Guerra se soma às incertezas de um ano que já nasceu complexo

Alta de preços é esperada em todos segmentos, dos fertilizantes às passagens aéreas

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por ABCD
10:43 am - 17 de março de 2022

Ainda em 2021, os próximos doze meses prometiam uma série de desafios globais. Isso porque 2022 já nascia sob o peso do segundo ano de pandemia e das incertezas trazidas pelas consequências econômicas da crise de saúde, além da preocupação cada vez maior com as questões climáticas e polarizações políticas mundo afora. No Brasil, a eleição presidencial, marcada para 2 de outubro, aparecia como um fator a mais de inquietação. Mas como a previsibilidade não tem sido o forte dos últimos anos, a invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro criou um novo – e considerável – obstáculo no horizonte, rearranjando o ranking de apreensões imediatas.

Consequência da deflagração do conflito, que já fez milhares de vítimas, as sanções impostas ao país liderado por Vladimir Putin, de acordo com análises do Fundo Monetário Internacional (FMI), resultaram em contração do comércio, o que vai diminuir a expansão econômica mundial neste ano. Na prática, puxam esse movimento a alta dos combustíveis – por aqui, no último 10, a Petrobras anunciou o mega aumento de 18,8% no preço da gasolina, 24,9% no do diesel e 16,1% no do gás de cozinha -, a elevação do custo dos alimentos e, claro, o novo impulso inflacionário, que já estava em alta. 

Não por acaso, a inflação brasileira, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), registrou o maior índice para fevereiro desde 2015, indo a 10,54% em 12 meses. E como os desdobramentos não param de avançar, os juros seguiram a tendência de escalada. A alta de preços é esperada em todos segmentos, dos fertilizantes às passagens aéreas, e não são poucos os analistas que listam o Brasil entre os países mais afetados pelo conflito em termos econômicos. 

Nesse contexto, a tendência é que o crédito também seja impactado. Mais caro para todos, deve repercutir no consumo das pessoas e nos investimentos futuros das empresas. Por isso, cautela, palavra-chave desde março de 2020, voltou à ordem do dia para os tomadores. 

Analisar bem as modalidades disponíveis, entender qual delas é a melhor opção e ficar atento às condições dos empréstimos, além de se certificar da idoneidade das empresas ofertantes, é primordial para se beneficiar do crédito neste momento. 

A utilização do Cadastro Positivo como ferramenta para obter taxas melhores e alinhadas com o perfil de cada tomador também pode fazer a diferença para a manutenção de um mercado de crédito inclusivo e saudável, características ainda mais vitais em tempos como os que estamos vivenciando e que exigem resiliência redobrada.

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