Uma incógnita chamada 2022

A única certeza para o ano que se aproxima parecem ser os desafios que já despontam com força

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por ABCD
5:39 pm - 08 de dezembro de 2021

Há um ano, quando o mundo ainda se ajustava às necessidades e mudanças surgidas com a pandemia, 2021 despontava no horizonte repleto de expectativas e promessas. A tão esperada retomada, que há muito deixou de ser entendida apenas no contexto da economia, estava na ordem do dia de governos, profissionais da saúde, analistas do mercado financeiro, cientistas, educadores e iniciativa privada – em outras palavras, de todas as pessoas. 

Mas, no lugar da arrancada esperada, que poderia até vir acompanhada da erradicação da covid 19, uma vez que os programas de imunização avançavam globalmente, foi necessário lidar com uma nova onda de infecções – em abril, o Brasil atravessou o mês mais letal da pandemia, colocando a todos em compasso de espera, em um contexto de novas incertezas e antigas restrições. Pouco tempo depois, no meio do ano, a variante Delta ganhou força. 

Assim, o sonhado retorno à normalidade foi ficando para mais tarde. A flexibilização veio e foi se estabelecendo, é verdade, mas o fato é que chegamos a dezembro com o planeta em alerta máximo para a ainda desconhecida variante Ômicron, responsável pelo cancelamento de voos vindos da África e também pela derrubada de mercados globais. 

Mais uma vez, a única certeza para o ano que se aproxima parecem ser os desafios que já despontam com força, como alta volatilidade, pressão inflacionária e juros altos, compartilhados por todos os países. No Brasil, esses desafios somam-se às indefinições típicas de um ano de eleição presidencial.

Mas certo também é que depois de quase dois anos de pandemia, o Brasil contabiliza ganhos relacionados ao uso da tecnologia. Se a crise nos fechou em casa, abriu também uma série de portas por meio da digitalização. Serviços de todas as ordens migraram para o online, acelerando e amadurecendo experiências que certamente levariam muito mais tempo para se consolidar. Importante salientar que foi por meio da tecnologia que milhões de famílias puderam acessar os valores do Auxílio Emergencial. 

No setor de crédito, com o aumento de consumidores e empresas necessitando de recursos, assistimos a mais um ano de explosão no segmento digital, com a chegada de novas fintechs, produtos e modelos de negócios que transformaram solicitações outrora complicadas, burocráticas e proibitivas para alguns perfis em operações simples, mais inteligentes e, mais importante, democráticas. Com o Open Banking avançando, aumento da concorrência e a chegada do 5G, que vai impactar o acesso a toda a rede, 2022, para além de seus desafios, tende a ser também um período no qual a onda de inovação seguirá firme e forte, sem perder o fôlego. Que assim seja! 

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