Asus Zenfone 2 – desvendando a bateria, câmera e mais!
em meados de agosto e muitos avaliadores o receberam já no final de julho. Mas
como habitualmente eu faço, eu adotei o Zenfone 2 nestes quase 2 meses.
Tornou-se meu único smartphone do dia a dia. Precisava ter oportunidades reais
de usá-lo em todas as situações que desejava de forma “real” e não apenas
testes ou simulações (forma que também vejo importância e serventia), mas o meu
jeito de testar é este. Não sei fazer de outra forma.
Além disso eu elevei o patamar de cuidado do meu teste de bateria e câmera um
degrau acima, mais trabalhoso, mais custoso em termos de tempo, mas mais
preciso. Isso tudo pretendo apresentar a partir de agora.
A ASUS tem apresentado evoluções na sua família de smartphones. O primeiro que
eu testei foi o Zenfone 5 e contei essa história no texto “Desvendando
a autonomia da bateria do Asus Zenfone 5”. Aliás este é o texto de maior
repercussão de meu site em todo os tempos, com centenas de milhares visualizações.
Isso mostra o grande interesse das pessoas pela “Geração Z” ou “Fenômeno Z” por sua racionalidade, ótimo
conjunto de recursos e destacado custo benefício. A propósito semana passada foi
lançado o ASUS Zenfone GO, a evolução do Zenfone 5, que também espero poder
conhecer…
Visão Geral
Muito já se falou do Zenfone 2 (que também apelido agora de Z2). Nobres e muito
competentes colegas jornalistas e avaliadores dissecaram o Z2 por todos os
lados. Por isso vou me concentrar nas caraterísticas principais e depois vou me
deter mais no aspecto bateria e câmera fotográfica.
O Zenfone 2 foi o primeiro smartphone que chegou em minhas mãos com 4 GB de
memória. Já usei smartphone com 512 Mb de memória. Era péssimo, lento e moroso.
Mais recentemente 2 GB passou a ser mais comum e já é uma quantidade bastante
satisfatória, traz bons resultados. Mas os 4 GB do Zenfone 2 permitem que os
aplicativos se esparramem e usem a memória com generosidade e assim quase tudo
fica pré-carregado na memória. Isso faz diminuir muito a necessidade de ler
informações na memória flash (ou cartão micro SD). RESULTADO: problema ZERO de
desempenho do Zenfone 2!! Ágil, responsivo, rápido!! Nada mais precisa ser dito!! Muito bom!
vendido também no modelo de 16 GB. Mas não há stress. Ao contrário dos iPhones
e do bom Samsung S6 Edge (que testei recentemente), o Z2 tem slot para cartão de
memória MicroSD de até 64 GB (embora tenha lido relatos em alguns fóruns que
mesmo cartões de 128 GB funcionam).
Mas a boa receita não é apenas memória . O Zenfone 5 já usava um modelo de Intel
Atom Z2520 (dois núcleos e 1.2 Ghz). Assim o Z2 que endereça um consumidor
mais exigente foi aperfeiçoado usando modelo mais avançado de processador rodando
até 2.33 Ghz. Trata-se do Intel
Atom Z3580 de 4 núcleos que é valente e mais do que dá conta do recado.
Sobra capacidade. Simples assim!
da bateria do Zenfone 2
É o aspecto que venho investindo maior recursos em meus testes. Por um
simples motivo, é a pergunta mais recorrente quando surge um smartphone novo. E
faz tempo que eu já aprendi que a resposta para essa pergunta é complexa e tem
múltiplas respostas. Claro!! Não existem duas pessoas que usem seu smartphone
da mesma forma. Assim a duração da bateria tem praticamente uma reposta para
cada pessoa e precisa ser explicado o contexto do teste. É importante ressaltar
que todos os resultados que serão apresentados dizem respeito ao MEU modelo de
uso.
Com o passar do tempo venho procurando aprimorar minha forma de responder a
esta pergunta. A cada novo teste de smartphone percebo novas variáveis para
serem observadas. Eu mapeei o comportamento da bateria do Zenfone 2 por exatos
31 dias. Procurei identificar padrões além do óbvio que explicassem as
variações que observei. Vamos direto ao primeiro gráfico.
autonomia, entre 6 horas no pior caso até 20 horas no melhor caso. Na média a
bateria durou 12 horas e 48 minutos, que é um valor bastante respeitável para
quem usa de forma média-intensa o aparelho como eu. Penso que estes 31 dias
foram um prazo válido para obter um valor confiável. Procurava usar o aparelho
até muito próximo de esgotar a carga, ou pelo menos até restar apenas menos de
10%.
Ao longo do teste eu mapeei de forma aproximada algumas variáveis (tempo de uso
de whatsapp, Facebook, Twitter, etc.) e de forma precisa o tempo usando
e-mails, câmera, Waze, outros aplicativos de GPS e por fim algo muito
revelador, o tempo de TELA.
usado para mapear o uso da da bateria do
Zenfone 2 no dia a dia
tela permaneceu ligada, significa que mais usado foi o dispositivo, para o que
quer que seja. É um indicativo muito bom (embora não o único) do perfil de uso
da pessoa. Mas há outras coisas importantes. Veja a tela abaixo.
teste mostra muita coisa. De cara vemos que o Waze, fora o próprio Android, foi
o aplicativo que mais gastou energia (nenhuma novidade). Mas o que me chama a atenção são as inúmeras
alterações de perfil do gráfico, ora mais inclinado, ora mais plano, ora quase
constante… É isso, totalmente dependente da quantidade de tempo que se aplica
em diferentes tarefas, temos o reflexo no consumo da energia. Por isso que acho
muito arriscado por parte dos fabricantes serem tão explícitos quando falam “no
meu aparelho a bateria dura 15 horas”, ou coisa parecida.
O Android, principalmente a partir das últimas versões é muito generoso em
fornecer dados muito úteis sobre o uso da bateria e aplicativos. Vejam as duas
telas abaixo.
estes tempos gastos nos aplicativos principais (mais o uso de tela), dia a dia,
com a duração da bateria observada naquele dia. O desafio é encontrar uma
equação com todas estas variáveis. A matemática envolvida nisso é complexa (regressão
linear múltipla) e me foge da lembrança os detalhes dessas técnicas. Mas um dia
eu chego lá. A despeito disso, não é objetivo deste (longo) texto aborrecer o
leitor com equações matemáticas e sim mostrar conclusões.
Mas antes das considerações finais sobre a autonomia da bateria, vale um
comentário extra. Venho usando o Waze como “aplicativo vilão”, aquele que
consome mais recursos. Nos testes anteriores eu media o tempo usado para
percorrer um trajeto, o percentual de bateria gasto e assim deduzia quanto
gastava o Waze naquele smartphone. Mas descobri que o mundo não é assim tão
simples. Veja o gráfico abaixo, da autonomia projetada usando APENAS Waze no
Zenfone 2.
Em média o Waze exaure a bateria do Zenfone 2 em 4 horas e 4 minutos. Este
mesmo teste feito no Zenfone 5 apresentou o resultado de 2 horas e 36 minutos.
Sensível ganho em relação ao Z5. Quero também checar o Zenfone Go que tem avanços
nessa área… Mas também aqui há uma gama de variação que sinceramente eu não
esperava. Como nosso mundo é difícil. Foram muitos dias testando e percebi que
a temperatura ambiente, presença de sol ou não, velocidade média (se parou
muito no trânsito ou se desenvolveu velocidade por mais tempo), nível de
luminosidade ambiente (que reflete no brilho automático do aparelho), tudo isso
afeta a autonomia esperada no modo “Waze” do Zenfone 2 e por conseguinte, dos
outros aparelhos.
Por fim, o último cenário que eu testo é o de “standby”, ou seja, smartphone
“quietinho”, sem usá-lo para nada, mas recebendo mensagens, notificações, etc.
com a tela apagada. Tive que ser bem conservador neste teste. O Zenfone 2 tem
diferentes modos de proporcionar economia de energia quando em standby (tela
desligada), por meio das opções “economizadoras”. Segundo a Asus, em modo
desempenho dura 75 horas, modo normal 100 horas, modo economia 200 horas e
economia super, 230 horas. Não fiz todos estes testes, pois significaria eu deixar
a aparelho “na gaveta” sem uso por 20 dias no mínimo. Mas testei o modo
“normal”, que resultou em um tempo de standby muito próximo do divulgado, ou
seja, 96 horas.
categoricamente que a duração da bateria do Zenfone 2 é… depende. Não há
outra resposta. Mas a tabela acima dá pistas importantes. Se usar o tempo todo
o Waze, o maior triturador de bateria que existe, pouco mais de 4 horas. Em
standby, modo normal, 96 horas (4 dias), e em regime de uso mediano, padrão
Flavio Xandó de uso, que não é exatamente o seu, um pouco menos de 13 horas. Penso que cada um pode depreender de forma
aproximada quanto pode ser seu caso. Esse é meu objetivo, das parâmetros para
cada um possa ter uma estimativa mais precisa.
Câmera – foto e vídeo
Quando comecei a testar a câmera do Asus Zenfone 2 eu estava “mal
influenciado” por meu último teste, que fora muito bem-sucedido. Também usei o
Samsung S6 Edge por 40 dias incluindo férias em locais que renderam fotos
maravilhosas. A “régua” de comparação era rigorosa, quase cruel neste caso.
Afinal o S6 Edge é um aparelho que custa entre 120% e 180% a mais que o Zenfone
2 (depende do modelo).
A câmera traseira do Z2 tem resolução máxima de 13 MP, mas em formato 4:3. No
formato mais usado hoje em dia que é 16:9 a resolução máxima é de 10 MP, aliás
mais do que suficiente. A câmera frontal tem duas opções, 5 MP em 4:3 e 4 MP em
formato 16:9. Em modo vídeo, o resultado é excelente tanto para vídeos HD
(1280×720) como FullHD (1980×1080). Seu flash tem dois leds, com a “temperatura
da cor” diferente para tornar mais natural quanto possível as cores dos objetos
e pessoas iluminadas.
Nestes últimos 45 dias com o Zenfone 2 eu produzi 1060 fotos em diversas
condições. Algumas feitas em ambientes de trabalho, algumas durante minhas
corridas e outras em duas viagens que fiz. A primeira foi para interior de São
onde fiz um passeio de balão ao amanhecer e segunda viagem foram 8 dias na
China. Ótimas oportunidades para fotos.
Tenho vontade de reproduzir aqui neste texto umas 50 fotos no mínimo, pois o
resultado foi MUITO BOM. Acima de minhas expectativas. Vou resumir mostrando
apenas algumas poucas fotos tiradas de formas diferentes. Isso deve ilustrar as
capacidades. Tirei TODAS as fotos (menos selfies) em 10 MP (4096×2304).
Fotos
externas e com forte iluminação : apresentou cores muito vívidas,
precisas e com um nível de contraste e definição impressionantes. São em teoria as fotos mais fáceis de se tirar
e obter bons resultados. Embora quando há luz contra como na foto a seguir
alguns cuidados devem ser tomados.
nível de luz da foto baseado na cena toda. Mas a pessoa pode tocar na tela e
escolher o “ponto de luz”. Na foto acima, como era contra o sol (atrás do
balão), ao alvorecer, foto ficaria muito escura, mas eu toquei no balão para
que ele fosse o elemento que “comanda” a luz da foto. Estourou um pouco o
fundo. Obviamente, havia um sol nascendo ali e foi minha opção ter a foto desse
jeito. E adorei o resultado.
Figura 11 – foto na luz do dia (clique
para ampliar 1280×720)
Figura 012 – foto na luz do dia
(clique para ampliar 1280×720)
distribuída e assim obtive excelente gama de cores, bonitas e com ótimo
contraste e definição. Podem ser clicadas para ampliar.
Fotos
internas com média iluminação e sem flash : são fotos que exigem da
câmera. Precisa ter um bom sensor para obter bons resultados. A foto abaixo de
meu amigo Luan, personificando o Panda, a quem peço licença para usar a foto,
foi tirada por mim dentro de uma loja. Escolhi o ponto de luz sendo ele (e não
a porta com mais luz) e a foto saiu perfeita.
homogênea, nem precisei me preocupar em escolher o “ponto da luz”. Apresenta nitidez
e riqueza de cores.
Foto interna com flash do próprio
Zenfone 2: foto com flash é sempre algo delicado, pois a luz nunca fica
natural o suficiente, tende a artificializar um pouco as cores. E tem também o
problema da distância, mais longe, menos luz e podem aparecer “ruídos” na foto.
A foto abaixo é um caso típico. Boa definição, bom registro, mas com zoom se
percebe ruído nos pontos mais distantes e escuros. Essa é uma foto que o Zenflash teria
ajudado MUITO. Falo mais detalhes sobre o Zenflash no final do texto, um super
acessório para o Z2. Este ruído nos pontos mais escuros não é demérito do
Zenfone 2. Qualquer smartphone com flash de led de baixa potência terá
resultado semelhante.
estas são as fotos que mais gosto de produzir. São difíceis e uma prova de fogo
para qualquer câmera, que direi de um smartphone. É muito improvável que a foto
saia ótima sem uma “ajuda humana”. Indicar o “ponto de luz” é básico, mas mesmo
assim nem sempre dá o resultado esperado. Veja com atenção as duas próximas
fotos.
paisagem noturna, com alguns pontos de luz bem definidos. Foi tirada no
“automático”. Há um certo excesso de luz na torre da esquerda, mas mesmo assim
o resultado ficou muito interessante. Veja agora a próxima foto.
escolher o tempo de exposição e abertura, ISO, etc., que resulta no grau de
luminosidade. Há um equilíbrio maior que a foto anterior, que já estava boa.
Mas essa eu adorei, achei que ficou excelente!! Dá até para ver os barcos com
luz de neon no rio.
Auto foto – selfie : dizem que o
brasileiro é um apaixonado por tirar fotos de si mesmo e por isso o recurso de
selfie é importante. A câmera frontal do Zenfone 2 tem resolução de 5 MP (4:3)
ou 4 MP (16:9). E conta com o ótimo recurso do “embelezamento”, afinal, quem
não quer sair muito bem na foto? O “cosmético” da foto é um tratamento das
superfícies que têm cor de pele de forma a suavizar as cores. Tirei selfies dos
dois jeitos, veja nas duas fotos abaixo.
(tirada em 4 MP e cortada). Mas a barba por fazer e as diferenças tonais da
pele ficaram evidentes. Será que o Zenfone 2 consegue a proeza de melhorar a
minha figura?? Veja na foto abaixo.
grau máximo. Além de suavizar o tom da pele, alguns outros tratamentos podem
ser feitos. Mas deu para perceber que esta foto ficou melhor que a primeira a
despeito de uma luz menor (amanhecer).
Quem privilegia o selfie ou quem quer ter fotos ainda melhores feitas dessa
forma, a ASUS tem um produto “irmão” do Zenfone 2 chamado Zenfone Selfie
que além de ter resolução máxima de 13 MP nas câmeras traseira e FRONTAL,
também tem flash dual led para ambas as câmeras. Tem também um sistema de foco
baseado em laser que é capaz de disparar a foto apenas 0.2 segundos (tempo
gasto para o foco automático se ajustar). Fica a dica!
HDR – High Dynamic Range: trata-se
de recurso para resolver uma situação que nossos olhos são capazes de lidar,
mas as lentes das câmeras têm dificuldades. Sabe aquela situação na qual o
fundo está claro e o primeiro plano escuro? Depois se você ajusta a luz para o
primeiro plano o fundo fica com a iluminação toda estourada. Pois é… veja a
combinação de fotos abaixo.
Ibirapuera cujo céu está muito bem representado, o azul é bem visível, etc. Foi
tirada apontando o céu como o ponto de luz. Mas sob as árvores parece uma
escuridão, mal se vê as pessoas. A segunda cena dessa foto mostra a criança e o
senhor bem iluminados (objetos do ponto de luz), mas o céu com brilho estourado,
nem dá para ver a cor azul. Já a foto
abaixo mostra a mesma cena usando o recurso HDR do Zenfone 2. Você nota a
diferença?
Eu citei que minha base de comparação da câmera foi o S6 Edge da Samsung. Não gosto muito de citar outros dispositivos
uma vez que o texto é sobre o Zenfone 2. Mas sendo muito preciso, a câmera do
Zenfone 2, que é muito melhor que seu irmão menor, o Zenfone 5, no recurso HDR,
aos meus olhos, foi melhor, mas muito melhor que seu concorrente mais caro, o
S6 Edge. Veja a foto abaixo.
ficasse escura a parte frontal da foto, essa linda construção. Ou se focasse na
frente o fundo estourava e mal se via o azul do céu e o prédio. Adorei este
resultado.
Visão geral da câmera : o Zenfone 2
representa uma grande evolução em relação ao Zenfone 5. A câmera não vai deixar
ninguém decepcionado, muito pelo contrário. O HDR é melhor que do S6 Edge, que
aliás só é um pouco melhor que o Zenfone 2 nas fotos noturnas, nas quais o modo
automático do Samsung faz um trabalho um pouco mais elaborado. Mas como
mostrei, no meu caso, em fotos noturnas eu gosto de eu mesmo fazer os ajustes
manuais e dessa forma as fotos feitas no Z2 também ficaram fantásticas.
A ASUS fez a lição de casa completa. Prover o mercado com acessórios é
fundamental para que a aceitação do produto seja ampliada, pois agrega valor na
solução do fabricante. Claro que os acessórios devem ter qualidade real e
estarem no mesmo nível de qualidade do produto original.
ASUS ZenPower – se você usa um
daqueles power banks para suprir carga adicional em situações de emergência,
vai adorar o ZenPower. São 10500 mAh de capacidade de carga. Em termos nominais
isso é o suficiente para dar 3 cargas no Zenfone 2 (3000 mAh)! Na prática
sempre há uma pequena perda de energia no processo de transferência, mas garanto que duas cargas completas ele
consegue dar e ainda sobra bastante para emprestar para algum amigo. Viajei
recentemente para a China para um congresso e era sempre eu que provia energia
para os desprevenidos amigos emprestando-lhes meu Asus ZenPower um após o
outro. Fiquei nessa viagem conhecido como o fornecedor oficial de energia!!
Diariamente duas ou mais pessoas ampliavam sua carga por meio do meu ZenPower.
Ele é pequeno, cabe no bolso, é denso, do tipo “pesadinho”, mas vale cada grama
de seu peso. É do tipo “não dá para não ter”.
ASUS Lolliflash
Ideias boas são ideias simples. O Lolliflash é uma
luz auxiliar que pode ser usada para fotos e vídeos complementando o flash do
próprio Zenfone 2. Parece um “pirulito”, por isso o seu nome. Ele é previamente
energizado via cabo USB e após totalmente carregado ele pode ser usado por até
3 horas (ou 30 minutos com intensidade máxima). Em meus testes eu o usei até
1h45min e ainda havia carga sobrando. Ele tem 2 leds, cada um com um tipo de
luz (5000K e 2700K) que ajudam a obter fotos principalmente com os tons de cor
da pele mais naturais e não esbranquiçados como normalmente um flash faz
parecer. Ele ainda tem 3 níveis de intensidade da luz, a escolha de seu usuário
e seu faixo se estende por aproximadamente 70 graus, pesa 8 gramas e deve ser
usado em distâncias curtas.
Eu gosto de tirar fotos eventualmente com fundo mais brilhante e o Lolliflash
ajuda a manter as pessoas sendo fotografadas em primeiro plano sob luz com
aparência mais natural. E sabe do que
mais gostei? Da inventividade! O Lolliflash é encaixado no conector do fone de
ouvido!! Uma ideia simples e muito funcional!!
O Lolliflash é um reforço de iluminação muito bem-vindo, mas assim como o
flash led nativo da imensa maioria de smartphones, só tem eficácia apenas em
distâncias muito curtas. O Zenflash já é algo
mais consistente, principalmente para distâncias que vão até 2.5 a 3 metros e
tem poder luminoso até 100 vezes maior que um flash de smartphone.
Eu confesso que meu primeiro teste com o Zenflash foi uma imensa decepção. Ele
não disparava. Mas descobri que precisava atualizar o aplicativo do Zenflash no
Zenfone 2 para que ele passasse a funcionar com perfeição. Aliás as fotos devem
ser feitas apenas com este aplicativo senão a “luz extra poderosa” não é
acionada. Ele é ligado na USB do
aparelho de onde ele tira a energia e sincroniza o disparo. São outras as fotos
tiradas com o Zenflash, mais luz, mais definição e nitidez.
Não é correto designar o fone de ouvido como “acessório” uma vez que ele
vem junto com o smartphone, faz parte do pacote. Mas eu quis dar destaque para
ele neste texto por um motivo muito simples. O fone é muito bom!! Chega a ser
surpreendente acompanhar um produto um fone com qualidade de som tão agradável!
Ele é simples, não tem enfeites nem cromados desnecessário, etc., mas tem um
ótimo encaixe no ouvido e vale o destaque. Ressalto que eu sou uma pessoa
exigente com fontes de ouvido, já tive uns 5 ou 6 escolhidos à dedo no mercado
e o fone que acompanha o Zenfone 2 está neste alto nível. E tem também
microfone, pode ser usado como headset.
analogamente ao fone de ouvido, o carregador de bateria do Zenfone 2 obviamente
também vem com o produto. Mas merece destaque por sua eficiência. A Asus
divulga que 60% de sua carga é alimentada em 39 minutos. Em minhas aferições
cheguei a números equivalentes. Consegui preencher 65% de sua carga em 45
minutos, com o carregador nativo do Zenfone 2. Usando um carregador “genérico”,
nos mesmos 45 minutos eu consegui preencher apenas 25% da carga. Grosso modo 45
minutos com o carregador da Asus incrementa praticamente 2/3 da capacidade,
cerca de 9 horas de autonomia segundo o meu padrão de uso.
Membro novo na família – o Zenfone GO
A família Zenfone vem crescendo e sua mais nova inclusão é o Zenfone GO, lançado
no dia 1º de outubro em São Paulo. Trata-se do sucessor do bom Zenfone 5, mas
com evoluções nas especificações, características, sendo a maior novidade o
dobro da duração de bateria (segundo o fabricante) e é solução de 5 polegadas
com posicionamento entrada-intermediário (preço de R$ 799).
Conclusão
Eu juro para vocês que este era para ser um texto curto… Não consegui. E se
não consegui foi porque me empolguei e quis falar muita coisa, pois há muito o
que falar. Não houvesse todas estas qualidades e neste grau, eu me calaria (ou
seria breve). E sei que deixei muita coisa ainda por falar.
Eu tinha testado e escrito sobre o Zenfone 6 no texto “Asus
Zenfone 6, mais que um Zenfone 5 vitaminado”. Quando ouvi falar do Zenfone
2 pensei comigo mesmo que de forma análoga o Zenfone 2, apesar de 5.5
polegadas, fosse o Zenfone 6 anabolizado de alguma forma. Mas não é nada disso.
É outro projeto, outra proposta, outro patamar especificações, de qualidade,
acabamento (o preto se assemelha a um alumínio escovado). Mas não são apenas “specs”,
pois de fato as novas características se refletem em uma experiência de uso
muito boa.
O GPS do Zenfone 2 é melhor que Zenfone 5 e 6. Mais preciso e principalmente
responde mais rápido. Outra melhoria sensível no Zenfone 2 é o WiFi que além de
suportar redes de 5 Ghz, também se conecta a redes no do tipo AC, o padrão mais
atual e rápido do mercado. Destaco também os 4 GB de memória e processador
quad-core de 2.33 Ghz que tiram totalmente o fator “performance” das
preocupações! Por isso a ASUS o qualifica de “monster performance”.
O único porém do aparelho é que em determinadas situações de luz,
principalmente ao ar livre, a tela nem sempre tem o brilho tão intenso quanto
seria ideal para ótima visualização nesta situação. Mas é uma condição
excepcional na qual me vi uma ou duas vezes em 45 dias (se muito). Mas seu
tamanho, legibilidade e definição da tela e imagens é de grande destaque.
Fiquei bem impressionado com a duração da bateria, quase 13 horas em MEU regime
de uso misto, real, com e-mail, Waze, Whatsapp, câmera, Facebook, Twitter, etc.
Mais detalhes sobre isso no corpo deste texto.
A câmera me surpreendeu sobremaneira uma vez que acabara de testar um aparelho
cuja câmera era muito boa e por isso meu padrão de qualidade fora elevado. Não
só a câmera se igualou ao seu concorrente em vários pontos, como o superou em
alguns aspectos (HDR) e apenas em algumas situações pontuais ficou atrás, e
mesmo assim por pouco. Convém lembrar que o tal concorrente que cruelmente eu
usei como base de comparação custa entre 120% e 180% mais caro… E o
concorrente não tem slot para cartão de memória MicroSD que deixa o consumidor
a mercê dos preços altos cobrados por mais Gigabytes pré-instalados.
Testado, aprovado e até que surja algo melhor, com preço justo, afinal também o
custo benefício do Zenfone 2 é grande destaque, sigo usando Zenfone 2. E muito
feliz! A saber há modelos com 16 GB e 32 GB no mercado e que podem ser
encontrados entre R$ 1350 e R$ 1500. Mas achei lojas virtuais vendendo à vista
por R$ 1215 e R$1350 respectivamente. Se você não conhece o Zenfone 2, vale a
pena experimentar.