumidores confiam nas marcas, mas estão tomando precauções. Um total de dois terços dos consumidores disse acreditar que as marcas com as quais se engajam respeitarão sua privacidade e terão as melhores intenções com os dados coletados. Essa é uma boa notícia, disse Lindsay, que acrescentou que as marcas precisam continuar a respeitar seus clientes “oferecendo experiências autênticas e que cumpram a promessa da marca. E não é apenas responsabilidade do marketing. É todo o ciclo de vida do cliente ”.

Os consumidores também estão controlando mais suas experiências, descobriu o estudo. A Geração Z e os Millennials estão ativamente ajustando suas configurações de privacidade com as marcas com as quais se engajam para proteger suas informações, mais do que outras gerações (80% e 76%, respectivamente).

5. A maioria dos consumidores ainda confia nas mídias sociais

Apesar de alguns tempos difíceis nas mídias sociais nos últimos 12 a 18 meses, 66% dos consumidores disseram que confiam nos canais de mídia social (enquanto 34% não). Sem surpresa, há uma divisão geracional quando se trata de confiar nas plataformas sociais com apenas 2% da Geração Z dizendo que não confiam nas redes sociais em comparação com 15% dos Millennials, 30% da Geração X, 48% dos Baby Boomers e 52% de tradicionalistas.

Os consumidores relataram que confiam mais no Facebook (26%), seguidos pelo YouTube (16%) e LinkedIn (9%).

“Independentemente das manchetes, as redes sociais não estão indo embora”, disse Lindsay. “É uma forma de os consumidores se conectarem com seus amigos e descobrirem o conteúdo que está sendo compartilhado em seus círculos”.

*Giselle Abramovich é senior & Strategic Editor do CMOi

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