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Nova classe de ameaças cibernéticas deve surgir em 2016

Líderes em segurança nas empresas devem adotar novas abordagens se quiserem driblar as ameaças que estão previstas para 2016, cada vez mais sofisticadas e avançadas, de acordo com a Unisys. Tecnologias como microssegmentação pode ser uma saída para o cenário levantado pela empresa para o próximo ano.
“Os líderes corporativos e governamentais entendem que, com o crescimento de seus empreendimentos, as ameaças deixaram de ser um conceito e passaram a ser realidade e, portanto, sua abordagem em relação à segurança deve mudar imediatamente”, diz Tom Patterson, vice-presidente global de segurança da Unisys. “Em 2016, os líderes corporativos devem tomar as atitudes necessárias para se proteger diante desta nova realidade”.

Patterson prevê o desenvolvimento de um novo sistema de segurança envolvendo a microssegmentação, que permite às empresas dividirem suas redes físicas em centenas de microrredes. Dessa forma, caso ocorra algum tipo de invasão à rede, essa divisão limita os danos que podem ser afetados, reduzindo as consequências da ação.

O especialista acredita também que 2016 reserva uma gama de novas ameaças provenientes de agentes de inteligência desonestos, ataques cibernéticos que resultam em danos físicos e o aumento da computação quântica, que ameaça defesas baseadas em criptografia. Confira abaixo as previsões da empresa.

1. Agentes de inteligência desonestos utilizarão ferramentas governamentais para benefício próprio. Muitos dos ataques de estado atribuídos a governos ao redor do mundo são, na verdade, executados por funcionários governamentais motivados por suas próprias ideologias, sem a autorização de seu governo.

Em 2016, a Unisys acredita que estes agentes de inteligência surgirão em uma categoria de ameaças separada e as entidades governamentais, assim como as empresas, terão de fazer monitoramento e controle diferenciados para se proteger, diferentemente do que fariam caso ocorresse um ataque de estado.

2. Ataques cibernéticos afetarão o mundo físico, com resultados potencialmente fatais.
Até o momento, a pior coisa que poderia acontecer a uma máquina diante de um ataque cibernético era a famosa “tela azul”. Agora, os cibercriminosos conseguem controlar as máquinas, o que significa que eles são capazes de provocar a colisão de um carro, parar o coração de alguém, causar um apagão em uma cidade ou destruir infraestruturas públicas. Com muitos desses dispositivos construídos em sistemas abertos e antigos, a integração com a segurança moderna se torna essencial para as nossas vidas.

A Unisys antevê que as empresas enfrentarão resultados reais dessas ameaças em 2016, quando o mundo digital e o físico se encontrarem.

3. Haverá crescimento na corrida armamentista em torno da criptografia quântica.
Os criminosos cibernéticos de hoje querem contornar as comunicações criptografadas, mas estão limitados pela inabilidade dos computadores modernos em calcular longas chaves de criptografia. Porém, com o advento dos computadores quânticos, capazes de quebrar criptografias em segundos, as empresas precisarão de abordagens avançadas de criptografia para derrubar as ações criminosas.

Para 2016, a Unisys prenuncia um aumento significativo em financiamentos da iniciativa privada e investimentos em pesquisa e desenvolvimento de criptografia quântica, como forma de conter os ataques de computadores quânticos.

“Embora muitas ameaças possam surgir em 2016, os profissionais de segurança contam com um arsenal de estratégias, como a micro segmentação”, diz Patterson. “Esse será o ano em que começaremos a mudar o jogo, criando uma nova vantagem para o lado do bem”.

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