Microsoft anuncia que fechará lojas físicas e concentrará vendas no e-commerce
Vendedores das lojas serão deslocados para canal online; decisão terá impacto de US$ 450 milhões no trimestre atual gerado por depreciação de ativos
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A Microsoft pegou o mercado de surpresa ao anunciar na última sexta (25) um novo posicionamento da sua estratégia de varejo, tendo como medida mais expressiva o fechamento de todas as lojas físicas da marca, concentrando as vendas em seus canais on-line.
“Nossas vendas cresceram (em plataformas) on-line à medida que nosso portfólio de produtos evoluiu para ofertas amplamente digitais, e nossa talentosa equipe obteve sucesso em atender clientes além de qualquer local físico”, disse em comunicado David Porter, vice-presidente corporativo da Microsoft. “Agradecemos aos clientes da Microsoft Store e esperamos continuar a atendê-los on-line e com nossa equipe de vendas de varejo nas instalações corporativas da Microsoft”.
Totalizando 83 lojas, os locais foram criados para emular a experiência de uso oferecida pela Apple em suas lojas, nas quais os funcionários atuam mais como consultores do que vendedores.
Além das lojas físicas, a Microsoft também oferece outros espaços de experiência para os clientes, como os Experience Centers localizados em Londres, Nova York, Sydney e na sede, em Redmond. A empresa informou que também está reavaliando se mantém ou não essas locações.
Financeiramente falando, a companhia estima que o fechamento desses locais gerará um custo de US$ 450 milhões, ou US$ 0,05 por ação, por conta de depreciação de ativos.
No comunicado, empresa explicou que os colaboradores que atuavam nos espaços serão redirecionados para prestar consultoria on-line aos mais diversos públicos-alvo da empresa, como consumidores, pequenas empresas, educação e clientes corporativos.
“A equipe [que trabalhou na Microsoft Store] tem um histórico comprovado de atração, motivação e desenvolvimento de talentos diversos. Essa infusão de talento é inestimável para a Microsoft e cria oportunidades para milhares de pessoas”, afirma Kathleen Hogan, Chief People Officer da empresa.
*Com informações da CNBC