Tecnologias móveis criam 11 milhões de empregos no mundo
O impacto econômico das tecnologias móveis pode ser medido em trilhões de dólares e contribui ativamente para a geração de postos de trabalho, de acordo com relatório do The Boston Consulting Group (BCG), encomendado pela Qualcomm. Segundo a consultoria, em 2014, a indústria de tecnologia móvel gerou receita de quase US$ 3,3 trilhões em todo o mundo e é diretamente responsável por 11 milhões de empregos.
O relatório, que ouviu 7,5 mil consumidores e 3,5 mil pequenas e médias empresas em seis países (Brasil, Estados Unidos, Alemanha, Coreia do Sul, China e Índia), indica que companhias do setor investiram US$ 1,8 trilhão pesquisa e desenvolvimento de 2009 até 2013, baseando-se quase exclusivamente no financiamento do setor privado.
O BCG aponta, no entanto, que para manter os benefícios da tecnologia móvel, será preciso investir US$ 4 trilhões até 2020 e superar desafios como incentivo à inovação por meio de proteção de patentes e licenciamento orientado ao mercado, suporte na definição de normas em linha com a indústria e garantia de disponibilidade de espectro de radiofrequências suplementar.
Entre os resultados do estudo com os consumidores, o BCG aponta que a mobilidade ganhou importância nunca antes vista. Tanto que os consumidores nas economias emergentes colocam um valor ainda mais alto no celular em relação à sua renda. Na China e na Índia, o valor do consumo relatado com tecnologias móveis excede 40% a renda média.
Além disso, a maioria das pessoas entrevistadas estava disposta a deixar de jantar fora ou sair de férias por um ano, com objetivo de manter seu telefone celular. Na China e na Coreia do Sul, a maioria dos usuários desistiria de uma assinatura de internet banda larga em casa para não ter que sair sem um celular.
Nas empresas entrevistadas, identificou-se que PMEs que adotam tecnologias móveis avançadas aumentam a receita até duas vezes mais rápido e adicionam postos de trabalho até oito vezes mais rápido do que seus concorrentes.
Outro destaque é que a “divisão mobile” – diferença de crescimento entre os líderes no uso das tecnologias móveis e seus concorrentes – está prestes a aumentar. Acabando com essa divisão entre essas pequenas e médias empresas nos seis países que participaram da pesquisa, seriam acrescentados 7 milhões de postos de trabalho ao longo dos próximos três anos e aumentaria o crescimento do PIB em 0,5 pontos percentuais.
