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3 cenários de transições esperados depois do Brexit

O Brexit criou um nível significativo de incerteza em todo o mundo. Com base em eventos do tipo, observa-se que há uma tendência de redução ou parada de investimentos discricionários – incluindo investimentos em TI não essenciais – nesse momento. 

A consultoria IDC espera uma “transição desafiadora” como resultado do Brexit, com o Reino Unido reduzindo em cerca de 2% seu investimento em TI a uma taxa de crescimento anual composta base (CAGR, na sigla em inglês) até 2020, com a Europa sendo uma das mais afetadas no período.

“Com base no feedback recente de uma série de empresas, acredita-se em uma abordagem de 'esperar para ver’ à medida que linhas políticas e econômicas serão redesenhadas”, avalia Thomas Meyer, vice-presidente do Grupo de Pesquisa da IDC Europa.

Segundo ele, gastos com TI provavelmente vão mudar, mas a transição estratégica para a digitalização continuará a ser um acelerador de investimentos, com foco na otimização de custos.

Philip Carter, analista-chefe da IDC Europa, acredita que em razão da incerteza do mercado, o que se espera é que companhias trabalhem em planejamos de curto prazo

“Isso envolve três cenários com hipóteses concretas ligadas ao crescimento do PIB, acesso a competências, taxas de câmbio, infraestrutura, confiança do mercado e, obviamente, gastos. Também acreditamos que os segundo e terceiro trimestres serão afetados por incertezas”, aponta Carter.

A seguir estão três cenários que a IDC prevê atualmente em termos de impacto potencial desse evento sobre os gastos com TI na Europa e até mesmo no mundo.

Cenário 1 – Transição desafiadora – 70% de probabilidade

Nesse cenário, a expectativa é a de que o PIB do Reino Unido caia no curto prazo, mas uma nova relação será criada como forma de acordo bilateral negociado no médio prazo. 

Há uma ligeira queda nos gastos de TI no Reino Unido em 2017 e 2018, mas a demanda se recupera em 2019 e 2020. No geral, seria razoável esperar que a previsão de TI seja revista para baixo em 2% até 2020 com base numa taxa de crescimento anual composta. A IDC acredita que esse é o cenário mais provável.

Cenário 2 – Transição disruptiva – 20% de probabilidade

Esse é cenário mais pessimista e assume o contágio em termos de referendos múltiplos e imensa pressão sobre o modelo da UE que cria mais incerteza econômica. 

Esse contexto aponta que o investimento de TI vai cair significativamente no curto prazo. No geral, espera-se que gastos com TI caiam cerca de 5% até 2020 em uma base CAGR. O Brexit terá consequências de maior alcance, incluindo mudanças de sede de empresas, força de trabalho, e deslocalizações de fábrica, impactando gastos com TI.

Cenário 3 – Transição rápido – 10% de probabilidade

Esse cenário pressupõe uma liderança forte para o vácuo existente e um processo Brexit ordenado ocorrendo, evitando a turbulência no curto prazo e impulsionando o crescimento econômico do Reino Unido no médio prazo. Gastos com TI são pouco afetados em 2016, mas se recuperam rapidamente de 2017 em diante.

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