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Tivit separa operação de BPO para mirar serviços de tecnologia da informação

A Tivit entrou para a lista de empresas que optaram por separar sua operação em busca de crescimento, foco e agilidade. A companhia de serviços anunciou hoje (23/11) a divisão de seu negócio de serviços de tecnologia, que engloba data center, cloud, operações transacionais e digital, de sua área de terceirização de processos de negócios (Business Process Outsourcing – BPO). Com a movimentação, a Tivit mantém o nome para a parte de serviços de tecnologia e cria a NeoBPO para a terceirização de processos de negócios.

Em entrevista ao IT Forum 365, André Frederico, diretor-executivo de Desenvolvimento Corporativo da Tivit, afirmou que há dois anos a companhia iniciou a discussão sobre a separação ao analisar a demanda do mercado e a estratégia da organização. As duas áreas já contavam com duas vice-presidências e gestão separadas e a reorganização foi um caminho natural.

De acordo com o executivo, a decisão por separar os negócios e não vender a operação de BPO aconteceu porque os acionistas ainda acreditam no futuro dos dois negócios. “Estamos apostando em duas grandes frentes, que têm um futuro brilhante pela frente.”

Ele explicou que nos últimos anos, a companhia direcionou maior energia para a área de tecnologia, que cresceu mais e passou a representar a maior fatia do negócio. “Por isso, a área de BPO era muito tradicional e agora a ideia é levar inovações para a empresa. Queremos que a NeoBPO seja a melhor e mais inovadora do segmento, agregando inteligência artificial e automação aos seus processos e tecnologias”, assinala.

Hoje, a Tivit tem faturamento de R$ 2,5 bilhões no Brasil. Com a separação, a NeoBPO passará a ter faturamento de R$ 700 milhões e a Tivit de R$ 1,8 bilhão. A expectativa de crescimento da companhia de BPO é de 15%. A expansão esperada para a Tivit é de dois dígitos, com foco especial em cloud, que registra salto de 30% nos negócios. Com a mudança, a Tivit ficará com cerca de 7 mil funcionários e a NeoBPO com 20 mil colaboradores.

Transição
Até 31 de dezembro, as operações seguem juntas. Mas a partir do primeiro dia de 2017, elas passam a ser totalmente independentes. Luiz Mattar, presidente da Tivit, segue no comando da empresa e passará a ser presidente do conselho da NeoBPO. Já a NeoBPO terá como CEO, Marco Lupi, que acumula mais de 20 anos de experiência no segmento de terceirização de processos de negócios. Ambas companhias contarão com a Apax Partners, empresa britânica, como acionista.

Frederico relata que o plano de separação já está em curso e que os escritórios das companhias ficarão no mesmo prédio em São Paulo, porém em andares diferentes. “Além disso, vamos separar os contratos dos clientes, mas, naturalmente, manteremos as mesmas condições e garantias de qualidade acordadas anteriormente”, afirma o executivo.

Um comitê de gestão de mudança foi formado com profissionais das duas empresas. A partir de agora, reuniões diárias são realizadas para garantir uma transição com o menor impacto possível, garante.

Segundo Frederico, clientes e funcionários já foram comunicados da mudança e a receptividade do mercado foi positiva. “Tivemos feedback positivo, especialmente quando falamos das soluções digitais”, assegura.

De olho na América Latina
Frederico esclarece que a NeoBPO nasce como uma empresa 100% nacional, mas que nada impede sua expansão para a América Latina. A região é, inclusive, forte aposta da Tivit. “A América Latina tem sido importante para nosso crescimento, já que tem sofrido menos com o cenário macroecônomico em comparação com o Brasil”, destaca.

O executivo indica que após a divisão das companhias a região será responsável por 18% dos negócios da Tivit. De forma geral, a expectativa é positiva, diz ele. “Esperamos que busca por eficiência impulsione os dois negócios”, finaliza.

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