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Como empresas enxergam a inovação no Brasil

Para saber como as organizações enxergam as tecnologias disruptivas e o que fazem para impulsioná-las em seus negócios, nada melhor que analisar a opinião de quem lidera a área que mais representa a inovação nas empresas: os CIOs. Em 2018, quase 30% das empresas (29,6%) das empresas pesquisadas diziam se considerar mais avançadas na adoção de novas tecnologias que a média do setor, de acordo com dados da pesquisa “Antes da TI, a Estratégia”, que consultas os heads de tecnologia das maiores empresas do país. No entanto, no ano de 2017 havia um número maior de representantes acreditando que suas companhias estavam acima da média: 42% do total. Entenda este cenário no gráfico abaixo:

 

 

Além disso, na mesma pesquisa, a porcentagem de CIOs que declararam que a sua empresa enxerga os investimentos em TI como estratégicos foi de 43,9% em 2018, outra queda em relação ao ano anterior, quando 52,5% dos entrevistados concordavam com a ideia. Em consequência, mais CIOs também passaram a declarar que a organização veem os investimentos em TI como gasto, que saiu de 5,5% em 2017 para quase 10,0% (9,9%) em 2018. Confira os dados no gráfico:

 

 

A pesquisa também mostra um dado que não é considerado positivo para quem atua em TI. Apesar de as empresas estarem se considerando mais avançadas que a média, a participação da área de Tecnologia da Informação nos processos de inovação da empresa mudou para pior de 2017 para 2018. Enquanto 20,2% dos respondentes afirmaram que a área de TI seria a incubadora de grande parte dos projetos disruptivos em 2018, essa parcela era maior em 2017: 30,4%. Sobre a TI estar liderando o processo de adoção de novas tecnologias, o número também caiu na comparação entre os dois períodos: 58,0% estavam de acordo em 2018, em contraste com os 63,5% no ano anterior.

 

Outro indicativo de que a criação de novas ideias pode estar partindo de outras áreas — não exclusivamente da TI — vem dos 40,2% dos entrevistados que concordam que a inovação dentro da companhia está sendo promovida, mas cada setor é responsável pela concepção e desenvolvimento das suas soluções, e não o departamento de TI. Em 2017, esse número era de 33,1%, indicando um aumento da autonomia que as áreas de negócios ganharam sobre a forma como vão inovar.

 

Isso sugere uma estratégia das empresas em ganhar agilidade no processo de lançamento de novos produtos, já que a aprovação de uma ideia não depende de toda a diretoria, e sim de cada setor. Nunca o tempo de lançamento teve tanto impacto nos resultados das organizações, e elas já perceberam isso e estão se movimentando para acelerar internamente o desenvolvimento de novos projetos. De qualquer forma, é hora da TI estar atenta para não perder seu espaço estratégico dentro da estratégia de inovação.

 

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