Correndo com um computador no pulso – parte 4 ? Nike + GPS

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7:08 pm - 15 de novembro de 2012

Este foi o teste mais longo que fiz com relógios de corrida. O Nike+ GPS passou por dezenas de situações, mais precisamente foram 389 quilômetros percorridos, em 43 corridas realizadas entre 14 de agosto e 13 de novembro de 2012. E eu tive motivos para isso. Algumas pessoas com quem conversei diziam ter a impressão de que o Nike+ GPS era um dispositivo frágil e que quebrava após algum tempo de uso. Já começo o meu texto desmentindo isso e vou ilustrar este ponto com mais detalhes.

O teste poderia ter começado um mês antes, pois a Nike me disponibilizou o relógio dia 12 de julho, mas eu estava saindo de férias e não deu para usá-lo até começo de agosto. Como eu estava em “quase inatividade” e ainda passei 4 semanas sem correr seria difícil retomar a forma física. Mas devido a seus atributos, notadamente o sistema de informações e incentivo do site do Nike+, foi muito mais fácil e divertido recuperar minha forma física.

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Convém destacar que o Nike+ GPS teve um trabalho difícil pela frente, pois ele compartilhou todos os meus treinos e mesmo provas de corrida de rua com o meu até então relógio oficial, um Garmin Forerunner 610 que me acompanha há mais de um ano. Aliás, falei sobre o Garmin 610 em outro texto desta sequência. Fui taxado de maluco, pois por vários meses eu sempre aparecia nos treinos e corridas com dois relógios, o Nike+ GPS e o Garmin 610, um em cada braço e usando duas cintas peitorais de monitoração cardíaca. A propósito, o Nike+ GPS tem um preço acessível (sugerido R$ 999 mas encontrado por menos no varejo), porém não vem com a cinta peitoral. Esta deve ser comprada separadamente e no mês de julho, enquanto viajava, tive bastante dificuldade para comprá-la, a despeito de ter procurado em muitos lugares, inclusive lojas Decathlon em Portugal, Espanha e França que vendiam o relógio, mas não tinham a cinta. Acabei achando no final da viagem… Espero que já tenha regularizado a oferta deste essencial acessório no mundo todo.

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Características principais

O relógio é lindo!! A Nike sempre se destacou pelo design de seus produtos. Seu visor avantajado, com dígitos igualmente grandes mostrando as horas, a combinação de cores amarelo e preto me cativou (dentre outras disponíveis). Porém eu não gostei da linha de informação com dia da semana, mês e dia do mês na vertical, não me agrada ler de baixo para cima na vertical ou ter que virar meu braço 90 graus para ver a data, pois venho usando o relógio 24 horas por dia e não apenas para a corrida.

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A segunda característica que logo me vem à mente é a simplicidade! Comparando com o Garmin 610, o Nike+ GPS dispõe de apenas 3 botões e seu sistema de menus é incrivelmente reduzido. Confesso que estranhei muito, pois o Garmin tem vários menus, submenus, subsubmenus, etc. Isso com certeza é proposital, para permitir que as pessoas explorem 100% dos recursos do dispositivo.

Dessa forma novatos em relógios de corrida irão se sentir bastante à vontade e de cara já explorarão todo o potencial do equipamento. Eu passei por esta dificuldade quando comprei meu primeiro relógio de corrida com GPS, um Garmin Forerunner 405 (o qual também já falei nesta sequencia de textos). Lembro-me que ao explorar seus menus eu me senti perdido e graças ao fato de ter 8 horas dentro de um avião eu pude me dedicar a estudar seu manual. Com o 610 foi um pouco menos complexo, pois 405 e 610 compartilham características comuns. Mas com o Nike+ GPS e sua simplicidade quase escandalosa, foi exatamente ao contrário, uso de plenos recursos desde o princípio.

Acompanha o Nike+ GPS o “footpod”, dispositivo para ser usado para exercícios “indoor”, onde o sinal de GPS não funciona, ou esteira, ou situações onde o sinal do GPS não é bom. Eu já tinha usado relógio com este tipo “pedômetro”, ou como é corretamente designado, sensor inercial. O velho e ainda bom Polar RS 200sd (também já avaliado nesta sequência de textos) usava esta tecnologia. Depois de calibrado o sensor apresenta resultados incrivelmente precisos. Certa vez, quando fiz minha primeira e até agora única Meia Maratona (descrita neste texto), corri usando o Garmin 405 com GPS e o Polar com sensor inercial. Depois de21098 metros a diferença entre ambos os relógios foi de apenas 60 metros!! Mas o que adorei no sistema do Nike+ GPS é que, visando facilidade e simplicidade, se você correr com o sensor inercial (footpod) em local onde o GPS tem bom sinal, a tal calibragem é feita automaticamente. O usuário não precisa apertar um botão sequer (apenas ativar o uso do footpod). Excelente ideia, assim no dia que ele for necessário já estará prontinho para ser usado, sem precisar, como no caso do Polar fazer contas não tão simples e registrar um fator como 0.9673 para aferir sua precisão de funcionamento. Neste ponto o Nike dá uma aula.

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Correndo com o Nike+ GPS

O sinal do GPS é obtido de forma incrivelmente rápida!! Mas ponha incrível nisso!! Mérito do dispositivo GPS do fabricante TOMTOM, parceira da Nike na criação deste produto. Nas 43 corridas que fiz nos últimos 3 meses eu me lembro de apenas duas vezes ter que esperar mais que um minuto para poder iniciar a corrida e todas as outras vezes o sinal era obtido em torno de 10 segundos!! Fantástico!! O Garmin 610, por sua vez nas mesmas condições, lembrando que corri com os dois relógios ao mesmo tempo (mesmo dia e mesma hora), obtinha sinal de GPS ora junto com o Nike (poucas vezes) e muitas vezes entre 2 e 3 minutos. Por 4 ou 5 vezes precisei esperar quase 15 minutos para o Garmin 610 obter sinal. A agilidade e principalmente a constância do Nike+ GPS fez toda a diferença

Iniciada a corrida gosto de acompanhar diversas informações. Na tela do relógio existem duas áreas de visualização. Na parte superior, cerca de 20% da altura da tela, existe uma linha a qual você alterna a visualização apertando os botões do relógio: tempo total decorrido, tempo do quilômetro atual, batimentos cardíacos, ritmo ou velocidade, ritmo médio ou velocidade média, horário (relógio), calorias gastas, etc. Os outros 80% da tela são ocupados por um visor de variável única que pelo tamanho é muito fácil de ser enxergado.

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Isso para mim é importante, pois tenho 2 graus de hipermetropia (dificuldade de enxergar perto) e não gosto e não quero correr de óculos. Assim eu optei por fixar no visor grande o ritmo instantâneo da corrida (tempo para percorrer 1 Km) e no visor menor (na parte superior) posso ver todas as informações ao toque do botão na lateral. Se minha deficiência visual piorar não mais serei capaz de ler esta linha menor de dados (em dias claros eu ainda vejo bem). A saber, tanto na linha menor como no visor maior os dados podem ser escolhidos usando o computador conectado ao relógio. São escolhidos os campos a visualizar para a linha menor e o campo único do visor grande. E dessa forma adaptei-me bem ao mostrador e suas funções.

Uma vez que usei dois relógios ao mesmo tempo, a grande curiosidade que tinha era ser mediriam a distância com a mesma precisão, se um deles é mais eficiente. Aconteceu algo bem interessante que eu demorei a interpretar e entender. Algumas vezes o Garmin media distâncias maiores. Algumas vezes o Nike+ media distâncias maiores. Algumas vezes a diferença era pequena, poucas dezenas de metros e outras vezes a diferença eram algumas centenas de metros. O que causava isso?? O mistério permaneceu por um tempo.

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Mas nada que 43 sessões de exercício e 389 Km percorridos não me fizessem descobrir. Vamos às explicações. Nas corridas sem interrupções, sem paradas em semáforos, etc. as diferenças eram mínimas, 20, 30, 40 metros em 10 Km, geralmente maiores no Nike+. Após muita observação percebi que o GPS do Garmin é um pouco menos sensível. Ao passar embaixo de árvores mais densas ou fechadas ele acaba perdendo alguns poucos metros que se acumulam enquanto o Nike+ TOMTOM segue marcando no mesmo ritmo.  Por outro lado quando a corrida era cheia de “anda e para” o Nike+ TOM TOM media menos que o GARMIN 610. Descobri que ao parar manualmente o Nike+ em um cruzamento, ao reiniciá-lo ele sempre perdia alguns poucos metros que também se acumulavam. Em corridas com muitas interrupções (normalmente nos meus percursos urbanos matinais dominicais), por exemplo, em 10 Km o Nike+ chegava a perder entre 300 e 400 metros. Resumindo, o GPS TOMTOM do Nike+ é mais sensível (mesmo com obstáculos) que o GARMIN, mas em casos de muitas interrupções ele perde um pouco do registro. Em situações ideais, sem interrupções, céu claro e sem passar por baixo de árvores densas, ambos se equivalem e as diferenças são desprezíveis.

Adorei o “fechamento do quilômetro” do Nike+. Ao contrário do Garmin que só mostra o ritmo médio do trecho, o Nike+ mostra primeiro em tamanho gigante a quilometragem e depois na tela toda mostra ritmo médio, tempo, pulsação média e calorias gastas. A propósito tanto Garmin quanto Nike+ permitem usar ou não o “autolap” que no meu caso o relógio registra automaticamente os dados a cada quilômetro percorrido, mas poderia ser qualquer outra distância ou mesmo por tempo.

O que senti falta

Se por um lado a imensa simplicidade do Nike+ GPS é sua grande virtude, ao optarem por esta grande facilidade de uso, alguns recursos foram deliberadamente deixados de lado. São recursos que provavelmente boa parte das pessoas não sentirá falta. Mas como eu venho já correndo com “computadores de pulso” há um bom tempo, conheci muitas alternativas que acabei sentindo falta no Nike.

Exemplificando, os relógios da Garmin ajustam seu horário pelo GPS. Assim na primeira conexão ele ajusta segundos de diferença ou mesmo horas no caso de viagens para outros lugares em fuso horário distinto. No Nike+ o ajuste é bem simples, mas feito de forma manual (nos botões) e sem o horário exato do GPS.

Os Garmin 405 e 610 têm o recurso opcional de “auto-stop-start”, ou seja, quando correndo na rua e somos parados por um cruzamento com semáforo, ou mesmo se encontramos um amigo e paramos para conversar por 2 ou 3 minutos a contagem de tempo é paralisada e reiniciada automaticamente tão logo recomeçamos a correr. No caso do Nike+ devemos parar manualmente e iniciar de novo a contagem de tempo usando os botões. Caso contrário o relógio contabiliza o tempo daquela parada distorcendo bastante o tempo médio da corrida.

Infelizmente não tenho mais 20 anos de idade e por isso acompanhar a frequência cardíaca é essencial, bem como em vários treinos que se baseiam em faixas de esforço mínimo e máximo. No Nike+ GPS o indicativo de frequência cardíaca é apenas em bpm (batidas por minuto). Não existe a opção de exibir em percentual da frequência máxima. Meus treinos são todos baseados em 70% a 80% ou 80% a 90% ou 85% a 95% do máximo e é chato ter que ficar correndo fazendo um monte de contas. Os treinadores orientam usar a consagrada fórmula 220 ? IDADE como máxima frequência ou o valor obtido em um exame ergoespirométrico.  Adoraria se o Nike+ tivesse como mostrar a pulsação como % e não apenas em bpm.

A configuração de visualização de dados durante a corrida permite alternar as variáveis no visor menor (várias informações) e o visor “gigante” fica fixo com a mesma informação. Eu preferiria que fosse ao contrário. Poder alternar o que se quer ver no campo de visão grande uma vez que diferente do Garmin, que permite escolher um, dois ou três campos para serem exibidos no visor, o Nike+ tem apenas a uma linha com dados em menor tamanho e o visor com a informação em dígitos bem grandes.

Extras do Nike+ GPS

Alguns recursos faltam para ele ser “perfeito”, mas justiça seja feita, há recursos únicos neste simples relógio de corrida. Em nenhum dos relógios que usei antes havia como realizar uma mera cronometragem que fosse sem que se iniciasse uma corrida, com medida de distância, velocidade, etc. O Nike+ tem um simples, velho e bom cronômetro como uma de suas opções de menu : start-stop, tempo na tela, parada, reset, etc. Um recurso básico e independente do uso do GPS.

Não é exatamente um “extra” ter acesso ao histórico das corridas nas telas do relógio, mas é muito simples e fácil e todos os dado à mão, tempo, distância, frequência cardíaca média, calorias gastas e estes mesmos dados a cada quilômetro. Muito bom!!

Da mesma forma há no pequeno menu do Nike+ GPS o registro de todos os seu recordes pessoais. Isso é muito legal e será melhor explicado quando eu descrever o site que capta os dados das corridas, que também não é novidade (Garmin e Motorola também têm), mas este site é mais que histórico, é show!!!

E para quem realiza os famosos treinos “intervalados”, aqueles nos quais se corre em ritmos diferentes por tempos diferentes o Nike+ traz sensível vantagem. Ao ser conectado ao computador, toda a programação do exercício pode ser feita na tela com o mouse. Muito mais fácil que usar a complexa árvore de menus e opções do Garmin.

Duração da bateria

O Nike+ é bastante generoso. Sem usar o GPS, apenas utilizando-o como relógio do dia a dia ele dura perto de 30 dias. Cheguei a essa conclusão, pois como disse eu recebi o relógio da Nike para testes e saí de férias por 3 semanas. Nestes dias não corri e ainda havia perto de um terço da carga restante. Isso confirma o que a Nike divulga, 30 dias de duração. Na mesma situação o Garmin 610 dura entre 12 e 14 dias. Em atividade, ou seja, usando o GPS nas corridas consegui usar o Nike+ até 5 vezes sem recarregar, enquanto o Garmin requeria recarga a cada 3 vezes no máximo.

O “mecanismo” de recarga do Nike+ é de extrema simplicidade e inteligência. O Garmin 610 tem um interessante clip magnético que deve ser ligado a uma porta USB de um computador (ou tomada com adaptador) e encaixado magneticamente no relógio. Certa vez viajei e me esqueci deste apetrecho. Resultado, eu fiquei sem ver as horas e sem marcar minha corrida e ver os dados. Por sua vez o Nike+ dispõe de um plug USB embutido no fecho de sua pulseira, escamoteável, prático e impossível de esquecer, pois faz parte do relógio. Aliás, é por meio desta conexão USB que o Nike+ além de recarregar sua bateria se conecta com o site NikePlus e transfere os dados (mais detalhes adiante).

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É resistente? É a prova de água?

Um dos motivos que me levou a fazer um teste tão longo (perto de 4 meses) foi testar este mecanismo de recarga de bateria. Alguém me dissera que o plugue USB era muito frágil e que poderia se quebrar com facilidade tornando o relógio uma peça inútil. Eu discordo. É resistente sim. Penso que quem teve este problema não manuseou com cuidado o relógio.

Uso o relógio diuturnamente (só retiro para carga de bateria e sincronização de dados). Consultado o manual descobri que o Nike+ é resistente à água. Não só resiste a respingos e chuvas ao longo da corrida como banhos de chuveiro, mesmo de banheira (que habitualmente tomo para relaxar após a corrida) bem como no uso em piscinas. Ele não é relógio para mergulhos, não se recomenda profundidades abaixo de 2 metros (ou 5 atm de pressão conforme o manual). Isso é um recurso muito importante, pois em teste recente que fiz do Motorola MOTOACTV (também detalhado em texto desta sequência), eu FRITEI um MOTOACTV logo após entrar no banho de banheira com ele e tive que totalmente constrangido e envergonhado comunicar à Motorola da bobagem que eu tinha feito (conto mais no texto sobre ele). O MOTOACTV só suporta respingos e correr na chuva (leve). Água mesmo, chuveiro, banheira e piscina em baixa profundidade só mesmo com o Nike+ e Garmin (405 ou 610).

O site Nikeplus.com ? um treinador e incentivador virtual

É o grande aliado e grande diferencial do Nike+. Sensacional!! Eu tinha outro parâmetro. O site da Garmin é ótimo, contém todas as informações, tabelas de tempo, pulsação, gráficos, mapa do percurso… Mas o que tem de diferente o site Nikeplus.com? O lado humano!! É intrínseco ao ser humano a competitividade, o desejo de superar metas, o desejo de superar os próprios limites. Nisso o site esbanja em competência e eficácia.

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Existe também o fator motivacional. Toda vez que o corredor supera algum recorde pessoal isso é efusivamente comemorado, exibido e registrado. Metas podem ser definidas e cada superação é motivo de comemoração e o corredor é convidado a criar nova meta. Mesmo que ele não crie, há marcos pré-definidos, por exemplo, 50 km, 250 Km, 400 Km, até 15000 Km percorridos e registrados no site. Cada marco desses atribui ao corredor uma nova cor, como se fossem faixas do judô.

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Ainda há comparações com a comunidade Nikeplus. Como você se compara com os corredores de sua faixa etária e como se compara à media de todos do Nikeplus em relação a distância total, distância media percorrida, ritmo médio e conquistas de NikeFuels(mais detalhes adiante).

Eu gostei das frases de incentivo mostradas a cada superação de recorde pessoal como : “Hoje você foi longe literalmente” (maior distância percorrida), “Um pouco mais rápido você seria parado” (milha mais rápida), “Talvez seus tênis pudessem queimar borracha!” (1 Km mais rápido), “Eu apertaria sua mão se pudesse alcançá-lo” (5 Km mais rápido) ou “Quanto mais longe vai mais forte você fica” (corrida mais longa ).

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Existe ainda a opcional integração com as redes sociais (automática ou não). Dessa forma você pode compartilhar com seus amigos suas conquista, dados de sua corrida bem como o mapa por onde correu indicando cada quilômetro percorrido. É legal pois amigos que você nem sabia que corriam acabam vendo e participando de seus resultados, comentam, etc.

A cada sessão de exercícios o corredor acumula o que é chamado de “NikeFuel”. Trata-se de um tipo de pontuação que depende de tempo e distância percorrida. Por exemplo, eu em 3 meses acumulei 82.186 NikeFuels. Há sugestões de metas semanais e mensais ou para maiores períodos. Há muitos anos eu li o livro primordial do Dr. Kenneth Cooper, o grande responsável pela explosão das corridas de rua e do reconhecimento do exercício aeróbico como altamente benéfico para as pessoas. Em seu primeiro livro ele apresentou um sistema de pontos que eram atribuídos a diferentes tipos de exercícios executados em diversos ritmos.  Médico da Força Aérea americana, formadora de astronautas à época, ele desenvolveu sua teoria e a comprovou em campo e consigo mesmo (ele era ávido praticante de corrida). Segundo Dr. Cooper alguém que em regime progressivo atingisse certo número de pontos semanais mínimos teria sua condição física mantida e superando este nível a forma física seria gradativamente aprimorada. Na verdade o “NikeFuel” é essencialmente a mesma recomendação do Dr. Kenneth Cooper, mas de uma forma mais sofisticada com grande ajuda de elementos visuais e motivacionais. Afinal quem acumulou 82000 pontos em 3 meses como eu vai querer acumular mais nos próximos 3 meses e assim sucessivamente.

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O site ainda traz informações muito interessantes e úteis. Você pode descobrir qual o horário mais frequente de sua atividade física, tipo de percurso, sua sensação sobre a corrida e até mesmo acompanhar a quilometragem percorrida por seus diferentes tênis de corrida. Após cada exercício opcionalmente você pode fornecer estes dados. Recomenda-se trocar o tênis de corrida após 300 Km a 500 km percorridos.

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Adoro “colecionar” os mapa dos locais por onde corro. Tenho meus locais habituais de corrida e treinos, mas quando viajo a trabalho, correr em local diferente, manter as informações do GPS é para mim uma curtição. O mapa ao ser carregado exibe uma animação do percurso e logo abaixo é mostrado um gráfico com a frequência cardíaca e ritmo (min/Km), bem como uma tabela com o ritmo (min/Km) e frequência a cada quilômetro.

Para ilustra de uma forma melhor o site, se você clicar aqui poderá ver o registro de uma dessas atividades com animação, mapa, gráfico, etc.

Conclusão

Às vezes o menos é mais. Adorei o Nike+ GPS a começar pelo seu design. A visualização de dia da semana e data poderia ser na horizontal e não vertical. É minha única restrição neste aspecto (pela praticidade). A durabilidade da bateria é ótima, em regime de corrida ou mesmo sem usar o GPS (dura 30 dias). O mecanismo de recarga e sincronização de dados por meio do plugue USB embutido na pulseira é simples e genial ao mesmo tempo. Neste teste obriguei-me a usar o Nike+ e meu Garmin 610 simultaneamente, companheiro de mais de ano. Por isso foi um teste comparativo rigoroso, quase cruel, pois eu me apaixonara pelo Garmin. O 610 tem mais opções de configurações, visualizações, ajuste de data e hora pelo GPS, etc. Mas mesmo eu sendo sistemático e criterioso, a simplicidade e facilidade do Nike+ me conquistaram.

Ele traz exatamente o conjunto de recursos que a imensa maioria das pessoas precisa e quer usar. Se a Nike quiser aprimorá-lo, falta pouco. Mostrar batimento cardíaco em percentual do limite pessoal, permitir alternar a visualização de todos os dados no visor grande e maior agilidade nos reinícios das corridas no registro do GPS me faria estar totalmente satisfeito. Acertar data e hora pelo GPS seria um luxo desejável.

Depois de 3 meses em regime intenso de treinamento, com auxílio do Nike+ voltei a fazer provas de rua de 10 Km abaixo de uma hora (59:14) e sei que ainda vou melhorar mais.  Mas eu tinha me acostumado a correr com os dois relógios. Recentemente (10 dias atrás) o meu Garmin 610 “morreu” (congelou eternamente ? será reparado ou trocado em garantia ? história a contar em novo texto). Confesso que na primeira vez que corri só com o Nike+ estranhei. Percebi que estava efetivamente usando ambos. Mas bastaram mais dois ou três treinos apenas com o Nike+ e fiquei totalmente à vontade. Ou seja, a despeito das sugestões acima (melhorias) ele é mais que adequado e suficiente. O feed-back dado pelo site NikePlus é insubstituível!! Pelo jeito quando o Garmin 610 retornar do reparo ou troca em garantia vai assumir a honrosa posição de meu relógio reserva na minha gaveta já tendo o Nike+ GPS assumido o lugar de titular.

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PS:  este texto foi originalmente publicado como “Correndo com um computador no pulso – parte 4 ? Nike + GPS” em meu blog FXREVIEW

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