Intel Core i7 – uma visão mais aprofundada

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1:07 am - 06 de outubro de 2009

Tive o prazer de conhecer o Nehalem, aliás Core i7 ainda no ano passado, no IDF 2008. Até deixei cair um waffer com centenas Core i7 no chão que me fez passar um belo aperto ( IDF 2008-A Intel mudou ).A propósito neste artigo eu discuti tecnicamente as grandes evoluções no projeto do Core i7 e por isso estes não serão citados nesta coluna. Até pouco tempo minha experiência era distante e ainda abstrata. Tive uma breve oportunidade para manipulá-lo em uma sessão de”hands-on” para a imprensa. Mas tinha ficado aquele gostinho de quero mais.

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E dessa vez foi diferente. Recebi da Intel para testes não apenas um “kit Nehalem”. Recebi por quase duas semanas um PC monstruoso (no bom sentido). Que máquina!!! Processador Core i7 870 de 2.93 Ghz, 4 Gb de memória RAM (operando em dual chanel pois se trata de um Core I7 Nehalem Lynnfiled). Uma fonte com alta eficiência de 800 W e uma ótima placa de vídeo. Muito curioso, uma

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Uma grata e oportuna surpresa foi receber esta máquina com Vista Ultimate e também com Windows 7 Ultimate Release candidate, ambos 64 bits. As idéias começaram a pulular em minha cabeça, afinal com um maquinão desses, os dois sistema operacionais permitiriam fazer uma interessante comparação em uma plataforma privilegiadíssima.

E este foi o caminho que tomei nos meus testes. Não seria surpresa alguma o Core i7 pulverizar recordes em benchmarks sintéticos e também rodar aplicativos de maneira formidável. Analisei comparativamente os dois sistema operacionais. Adicionalmente repeti toda a bateria de testes em um dos meus PCs com Core 2 Quad (Q9400 2.66 Ghz) para tentar mensurar a evolução da arquitetura 45nm, do Q9400 até o Nehalem.

O primeiro de todos testes que fiz foi com o programa WPRIME. Fui influenciado pelo texto recente do Ziebert falando de overclock extremo . O legal do WPRIME como destacou o Ziebert é que faz um tipo de teste similar ao famoso SUPERPI, mas permite usar todos os núcleos do processador. Tempos menores indicam resultados melhores. Adotarei o WPRIME daqui para frente.

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Estes número falam por si. Não falam, gritam!! Como o Core i7 tem uma freqüência 10% mais alta que o Q9400, as diferenças são ainda maiores a favor do Core i7. Foram 8.6 segundos para o Core i7 com Windows 7, 10.2 segundos para o Core i7 com o Vista e 14.4 segundos para o Q9400 com o Vista. Na

Também chamou muito minha atenção a grande vantagem do Windows “7” !! Que coisa!! Como um teste de cálculos intensivos pode ter sido tão melhor!!? Será que o gerenciamento de memórias e das diversas tarefas (lembrando que o WPRIME é multitarefa) do “7” com o Core i7 é assim tão melhor?? Aceito palpites e sugestões.

O velho e bom SUPERPI não revelou diferenças reais entre Windows “7” e Vista, pois os valores foram virtualmente idênticos. Mas mostrou a imensa vantagem do Core i7 frente à penúltima geração. E foi o teste que maior diferença revelou a favor do Core i7. Foi 51% mais rápido (usando Vista como termo de comparação e corrigindo os números como se o Q9400 rodasse a 2.93 Ghz). Mas a explicação para isso é simples. Como o SUPERPI usa somente um dos núcleos do processador o Turbo Mode do Core i7 eleva a freqüência deste núcleo bastante solicitado e favorece muito este tipo de tarefa. Resumindo, mesmo com programas não preparados para multiprocessamento o Core i7, este consegue “empurrar” mais um pouco o desempenho.

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Ainda avaliando desempenho em situações de cálculo extremo, apurei o poder do Core i7 com o SANDRA ARITHMETIC. Mais uma vez o “7” e Vista foram quase iguais e o Core i7 foi 49% mais rápido que o Q9400 com números ajustados ao clock 2.93 Ghz. Mais uma surra da geração atual na anterior. A figura abaixo traz algo que me impressiona um pouco mais. O Core i7 870 que testei é um dos melhores modelos, mas me fez lembrar que há modelos ainda mais rápidos…

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Fiz pelo menos mais três ou quatro testes que medem força de CPU, mas nem vou perder tempo mostrando pois os valores são todos muito parecidos. Foram CINEBENCH, 3DMARK VANTAGE (teste de CPU), codificação de DVD , codificação de DVIX,… Só vou destacar os números do teste de codificação de vídeo DVIX porque neste caso o “7” foi de novo mais rápido que o VISTA na mesma função, variando entre 6% e 14% (em cada um dos casos). Um vídeo de 8 minutos foi codificado em 3 minutos e 3 segundos pelo Core i7 no “7” enquanto na mesma máquina com o VISTA demorou 3 minutos e 31 segundos.

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O meu DVD padrão que sempre uso para comparar nos testes foi codificado quase na metade do tempo (12 minutos contra 21 minutos no Q9400). E parece nem forçar muito o Core i7 que fica com seus “8 núcleos” (4 processadores mais 4 tarefas adicionais proporcionadas pela tecnologia HT) em regime bem baixo de utilização.

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Claro que tendo uma máquina tão poderosa em mãos não deixei de testar suas capacidades também usando a GPU AMD ATI 4870 X2. Seguindo a sugestão de alguns leitores em outras colunas, aferi o desempenho na aplicação FOLDING @ HOME e obtive números muito interessantes. Peço aos leitores que têm mais experiências com esta aplicação criticarem se os valores obtidos são tão bons quanto parecem (ou não)-463 iterações por segundo.

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A surpresa aconteceu no final do teste. Rodei o teste 3DMARK VANTAGE na máquina com o Core i7 e aparentemente o VISTA deu uma surra imensa no WINDOWS 7. Os números obtidos são muito diferentes. Por outro lado o jogo LOST PLANET, que usa DIRECTX 10, instalado nos dois ambientes rodou igualmente bem. Difícil concluir com precisão. Será que os drivers presentes no “7” não eram otimizados? Eu cheguei a pegar o CATALYST mais novo no site da AMD/ATI, versão própria para Windows 7, mas não mudou o resultado. Pensei em mais uma coisa. A versão do “7” era a RC (release candidate) e não a RTM (versão final). Será que isso pode afetar??

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Mais alguns pontos a destacar. A placa mãe utilizada (Intel) com chipset P55 tinha um prático e simples utilitário para ajustes finos no desempenho do Core i7. É o DESKTOP CONTROL CENTER que traz diversos maneiras de extrair ainda mais do processador. E é simples. É o “overclock” que qualquer um pode fazer e com a “benção” do fabricante. E pensar que overclock era motivo para perda de garantia de placas e processadores anos atrás! Para os mais iniciados há ajustes finos mais sensíveis que permitem ir mais longe. É confortável, pois alguns parâmetros nem exigem “reboot”. Alguns sim. E para aqueles parâmetros “mágicos”, bem mais avançados, não tem jeito. O velho e bom método de editar os dados na configuração da BIOS (ou do BIOS?) será a solução. Mas vale muito a pena ter esta “carta escondida na manga”, um truque ali a disposição para ser usados por qualquer um visando acelerar ainda mais o Core i7.

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Em agosto de 2006 eu escrevi uma das colunas mais lidas do FORUMCPs entitulada Core 2 Duo-“o melhor processador do mundo?” . A discussão foi boa, pois à época a INTEL trazia uma nova arquitetura que enterrava a antiga Netburst definitivamente e com sucesso retumbante no mercado. Embora o Core i7 seja uma evolução da arquitetura Core, a mudança técnica não seja tão dramática quanto a chegada do CORE, o Core i7 traz uma ganho de desempenho tão ou mais dramático que a mudança anteriormente citada.

Mas vamos colocar alguns “pingos nos is”. O Core i7 exige placas e memórias novas. O preço ainda é alto (mas já caiu um pouco). Foi lançada “no topo” do desempenho, ou seja, agora virão Core i5 e Core i3 que são versões mais “populares” da nova tecnologia. E os “Core i” mais novos consumem menos energia. Em nossos testes o consumo máximo do Core i7 aproximou-se do TDP nominal de 135W. Em certos testes com processamento muito intenso houve um incremento de consumo entre 90 W e 115 W. Ainda é bastante. A INTEL ainda têm uma boa “força bruta” neste projeto. Ao contrário do ATOM, um processador completamente distinto (que foca em aplicações bem diferentes), por sua vez consome entre 3 W e 5 W.

O que esperar? Core i9? Boatos… Mas no ritmo inexorável de evolução que temos presenciado, virão processadores de 22nm, quem sabe 15 nm!! Será? Não importarão seus nomes, mas graças ao imenso esforço de pesquisa e desenvolvimento desta indústria, a lei de Moore ainda continua valendo!! E como tem sido difícil mantê-la em vigência!! Core i7, com todas estas características descobertas neste teste só comprovam isso, mais uma vitória da Intel contra as previsões de que a lei de Moore já não mais seria válida antes do fim desta década. Ainda bem!!!

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