5 perguntas para o CEO: Marcos Perez, da Digisystem

Executivo fala de transformação digital, investimento e o que espera dos negócios para os próximos 5 anos

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4:00 pm - 12 de julho de 2019

De olho na transformação digital, a empresa brasileira de soluções de tecnologias avançadas Digisystem anunciou no final do primeiro trimestre deste ano o investimento de 8 milhões reais visando uma ampla reestruturação. O valor deve priorizar a verticalização, destinando recursos à área de vendas, que passará a ter equipes próprias para atender os setores de educação, indústria, varejo, saúde, finanças, governo e utilities.

O setor responsável pela oferta de soluções IBM recebeu atenção, com 3,5 milhões de reais foram aplicados à área com o intuito de oferecer serviços ainda mais personalizados e alinhados às novas demandas do mercado. Outro segmento que também recebeu destaque foi o segmento de saúde, para o qual foram destinados 2 milhões de reais.

Há 28 anos à frente da Digisystem, o CEO Marcos Perez, conversou com a Computerworld Brasil sobre transformação digital, planos futuros pós investimento realizado pela companhia e, de quebra, quais pontos cruciais uma média ou pequena empresa necessita viabilizar para sobreviver e crescer no mercado brasileiro – a companhia faz parte do ranking da Deloitte das 250 PMEs que mais crescem na categoria de TI, informática e internet. Confira como abaixo foi esse bate-papo.

CW: O que significa transformação digital para a empresa? E, na sua opinião, qual é a importância dela [da transformação digital] para as PMEs?
MA: A transformação digital para a Digisystem é um movimento que acontece de dentro pra fora, ou seja, nós precisamos nos transformar e sermos digitais para que possamos ofertar essa transformação. A importância dessa transformação nas empresas reflete em uma mudança de pensamento, que não se baseia somente em redução de custo, mas sim em aumento de produtividade, qualificação de mão de obra e ganho de escala.

CW: Falando ainda em transformação digital, com a experiência da Digisystem, quais seriam os principais passos para uma PME no caminho para transformação digital?
MA: Inicialmente trabalhamos entendendo em qual situação o cliente se encontra e a partir daí elaboramos um plano para a jornada de transformação digital, ajudando o cliente a estar preparado para que isso ocorra. Nosso papel é olhar soluções de negócios para que a companhia trabalhe com maior nível de automação e de forma mais digital.

CW: Quais são os planos da Digisystem para os próximos 5 anos?
MA: Queremos ser reconhecidos pelos clientes como a melhor parceira na jornada da transformação digital, especializada nos principais segmentos de mercado com soluções End to End customizadas a partir de tecnologias avançadas.

CW: Dos clientes que a Digisystem atende, você poderia citar quais são as principais dores dos clientes, as quais impactam em seus respectivos negócios. E, de que forma/quais tecnologias vocês utilizam para minimizar esse quadro?
MA: Os principais clientes da Digisystem hoje possuem algumas necessidades em comum como ter uma plataforma de serviços ao cliente baseado em um único canal de comunicação ou gerenciar a performance de vendas ou produção e prover o crescimento contínuo, além claro de redução de custos. Criamos para esses clientes Soluções de Negócios específicas e personalizadas, não baseada em produto, mas sim em necessidades específicas, pensando no melhor retorno sobre o investimento para a cliente.

CW: Com 28 anos à frente da empresa, quais aprendizados foram cruciais para a sobrevivência da Digisystem no mercado? E, na sua opinião, quais pontos principais que uma PME brasileira deve se atentar para não acabar sendo engolida?
MA: Quando falamos em Tecnologia da Informação sabemos que os produtos e soluções se renovam em ciclos de 5 a 10 anos. Para sobreviver é necessário investimentos em inovação, para ter capacidade de se reinventar a cada ciclo e continuar gerando valor para os clientes através de novas tecnologias que criem soluções de negócios que realmente agreguem valor e que isso seja percebido pelo cliente. E, para perpetuar a empresa, devemos estar profundamente especializados no que fazemos e nos segmentos em que atuamos, para haver reconhecimento no mercado como a melhor empresa parceira de tecnologia, que realmente entende do negócio do cliente e desenvolve soluções customizadas.

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