Fintechs brasileiras seguem em alta

Momento aponta para um movimento de mais inovação e disrupção no próximo ano

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por ABCD
9:59 am - 21 de novembro de 2022
Mikael Blomkvist/Pexels

Por Claudia Amira, diretora-executiva da ABCD (Associação Brasileira de Crédito Digital)

Das manchetes exaltando seus feitos e relevância para a economia global nos últimos anos, as empresas de tecnologia passaram já há algum tempo a serem associadas a uma crise que tem levado a demissões, cortes de orçamento e redução de investimentos. Longe de atingir apenas jovens startups, gigantes como Meta e Twitter engrossaram a lista de companhias que atravessam um momento desafiador nos Estados Unidos, onde os cortes nos postos de trabalho do setor já estão próximos dos registrados no início da crise de saúde causada pela covid 19. 

No entanto, não há espaço para generalizações. Por aqui, levantamento recente do Inside Venture Capital, da plataforma de inovação Distrito, ajuda a entender em que direção os ventos sopram para as startups brasileiras. E os sinais têm sido positivos: segundo o estudo, em outubro, as empresas do gênero captaram pouco mais de US$ 376 milhões em 54 rodadas – maior volume desde junho. 

O resultado representa uma elevação de 159% na comparação com os investimentos captados no mês anterior, na casa dos US$ 145 milhões, em 42 rodadas. Importante destacar, claro, que os valores demonstram uma queda considerável em relação ao mesmo mês de 2021, quando as startups levantaram mais de US$ 924 milhões em 80 rodadas. Mas  a diferença tem de ser relativizada pela menor liquidez no mercado, pelos obstáculos que as empresas de tecnologia têm enfrentado e também pelo aumento global das taxas de juros. 

Ainda de acordo com os dados do Inside Venture Capital, as fintechs aparecem como as startups que mais atraíram investimentos no Brasil no período. No total, foram US$ 250,2 milhões em 18 rodadas. 

Feitas todas as ponderações necessárias sobre o cenário atual, mesmo com oscilações aqui e ali, que tendem a ocorrer, o momento aponta para um movimento de mais inovação e disrupção entre as fintechs no próximo ano. Não por acaso, pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Crédito Digital em parceria com a PwC Brasil revelou que as empresas do segmento planejam dominar e incorporar novas tecnologias para seguirem sua escalada de evolução. Se somarmos a isso o avanço do Open Finance, certamente veremos mais revoluções que vão impulsionar o segmento de crédito digital como um todo em 2023.  

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