Vendas globais de servidores enterprise caem em 2021
Segundo levantamento da Context, queda nas vendas e na receita respondem à migração para infraestrutura híbrida na nuvem e à crise econômica
O mercado de servidores enterprise sofreu um forte recuo em vendas e, consequentemente, receita no ano de 2021, identificou levantamento feito pela Context, empresa de inteligência do mercado de TI. Segundo o estudo divulgado essa semana, as receitas de vendas de servidores dessa categoria através da distribuição caíram em 4,4% na comparação anual em 2021. Houve um declínio de receita de 15% no último trimestre do ano passado.
Na avaliação da Context, a queda é provocada por uma série de fatores, principalmente em função da indisponibilidade de produtos e também das medidas restritivas impostas pela nova onda de COVID-19 que trouxeram mais incertezas ao cenário corporativo.
Entretanto, há outros movimentos importantes e de longo prazo que influenciam nas vendas dos servidores próprios, como a migração para infraestrutura híbrida na nuvem e a crescente centralização de softwares em datacenters.
“O movimento gerado pela COVID para modelos de trabalho híbridos e a tendência de longo prazo nas empresas buscando a virtualização de sua infraestrutura podem ajudar a explicar essa queda na popularidade desse tipo de servidor”, acrescentou a Context em comunicado.
Storage em alta
Apesar de uma queda anual de 4,2% na receita de vendas comparado com o ano anterior (2020), o segmento enterprise de armazenamento de dados cresceu 4,6%. Novamente as complicações na cadeia de suprimentos e as restrições impostas pela COVID podem explicar a queda de receita. Em particular no Brasil o segmento de SSDs interno foi o que mais oscilou e terminou o ano com baixa performance em unidades de -18%.
Já no SSD externo a variação foi menor e o último trimestre foi positivo de vendas tanto em receita com crescimento de 8,2%, quanto em unidades com 37% nas comparações de 2020 com 2021.
Para 2022, as dificuldades com a cadeia de suprimentos devem se manter enquanto no longo prazo o modelo híbrido de trabalho – casa/ escritório – e a redução dos espaços de trabalho devem também diminuir os investimentos em infraestrutura.
