Negócios

5 cases de sucesso de transformação digital em grandes marcas

Em tempos onde crise e muitas incertezas pairam pelo ar, mudanças aconteceram de forma imediata e com as empresas não foi diferente. O mercado não teve tempo para desacelerar ou parar, e mesmo com o “carro andando”, as grandes marcas tiveram que se remodelar, se adequando assim ao novo mundo pós pandemia. Nesse cenário, é sempre interessante ter cases de sucesso de transformação digital para se inspirar.

Leia também: RPA na prática! Cases de sucesso de automação de processos

O especialista em liderança e transformação digital, Andrea Iorio, analisa 5 exemplos de grandes marcas que tiveram sacadas criativas e inspiradoras, adaptando a rotina de suas equipes de forma ágil e alcançando resultados positivos.

1) Adobe

Se tem um grande exemplo que demonstrou coragem absurda ao fazer mudanças, foi Shantanu Narayen, CEO da Adobe. Diante do crescimento dos modelos de licença de software por assinatura, ele viu o próprio negócio de licença perpétua ameaçado.Em vez de se apegar ao status quo, ou até de acreditar que só o nome da empresa seria o suficiente para mantê-la, Narayen reagiu mudando o modelo do Creative Cloud, com licenças perpétuas de U﹩2.500, para assinaturas a partir de 50 dólares por mês.

Como consequência, o CEO precisou abrir mão de 70% dos lucros em 2013 e 2014 – e ganhou, dos analistas de Wall Street, o título de “louco”. Acontece que, em 2019, a Adobe se viu mais que triplicando os lucros de 2012, com ações na bolsa de valores alcançando mais de 650% de valorização neste mesmo período.

2) Magazine Luiza

Percebendo o constante movimento consumista dentro do ambiente digital, em 2011 a empresa criou o LuizaLabs, com o objetivo de promover a inovação tecnológica em produtos, serviços e experiência do cliente do Magazine. Do laboratório saíram diversas iniciativas interessantes, das quais duas merecem destaque: o marketplace do Magazine Luiza e a Lu, inteligência artificial da empresa que é a grande responsável por estreitar laços com o cliente final.

O marketplace da Magazine Luiza vai além de ser uma loja virtual da rede: é um e-commerce onde outras empresas menores também podem vender seus produtos a partir da operação básica do Magazine.

A Lu, personificação da inteligência artificial do Magazine Luiza, tem como objetivo conversar diretamente com os consumidores, tirar dúvidas, conceder descontos e promoções e estreitar o relacionamento entre as pontas. Utilizar a transformação digital para gerar proximidade é um dos trunfos das empresas que sabem como abraçá-la.

Para o Magazine Luiza, o investimento em inovação se paga: de acordo com os números divulgados pela empresa, a valorização de suas ações na bolsa saltou para incríveis 4500% de 2016 a 2019.

3) Domino’s Pizza

À beira da falência e com um produto considerado “horrível” pelo cliente final, a empresa corajosamente implementou uma nova cultura de empresa com o nome de “Unafraid to fail”, ou “sem medo de falhar”, em tradução literal.

A iniciativa, bancada pelo CEO Patrick Doyle em 2010, foi a grande responsável pela transformação digital subsequente, capaz de salvar a Domino’s. Uma das principais ações da nova cultura foi o lançamento de um vídeo publicitário onde a pizzaria criticava o próprio produto, e o Doyle mesmo admitia seus próprios erros, com uma boa dose de vulnerabilidade.

Tinha tudo para ser um tiro no pé, mas o resultado foi outro. O vídeo deu o pontapé inicial para a atualização de quase todo o cardápio da Domino’s, contando com a opinião do cliente como forma ativa de promover mudanças. Além disso, a experiência focada no consumidor resultou em mais de dez formas digitais diferentes de pedir pizza, inclusive por emoji, e as soluções integradas a partir dessa publicidade foram o suficiente para aumentar em mais de 3000% o valor das ações da empresa na Bolsa de Valores americana entre 2010 e 2018. Esse crescimento foi maior do que o da Amazon, Google e Apple no mesmo período, por exemplo. É um dos cases de transformação digital mais interessantes da lista.

4) MRV

Em 1994, foi fundada a instituição financeira Intermedium, braço da pequena construtora MRV. O objetivo era ofertar financiamento imobiliário e fomentar o mercado a partir dos imóveis da construtora. Em 2007, 13 anos depois, a MRV deixou de controlar a Intermedium para lançar seu IPO na Bolsa de Valores.

Assim, a família Menin, gestora da empresa, passou a controlar o banco Intermedium de forma independente da empresa principal. Hoje, o Intermedium é conhecido como Banco Inter, instituição financeira com mais de três milhões de correntistas, que se diferencia dos bancos tradicionais por ser 100% digital e sem taxas de administração.

5) New York Times

Com o mundo em franca transformação digital, um dos cases interessantes é do New York Times. O jornal passou a enfrentar queda brusca em receitas de anúncios para seu impresso. Entendendo que precisavam reinventar o próprio modelo de negócios, os executivos do NYT tomaram a ousada decisão de lançar o modelo de assinatura digital, ainda em 2011. Historicamente, os leitores de jornal gostam da versão física, uma vez que o folhear do papel faz parte da experiência do leitor tradicional.

Por conta disso, os números de assinatura digital só cresceram a partir de 2017, seis anos depois, quando o Times atingiu a marca de 157 mil novos assinantes. Mas, como a paciência é a mãe de todas as virtudes. No fim de 2017, as receitas de assinaturas digitais do jornal superaram a marca de um bilhão de dólares. Hoje, o modelo de negócios do New York Times representa 60% da receita total da empresa.

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