Presidente da Oi deixará grupo durante investigação da Lava Jato
Tanto o grupo Oi quanto Eurico Teles, atual presidente, negam que o anúncio de saída tenha relação com a investigação
Na terça-feira (10), Eurico Teles, presidente do Grupo Oi, anunciou que deixará o cargo a partir de 30 de janeiro de 2020. No mesmo dia, a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) deflagaram uma nova fase da operação Lava Jato, que investiga repasses para empresas de terceiros relacionados a serviços.
A PF aprofunda investigações sobre o uso de empresas de Fábio Luis, filho do ex-presidente Lula, e do empresário Jonas Suassuna, para repasses de recursos. Além da Oi, a operadora Vivo também é citada na investigação.
Tanto o grupo Oi quanto Teles negam que o anúncio de saída tenha relação com a investigação. “A minha saída não tem nada a ver com a operação”, disse o presidente. Ele diz que tem a obrigação de comunicar sua saída da companhia.
Em comunicado, a Oi diz que no plano de recuperação judicial “foram estabelecidos novos padrões de governança e composição societária, culminando em uma nova estrutura de administração, com a eleição de um conselho independente e de uma diretoria-executiva responsável pela implementação do plano de RJ.”
A companhia cita que “tem participado de forma colaborativa, com o envio de todas as informações solicitadas”. Também, que sua gestão “não compactua com nenhuma irregularidade e não tem medido esforços para assegurar que quaisquer ações que eventualmente possam ter prejudicado a companhia sejam integralmente apuradas.”
Em nota ao G1, a Telefônica também afirmou que a PF esteve em sua sede, em São Paulo, buscando informações sobre contratos específicos de prestação de serviços.
A empresa também afirma estar “fornecendo todas as informações solicitadas e continuará contribuindo com as autoridades”, e “reitera seu compromisso com elevados padrões éticos de conduta em toda sua gestão e procedimentos”.
Com informações de: Folha de São Paulo, G1.