Talentos não querem mesa de pingue-pongue, querem experiências

Para especialista, empresas que oferecerem esse cenário terão os melhores profissionais e, por consequência, clientes felizes

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10:02 am - 08 de novembro de 2019

Os baby boomers valorizavam empresas que ofereciam um plano de carreira perene e um salário atraente. Hoje, isso não basta. E se você pensa que a nova geração de profissionais quer mesa de ping-pong, paredes coloridas, salas de descanso ou cerveja a vontade no happy hour está enganado. Segundo Jacco VanderKooij, fundador da companhia de treinamento de vendedores Winning by Design, talentos querem, assim como consumidores, experiências.

Para VanderKooij, que encerrou o segundo dia do RD Summit, organizações precisam se certificar que seus colaboradores estejam felizes para que eles possam, por consequência, garantir que os clientes também estejam satisfeitos e sejam bem-sucedidos. “A chave são as experiências.”

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E para chegar lá, ele listou em sua apresentação, repleta de experiências, cinco caminhos. Confira a seguir.

Impacto

Se salários atraentes e planos de carreira não atraem os talentos da nova era, o que eles buscam, então? VanderKooij reforçou uma fala muito citada hoje: eles querem ter um papel que impacte o mundo.

Um exemplo citado por ele foi Bryan Slat, que tinha 18 anos quando tirou do papel a The Ocean Cleanup, entidade sem fins lucrativos criada com a missão de limpar em escala mundial todo o plástico dos oceanos. Até 2040, Slat e seu time querem que mais de 90% do plástico tenha sido removido dos oceanos.

Empoderamento

VanderKooij lembrou que, geralmente, empresas operam em silos e a melhor maneira de quebrá-los é criar grupos composto por talentos de cerca cinco pessoas que tomam decisões e acabam com a ideia do mundo dos ‘alfas’, chefes que podem forçar a implementação de suas ideias.

Esse formato estimula o freebie de cada um. VanderKooij define freebie como uma grande habilidade que cada pessoa tem e que pode ser ensinada para outras pessoas, que podem explorá-las para se tornarem grandes líderes.

Flexibilidade

A nova geração gosta de flexibilidade, lembrou o especialista. “Não há motivos para que alguém tenha de trabalhar das 9h às 17h. Não existe razão técnica pela qual a todos precisem estar no escritório”, explica.
Esse modelo estimula a criação de um ‘WOW’, lugar em que todas as gerações, não só a de hoje, vão desejar trabalhar no futuro.

Crescimento

Enquanto empresas ensinam mais sobre produtos, mercado e vendas, elas esquecem um item altamente relevante: o treinamento para a vida. Investir em pessoas é fundamental para empresas que buscam longevidade. “Em vez de demitir profissionais, por que não ajudá-los em seus desenvolvimentos”, questionou ele.

Comunidade

Querendo ou não, todos fazem parte de uma comunidade. Apesar disso, nem todos endentem o real sentido de comunidade. “Ajudar alguém a ser bem-sucedido é levantar o outro. É assim que uma comunidade funciona”, indicou.

*A jornalista viajou a Florianópolis a convite da Resultados Digitais

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