30% das organizações de infraestrutura crítica enfrentarão violação de segurança até 2025
Previsão do Gartner revela preocupação de setores como comunicações e transporte

Até 2025, cerca de 30% das empresas de infraestrutura crítica enfrentarão uma violação de segurança que resultará na interrupção de um sistema ciberfísico de missão crítica ou operacional, segundo o Gartner.
A segurança da infraestrutura crítica tornou-se uma
preocupação primária para governos em todo o mundo inclusive com os Estados
Unidos, Reino Unido, União Europeia, Canadá e Austrália, cada um identificando
setores considerados como “infraestrutura crítica” – por exemplo, comunicações,
transporte, energia, água, saúde e instalações públicas. Em alguns países, a
infraestrutura crítica é propriedade do estado, enquanto em outros, como nos
Estados Unidos, a indústria privada possui e opera uma parte muito maior dela.
“Em muitos países, os governos estão percebendo que sua
infraestrutura crítica nacional tem sido um campo de batalha não declarado por
décadas”, diz Ruggero Contu, Diretor de Pesquisa do Gartner. “Eles agora estão
tomando medidas para exigir mais controles de segurança para os sistemas que
sustentam esses ativos.”
De acordo com a institucional, 38% dos entrevistados
esperavam aumentar os gastos com segurança de tecnologia operacional (OT) entre
5% e 10% em 2021, com outros 8% dos entrevistados prevendo um aumento acima de
10%.
No entanto, isso pode não ser suficiente para conter o baixo
investimento nessa área ao longo de muitos anos, de acordo com os analistas do
Gartner. “Além da necessidade de atualização, há um número crescente de ameaças
cada vez mais sofisticadas”, avalia Contu. “Proprietários e operadores de
infraestrutura crítica também estão lutando para se preparar para o aumento da
supervisão que se aproxima.”
O aumento do risco exige a adoção de uma abordagem de segurança
holística. Com o tempo, as tecnologias que sustentam a infraestrutura crítica
tornaram-se mais digitalizadas e conectadas – seja a sistemas de TI
corporativos e/ou entre si – criando riscos de segurança para sistemas físicos
e cibernéticos. O resultado foi um aumento substancial nas opções de ataque
para hackers e criminosos de todos os tipos.
Em áreas de infraestrutura crítica, as organizações precisam
se preocupar mais com os perigos do mundo real para os humanos e o meio
ambiente, em vez do roubo de informações. O Gartner prevê que, até 2025, os
invasores terão transformado uma infraestrutura crítica baseada em um sistema
ciberfísico em arma para causar danos ou matar humanos.
A empresa recomenda que os líderes de gerenciamento de
segurança e risco em setores de infraestrutura crítica desenvolvam uma
abordagem holística da segurança, de modo que a segurança de TI, OT e Internet
das Coisas (IoT) seja gerenciada em um esforço coordenado.
“Os líderes de gerenciamento de segurança e risco devem
acelerar os esforços para descobrir, mapear e avaliar a postura de segurança de
todos os sistemas ciberfísicos em seu ambiente”, afirma Contu. “É preciso
investir em inteligência contra ameaças e juntar essas indústrias a grupos que
os permitam manter suas operações informadas sobre as melhores práticas de
segurança da atualidade e para o futuro, além de como atender as solicitações
de contribuições de entidades governamentais”.

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