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Ainda é possível: 4 startups que captaram após programas de aceleração recentes

Em meio à crise que o setor de tecnologia vem enfrentando nos últimos meses, com demissões massivas atingindo principalmente startups e capital de risco saindo de cena, os empreendedores devem estar cheios de dúvidas. Afinal, que passos são necessários para passar por esses tempos difíceis e manter operações sustentáveis?

Para Anderson Diehl, fundador da Angel Investor Club e mentor do InovAtiva Brasil, programa de aceleração de startups, muitas startups buscam recursos sem ter previsibilidade de receita e ponto de equilíbrio. As ondas de demissões atuais são, para ele, “correções” que surgem como consequência.

“Essas correções no mercado estão acontecendo exatamente por isso. As empresas não conseguirão novas rodadas de investimento no cenário atual e estão demitindo colaboradores no esforço de enxugar custos e alcançar o equilíbrio entre receitas e despesas”, aponta.

Segundo o investidor, passar por um programa de aceleração é essencial para preparar a empresa para receber um aporte no momento certo. “O processo ajuda o empreendedor a ter uma visão melhor do seu mercado, a ter um pitch mais preparado e mais qualificado, além de gerar conexões que vão aproximá-lo do mercado e de potenciais clientes”, diz.

O especialista destacou quatro startups que receberam aportes recentemente.

Forme – Educação Financeira

Surgiu para levar educação financeira às escolas de ensino básico no Brasil. A startup oferece material didático, capacitação dos professores – para que eles mesmos possam lecionar de forma lúdica -, além de assessoria pedagógica durante o ano letivo.

A startup passou pela aceleração do InovAtiva Brasil em 2021 e, de novo, pelo InovAtiva de Impacto Socioambiental em 2022. “Depois que começamos a crescer, precisávamos entender como mensurar o impacto que nossa solução estava trazendo para os alunos”, conta Bruno Lewis, CEO da startup.

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Durante o ciclo de aceleração em 2022, a Forme recebeu um aporte do Columbia Business School, universidade de Nova York, de US$25 mil. Ela também conseguiu um investimento anjo em 2021, de R$200 mil e R$450 mil da aceleradora Ventiur e FEA Angels no fim de 2022.

Atualmente, a startup estreou o Angels Wallet, plataforma de equity crowdfunding da Ventiur, para captar o restante da rodada de R$1,250 milhão.

Trashin

A cleantech tem como objetivo promover a economia circular das empresas por meio da gestão de resíduos e de programas de logística reversa. A empresa atua na agenda ESG de empresas como Alpargatas Brasil, Nike, L’Occitane, iFood e Natura.

Acelerada pelo InovAtiva de Impacto Socioambiental em 2018, a startup recebeu no mesmo ano seu primeiro aporte, por meio da Ventiur, de R$150 mil. Pela plataforma Captable, conseguiu investimentos que totalizam R$ 2,1 milhões (em rodadas realizadas em 2019 e 2021).

Já em 2022, a Trashin captou R$1,5 milhão da Irani Ventures, como o primeiro investimento em startups do veículo de Corporate Venture Capital da Irani Papel e Embalagem S.A.

Jade Autism

A plataforma acelera a educação de crianças neurodiversas com jogos educacionais de estímulo cognitivos. Eles coletam dados das crianças e os transformam em relatórios de prognóstico e desempenho educacional.

Com estes relatórios e treinamento, os professores conseguem ter uma abordagem individualizada na educação da criança, focada nas suas reais necessidades.Acelerada em 2018 no InovAtiva Brasil, hoje conta com 160 mil usuários em 180 países e um valuation de R$ 17 milhões. Seu primeiro investimento foi em janeiro de 2019 pela Biotechtown, de R$150 mil.

“Pudemos acessá-los por meio do mailing de oportunidades do InovAtiva. Esse aporte nos ajudou com a estruturação inicial da empresa e desenvolvimento das primeiras funcionalidades, além de suas validações”, diz Ronaldo Cohin, CEO da Jade. Em 2020, a startup recebeu um prêmio de US$50 mil da Gitex Future Stars e em março de 2022, R$1,2 milhão da 500 Startups, nos Estados Unidos.

Coletando

A Green Fintech tem foco na logística reversa. A startup oferece uma ferramenta para brasileiros que se engajam na destinação correta de resíduos sólidos da sua cidade. Isso é feito por meio do incentivo à coleta de resíduos em ecopontos fixos e itinerantes.

A gestão e remuneração da coleta é feita via aplicativo e o valor fica disponível para uso por meio de cartão (físico) pré-pago, ativo para compras, pagamento de contas e saques.

Em 2019, a Coletando participou do InovAtiva de Impacto e recebeu seu primeiro aporte de um investidor anjo, de R$620 mil e, em 2022, R$ 10 milhões com fundo do Grupo Solví, seu parceiro estratégico.

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