Fusão entre Alura e FIAP quer faturar R$ 420 milhões em 2022

Com compra da participação majoritária na faculdade de tecnologia paulistana, Alura consegue ingressar no mercado de ensino superior em TI

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10:31 am - 18 de agosto de 2022
Gustavo Gennari, fundador e CEO da FIAP

A Alura – plataforma de aulas de programação online – anunciou nessa quinta (18) a aquisição do controle da FIAP, instituição de ensino superior paulistana conhecida pelos cursos na área de tecnologia. A negociação contou com suporte da Crescera e da Seek, e dá à Alura entrada no mercado de ensino superior. A expectativa da empresa é dobrar o faturamento para R$ 420 milhões em 2022, o maior da história da companhia.

Os fundadores da FIAP continuam como sócios relevantes com participação na companhia; Gustavo Gennari (na foto) continua na posição de CEO.

De acordo com a reportagem do Brazil Journal, esse movimento acelera um plano que a Alura começou a desenhar ainda em 2021, quando ela entrou comum pedido no MEC para obter uma licença de faculdade. “Sempre quisemos entrar em graduação e um dos caminhos que os investidores nos provocavam era fazer uma aquisição majoritária de quem tivesse o melhor produto e posicionamento”, disse Paulo Silveira, fundador da Alura, ao jornal.

A FIAP foi fundada há 20 anos e, atualmente, tem três campi em São Paulo capital (Paulista, Vila Olímpia e Vila Mariana) e mais de 10 mil alunos em 16 graduações diferentes – a maior parte delas voltadas à tecnologia, como cibersegurança, sistema de informações e desenvolvimento de software. Em seu processo seletivo de julho, a universidade teve um aumento de 70% no número de matrículas em comparação ao ano anterior.

Gennari disse ao Brazil Journal que enxerga uma complementaridade entre as instituições, já que a FIAP atua no mercado regulado e a Alura, com cursos livres. Uma das ideias das duas empresas é trabalhar em conjunto na criação de novos cursos de graduação EAD, que hoje já respondem por pouco menos da metade dos alunos da FIAP.

As companhias não abriram o valor nem os detalhes da transação, mas Gustavo disse que continua com “uma parcela significativa do negócio e como CEO da FIAP, que vai ser tocada de forma independente”. O atual time acadêmico e de executivos da FIAP permanecerão em suas posições.

* com informações do Brazil Journal

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