Com retorno de CEO fundador, Blockbit se prepara para expansão no Brasil
Eduardo Bouças reassumiu posto de CEO da Blockbit e vê oportunidades de crescer junto a operadoras e com parceiros integradores
Em julho deste ano, Eduardo Bouças retornou ao comando da empresa brasileira de cibersegurança Blockbit pronto para alavancar uma nova fase de expansão para seus negócios. Bouças é fundador da Blockbit. Ele ocupou a posição de CEO da organização anteriormente desde sua criação, em 2016, até 2019, quando se tornou presidente do Conselho de Administração da empresa.
Neste ínterim, se dedicou ao projeto da Cipher, companhia de soluções e serviços gerenciados de cibersegurança também fundada por ele no ano de 2000. A companhia foi vendida à gigante europeia do setor de segurança Prosegur em fevereiro de 2019. Como parte do acordo de venda, Eduardo tornou-se o CEO Global da Prosegur Cybersecurity, cargo que ocupou até o final de 2022 para desenvolver a tese de aquisição da Cipher pela Prosegur.
“O retorno para a Blockbit foi pensado desde o início. Isso foi desenhado desde o momento em que eu saí”, contou Bouças em conversa ao IT Forum. “Trabalhar na Blockbit é um sonho. Eu sou um entusiasta de tecnologia e nosso core é tecnologia. A Cipher também era uma empresa de tecnologia, mas ela encapsulava isso dentro de uma oferta muito mais abrangente de serviços e de tecnologias de terceiros. Agora eu consigo trabalhar em uma empresa que é 100% propriedade intelectual.”
No novo capítulo de liderança da Blockbit, Bouças quer continuar expandindo os negócios da empresa e ambiciona novos mercados para os produtos de segurança cibernética oferecidos pela organização. Segundo o CEO, ao longo dos últimos cinco anos, a Blockbit cresceu seus negócios, em média, 50% ao ano a ano. Hoje, são mais de 3 mil clientes corporativos e um milhão de ativos protegidos na América Latina, América do Norte e Europa.
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Hoje, mais da metade do faturamento da Blockbit vem da parceria da companhia com grandes operadoras de telecomunicações e ISPs, que vendem os produtos de segurança da companhia como parte de suas ofertas de conectividade.
O outro grande mercado da companhia são integradores de sistemas que trabalham junto aos clientes em projetos de transformação digital ou de implementação de cibersegurança. “Nós trabalhamos os dois em paralelo, mas nosso crescimento tem se dado mais fortemente em telecomunicações”, explicou Bouças.
Para alcançar o crescimento desejado, a companhia reforçará sua aposta no desenvolvimento de produtos e expansão de suas propriedades intelectuais. “Hoje o mundo é muito guiado pelo valor da oferta, o valor que você agrega ao seu usuário e ao seu cliente. A oferta de valor de uma empresa com as características da Blockbit é produto, então o foco sempre vai ser o produto. Esse é o meu grande valor.”
No centro da oferta da empresa, está seu produto de SD-WAN seguro. Com o avanço dos negócios digitais e das demandas por acesso híbrido, as redes corporativas têm se mais dispersas e complexas, com uma superfície de ataque maior e mais difícil de ser protegida.
Nesse contexto, o SD-WAN propõe substituir uma rede limitada e física, que conectava sistemas ao antigo core da empresa, por uma rede lógica, muito mais barata e interconectada. A demanda de cibersegurança gerada por esse ecossistema é o core da Blockbit.
“A gente acredita na convergência de uma camada única de conectividade com cibersegurança. Nosso foco é esse e nós vamos estar sempre complementando nossa oferta para dar um nível maior de cibersegurança”, explicou o CEO da Blockbit. Uma das formas como a organização deverá evoluir a estratégia é através de um foco cada vez maior no usuário e na aplicação.
Sobre a expansão dos negócios da empresa, Bouças vislumbra um crescimento global para Blockbit – ecoando a história de sucesso que o executivo já teve com a Cipher. Por ora, neste retorno à liderança da companhia, o Brasil continua sendo a chave para o crescimento continuado da organização.
A companhia busca manter o ritmo de crescimento de 50% ano a ano e aposta na combinação de sua oferta de produto com suporte local para ganhar ainda mais espaço.
“O Brasil é um continente, é altamente distribuído. Quando você fala em cibersegurança, isso é mais relevante ainda, porque quanto mais aberto, melhor”, pontuou. “Na minha visão, com a performance, qualidade e suporte local que nós entregamos, temos uma oferta imbatível.”
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