Tecnologias digitais ajudam a produzir alimentos do futuro

Foodtechs se apoiam em AI, IoT e outras ferramentas para reduzir desperdício e entregar alimentos mais saudáveis ao consumidor

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11:21 pm - 16 de outubro de 2019

Um terço de todos os alimentos produzidos no planeta é perdido ou desperdiçado, enquanto mais de 820 milhões de pessoas passam fome no mundo, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). As tecnologias digitais podem ajudar a diminuir essas estatísticas e contribuir para a produção da comida do futuro.

Segundo representantes de foodtechs, startups que têm por objetivo propor soluções para o setor alimentício, os sistemas de análises de dados, inteligência artificial (AI), internet das coisas (IoT) e outras tecnologias modernas são grandes aliadas para atender as demandas dessa indústria. Entre as quais estão, o desperdício ao longo de toda a cadeia, produção de alimentos sustentáveis e mais saudáveis a menor custo.

“Precisamos fazer uma transformação na forma de fazer alimentos”, afirmou Augusto Silva, presidente da NotCo no Brasil durante o painel “O futuro da comida e as foodtechs no primeiro dia do IT Forum X. Ele informa que sua companhia está usando AI para catalogar 35 mil tipos de plantas comestíveis como alternativas de alimentos vegetais que podem ajudar a reduzir a fome, além de atender veganos e vegetarianos. Como resultado desse esforço, o executivo menciona o lançando de leite à base de abacaxi e repolho.

Amanda Pinto, gerente de marketing e inovação da N.ovo, destaca a produção de ovo com ervilha. O produto atende o consumidor que não consome ovo de galinha. Uma das vantagens, segundo ela, é a redução do impacto no meio ambiente, com criação de aves e a logística de distribuição.

A executiva observa que o consumidor está mais consciente, buscando alimentos sustentáveis e saudáveis, o que justifica a produção do ovo vegetal. “Hoje as pessoas têm mais informações e estão questionando o que estão fazendo para proteger o meio ambiente”, conta ela destacando o crescimento de veganos e vegetarianos.

“A saúde do corpo está muito relacionada ao que as pessoas comem”, diz Rodrigo Iafelice dos Santos, CEO da Solinftec, que acredita que as novas tecnologias podem ajudar os produtores a rastrear as plantações para reduzir o uso defensivos agrícolas.

Já Giuliano Bittencourt CEO Begreen, está investindo em fazendas urbanas para incentivar as pessoas a comerem mais hortaliças, com menos emissão de CO2. Para isso, sua loja online criou um sistema de assinatura em que vende um quilo de verdura por R$ 49,90 ao mês. “Queremos produzir próximo do consumidor para reduzir o desperdício da cadeia, levando hortaliças sem agrotóxico”, conta ele, mencionando que a TI tem sido uma forte aliada nesse projeto.

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