O futuro da produtividade no Brasil com a IA generativa
Estudos revelam que a IA generativa economizará tempo gasto dos trabalhadores com tarefas repetitivas
É um fato que a Inteligência Artificial (IA) Generativa torna-se a cada dia mais um agente de transformação no mundo do trabalho. Segundo um estudo divulgado pela Pearson, a tecnologia é capaz de economizar até 6 milhões de horas de trabalho por semana – que geralmente são gastas em tarefas repetitivas – até 2026. A pesquisa “Reclaim the Clock: How Generative AI Can Power People at Work” (“Recupere o relógio: como a IA Generativa pode capacitar as pessoas no trabalho”) destaca como a IA pode alavancar a produtividade em tarefas rotineiras. Mas, como isso se aplica ao universo da educação?
O Estado de São Paulo, por exemplo, testará a Inteligência Artificial para criar planos de aulas digitais em 2024 a fim de potencializar o trabalho de professores – uma vez que estes investem grande parte do seu tempo em tarefas operacionais. O objetivo da iniciativa é reduzir pela metade o tempo que esses profissionais dedicam à preparação de conteúdo, poupando cerca de 339 mil horas semanais, a fim de enriquecer a experiência educacional e permitir um maior foco nas necessidades específicas de cada estudante. O anúncio gerou burburinho e opiniões controversas na sociedade. Afinal, continua a preocupação: a IA substituirá o trabalho humano?
Segundo o relatório de 2023 “Future of Work”, realizado pelo Linkedin, 45% das tarefas mais administrativas do professor poderiam ser otimizadas por inteligência artificial. Falando em produtividade, a tecnologia cumpre o papel de ferramenta facilitadora e promove mudanças positivas no dia a dia do educador, uma vez que ele poderá ter mais tempo para lidar com tarefas estratégicas e com as relações humanas. No entanto, é importante que a IA seja utilizada com cautela e responsabilidade, e que os profissionais sejam treinados para o uso da ferramenta de forma que mantenham um olhar crítico sobre o conteúdo que está sendo ofertado pela tecnologia. Vale ressaltar que o papel do professor é insubstituível, pois é quem elabora e ministra as aulas de acordo com as necessidades de cada turma e avalia, revisa, individualiza, parametriza e, de fato, ensina aquilo que os estudantes absorvem.
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No rol tecnológico, não é novidade o fato de que empresas como a IBM oferecem soluções com base em IA Generativa que são instruídas para sugerir linhas de código ou funções inteiras com base em descrições em linguagem natural. Uma vez que essa realidade já se tornou possível, a IA treinada tornou-se capaz de sugerir melhorias de código, tradução do mesmo entre linguagens e geração automática de casos de teste. Tais ações contribuem para a eficiência e a qualidade e, consequentemente, aceleram o ciclo de desenvolvimento. Em consonância com essas constatações, um estudo conduzido pela Microsoft em parceria com a Edelman Comunicação revelou que 74% das micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) entrevistadas estão usando IA sempre ou muitas vezes, sendo que 90% delas buscam adotar essa tecnologia atualmente. Para essas organizações consideradas nativas digitais, 84% já estão usando a ferramenta, sendo ela prioridade para 78% dos líderes dessas empresas, contra 53% daquelas que não são nativas digitais.
O programa COIN da J.P. Morgan, por exemplo, usa IA Generativa para automatizar a revisão de contratos legais, economizando 360 mil horas anuais de trabalho humano – fator que reduz o tempo de processamento e melhora a precisão e conformidade legal. E quanto aos trabalhadores? Apesar da grande preocupação que tal avanço poderia tomar seus empregos, muitos colaboradores alocados em Wall Street estão mais focados em benefícios e já esperam que a tecnologia impulsione as suas carreiras.
O potencial de transformação da IA Generativa está cada vez mais claro: não se trata apenas de automatização, mas de uma verdadeira revolução na forma como organizamos e executamos o trabalho. Os trabalhadores das mais diversas áreas que adotarem – mediante a cautela e responsabilidade – essa tecnologia podem liberar muitas horas de tarefas repetitivas, redirecionando os esforços para atividades que realmente agregam valor e exigem a presença e o olhar humano.
Adotar a IA Generativa de forma consciente não só eleva a produtividade, como também enriquece a experiência profissional. Ao dedicarem menos tempo a tarefas rotineiras, essa inteligência permite que os trabalhadores foquem em atividades criativas, empáticas e estratégicas. Este é um momento oportuno para a adotar essa tecnologia e aprender mais sobre seus efeitos no dia a dia da sociedade.
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