A morte do ex-segurança George Floyd resultou em uma série de protestos nos Estados Unidos e um debate antirracista que está fazendo com que empresas de diversos segmentos revisem suas práticas e busquem medidas mais assertivas para diminuir a desigualdade no meio corporativo, que ainda tem prevalência expressiva de pessoas brancas, especialmente em posições de média e alta gerência.
E o que as lideranças podem fazer para combater o racismo dentro da sua equipe ou mesmo companhia? Em artigo à Fast Company, o CEO Nicholas Emerson Mazzone, fundador da plataforma de financiamento coletivo (crowdfunding) Supportful, falou sobre cinco práticas que ele adota para endereçar a questão. Confira:
“É nossa responsabilidade, como líderes empresariais, servir nossas comunidades sem preconceito, julgamento, estigma ou reserva. Não podemos ignorar ou ficar quietos quando eventos injustos acontecem, principalmente as injustiças raciais que ocorrem continuamente, por mais desconfortável que seja agir e responder”, afirma o executivo.
Mazzone pondera que, embora seja algo simples a dizer, muitas companhias ainda sentem dificuldade para reconhecer onde essas carências estão e mostrar as maneiras tangíveis de lidar com elas. Ele cita uma pesquisa recente da Morning Consult, relatando que 71% dos americanos querem que os líderes empresariais abordem a desigualdade racial nos EUA.
“Devemos superar nosso próprio desconforto e apreensão e dar a nossos funcionários o espaço para ficar com raiva, medo ou até mesmo sair do trabalho. Precisamos criar, com tato e respeito, um ambiente para trazer à tona em nossas organizações conversas dolorosas e desconfortáveis, para todos os funcionários, a fim de começar a criar uma cultura mais equitativa no local de trabalho.”
“Como líderes empresariais, devemos intensificar e ser os modelos que nossos funcionários estão procurando. Não apenas agora, mas sempre – o ano todo, ano após ano. Cabe a nós fazer a pesquisa para nos educarmos sobre os eventos atuais e as barreiras ao sucesso para as pessoas de cor. Precisamos ser mais do que não racistas, mas ativamente anti-racistas”, afirma.
O CEO lembra que o trabalho do líder executivo é garantir que todos os funcionários, clientes e usuários sejam tratados com justiça, dignidade e, acima de tudo, respeito. E, como boa parte das mudanças só são aplicadas em toda a empresa quando adotadas pelos níveis mais altos da hierarquia, esse é um compromisso que os C-levels precisam se comprometer de forma séria e consistente.
Pesquisas mostram que o desemprego negro é pelo menos duas vezes maior que o desemprego branco no nível nacional. O que significa que as companhias precisam, de fato, se dedicar mais a esse recrutamento para
“Também é nossa responsabilidade dar a esses mesmos funcionários um assento na mesa da empresa – em todos os níveis – e garantir que criamos um ambiente seguro para que todas as vozes possam ser ouvidas, sem julgamento, opressão ou estigma, para combater a hesitação que muitos funcionários negros possuem em compartilhar informações no local de trabalho”, contextualiza.
Promover a inclusão também é a decisão mais acertada do popnto de vista do negócio. O executivo ressalta que, segundo o Selig Center for Economic Growth, o poder de compra do público negro aumentou 108% entre 2000 a 2017, uma taxa muito mais rápida que a do poder de compra do público branco, que aumentou 87%.
“Se quisermos aumentar nossa receita, devemos prestar atenção a todo e qualquer consumidor.”, afirma Mazzone “A inclusão, e não a exclusão, leva a um maior reconhecimento da marca em uma era das mídias sociais, compartilhamento de informações ultra-acessíveis e rápida influência digital, que por sua vez leva a lucros e maior lealdade entre sua base de clientes.”
Para o CEO, parte do compromisso das empresas em promover a diversidade e inclusão deve estar voltada para a capacitação das pessoas que integram essa comunidade
“Independentemente do tipo de empresa que você lidera, existem muitas maneiras de retribuir.”, explica. “Você pode fazer isso expandindo sua missão ou com esforços filantrópicos e voluntariado corporativo. Outra maneira é apoiar instituições de caridade e organizações locais e nacionais criadas por e / ou destinadas a capacitar pessoas de cor, bem como empresas pertencentes a minorias.”
“Esta é uma oportunidade para nós, como líderes empresariais, de intensificar e usar nossos recursos e plataformas para ajudar nossos funcionários e comunidades a tomar medidas significativas contra o racismo. Juntos, podemos criar novos hábitos, levar nossas organizações adiante e criar mudanças contínuas e duradouras”, finaliza Mazzone.
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