Três tendências para esperar no futuro do varejo on-line no País

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9:55 am - 17 de maio de 2016
Três tendências para esperar no futuro do varejo on-line no País
O cenário de e-commerce no Brasil deslanchou nos últimos tempos, grande parte por conta das oportunidades que a crise político-econômica no País apresentou para empreendedores, que utilizam da criatividade para inovar nos negócios e abrir novas portas de atuação. De acordo com uma pesquisa realizada pela Big Data Corp, encomendada pela PayPal, o número de lojas on-line no Brasil aumentou 90 mil nos últimos 12 meses.
A tendência, é que o número cresça ainda mais. Dito isso, o que mais podemos esperar do cenário de comércio virtual no País? O especialista Thoran Rodrigues, CEO da consultoria, conversou com o IT Forum 365 e apontou três tendências que podemos esperar para o futuro do e-commerce.

1. Experiência móvel
De acordo com dados do IBGE, o uso de smartphones para acesso à internet aumentou consideravelmente. Tanto que ultrapassou os acessos feitos por PCs no Brasil, representando 80,4% das casas com acesso à rede. Segundo Rodrigues, a maioria das compras também acontece por meio do celular e, também por esse motivo, as empresas estão investindo mais na experiência móvel do usuário. “A responsabilidade de desenvolver uma experiência para o mobile está cada vez mais fundamental”, observa o especialista.
Indicação disso é o aumento no número de sites responsivos, que de acordo com a pesquisa da Big Data, ganharam atenção nos últimos 12 meses, representando 16% do total de páginas. É um valor ainda baixo, de acordo com Rodrigues, porque desenvolver exige também a contratação de profissionais especializados. E, como ainda há um número grande de e-commerces que dependem de plataformas pré-moldadas para manter seus sites, o número de sites responsivos ainda é pequeno. Mas é algo que está em desenvolvimento.
2. Novos formas de vendas
Plataformas de mídias sociais também conquistaram um espaço expressivo nos últimos anos. mais da metade dos e-commerces (60,71%) utiliza essas plataformas como ferramenta para implementar o relacionamento cliente-empresa. Mas um movimento interessante é que elas estão se tornando canais diretos para novos negócios, sendo, inclusive, fonte de renda para alguns novos empreendedores. “As plataformas sociais estão disponibilizando um caminho usado para fazer venda direta”, observa Rodrigues. “Provavelmente a tendência é viabilizar melhora na descoberta para o produto e o ideal é que a pessoa nem saia da plataforma”, completa.
3. Híbrido de loja física e on-line
De acordo com dados da Confederação Nacional do Comércio, mais de 80 mil lojas físicas fecharam as portas em 2015. Mas isso, ao mesmo tempo, contribuiu para o aumento de lojas on-line, já que a internet é vista como ferramenta para alavancar negócios, com uma infraestrutura de início relativamente mais barata. 
Diante de uma realidade em que pode-se esperar a diminuição de lojas físicas, questionou-se a possibilidade da existência de lojas somente on-line. Rodrigues ressalta que, apesar da tendência das lojas físicas estarem perdendo força, o executivo não acredita que elas deixarão de existir. “Talvez, no futuro, tenhamos um modelo híbrido, em que o usuário pede o produto on-line e marca para retirar na loja física”, comenta.

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